quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O ateísmo da pseudociência de Stephen Hawking



Os erros no pensamento de Hawking vão muito mais fundo do que as incoerências e especulações em seu uso da física moderna. Eles implicam interpretação incorreta fundamental acerca das diferenças entre as ciências naturais e as ciências da filosofia e teologia.

Stephen Hawking, professor de física mundialmente famoso, está provocando polêmicas e manchetes ao afirmar em seu livro recente "The Grand Design" (O Plano Magistral) que Deus não é necessário para explicar a existência do universo porque, nas palavras dele, "conforme indicam recentes avanços na cosmologia, as leis da gravidade e a teoria quântica permitem que o universo apareça espontaneamente do nada"." A criação espontânea é a razão de que há algo, em vez de nada, a razão de o universo existir, a razão por que existimos", acrescenta ele. "Não é necessário invocar Deus para acender o detonador e colocar o universo em movimento".

Embora o livro não esteja ainda disponível ao público e somente poucos parágrafos tenham sido citados nos meios de comunicação comerciais, parece que Hawking está fazendo o mesmo jogo que ele fez em sua obra celebrada, "A Brief History of Time" (Uma Breve História do Tempo), que estabeleceu sua fama na década de 1980 e vendeu milhões de exemplares no mundo inteiro. Ele pega teorias que ele confessa não foram comprovadas de modo conclusivo, então usa truques e ilusões verbais para começar a tratá-las sutilmente como fatos. Pior ainda, porém, é seu método de torcer ridículas conclusões filosóficas a partir de tais teorias, insinuando que elas são simplesmente resultado da ciência.

Hawking faz confusão na teoria da "flutuação do vácuo" ao insinuar que a matéria pode de forma simples e espontânea aparecer, criada do "nada". Uma flutuação do vácuo é um evento em que as forças da natureza se manifestam brevemente como "partículas virtuais", de modo que não dá para observá-las brevemente de forma direta, e então desaparecem. Tais entidades teóricas parecem ter um bom apoio da evidência experimental. Contudo, a física não abandonou o princípio da conservação da massa e energia, e o "nada" do qual tais partículas recebem sua massa é de fato algo bem real, conhecido como "energia do vácuo", que permeia todo o espaço.

Os "cosmólogos do quantum", tais como Hawking, estão fazendo uma pequena indústria de especular que eventos como as flutuações do vácuo poderiam resultar na criação de mundos inteiramente novos, embora não tenham nenhuma prova experimental direta de tais eventos ocorrendo. Isso está de acordo com a obsessão geral de Hawking com conceitos altamente teóricos que têm poucos dados reais e concretos para apoiá-los. Ele tem, por exemplo, gasto muitos anos teorizando sobre as propriedades dos buracos negros, entidades cuja própria existência permanece sem provas. É por isso que, apesar de sua grande fama e capacidade inquestionada, ele nunca recebeu o Prêmio Nobel de Física.

Em seu mais recente lance de obter publicidade, Hawking parece estar empregando sua costumeira loquacidade recheada de tapeações para insinuar o aparecimento "espontâneo" do mundo físico, onde o próprio Nada é o criador. A teoria dele frisa flutuações do vácuo, mas aparentemente fugiu da memória dele que a lei da conservação da energia permanece um princípio estabelecido da física. Ele define o "nada" de uma maneira bastante peculiar - aparentemente a energia do vácuo é o "nada". Além disso, Hawking cita dois "nadas" em particular para justificar sua teoria de algo-do-nada, os quais são as leis da gravidade e mecânica quântica (as leis que governam as partículas microfísicas). Ele diz que essas leis possibilitam tais eventos. Será que a gravidade e as leis físicas do quantum são o "nada"?

As atuais declarações de Hawking são semelhantes àquelas que ele fez em sua "Brief History of Time" (Uma Breve História do Tempo), onde ele tentou insinuar que o universo veio do nada porque as pesquisas sugerem que as energias positivas e negativas do universo contrapesam umas às outras. A gravidade, que é uma força de atração, é compreendida como "energia negativa", e o movimento expansivo do universo é visto como "energia positiva".

É claro que se você somar um número negativo e um número positivo cujos valores absolutos sejam iguais, você obtém zero, mas e daí? Será que deveremos concluir que pelo fato de que essas duas variáveis totalizam nada, que tiveram sua origem no nada, ou talvez que nem mesmo existam porque se cancelam reciprocamente? Nesse caso, como é que alguém poderia colocá-los como termos na equação em primeiro lugar? Hawking nunca se importa em responder a questões básicas como essa, ao que tudo indica esperando que sua audiência ingênua e solidária não as pergunte.

Ciência seletiva?

Enquanto faz uso seletivo de teorias novas e não comprovadas para defender seus argumentos, Hawking convenientemente se esquece de mencionar que a interpretação mais comumente aceita da física quântica tem uma tendência de drasticamente minar a posição dele. Essa interpretação é conhecida como a Interpretação de Copenhagen (IC), popularizada por Niels Bohr, físico ganhador de Prêmio Nobel. A IC pressupõe que as partículas realmente não existem até que sejam observadas - elas só existem de um modo potencial, como probabilidades. Aliás, se adotarmos a postura ultra-empírica que Hawking está adotando, em que percepção e realidade são ingenuamente igualadas, essa é a conclusão mais lógica que podemos tirar da moderna física quântica, que usa probabilidades para lidar com opções espinhosas entre precisão de nosso conhecimento sobre a locação e momentum das partículas.

Contudo, se for verdade que as partículas não existem até serem observadas, então os próprios seres humanos não existiriam. Portanto, o universo inteiro só existiria se um observador não físico de fora do universo estivesse fazendo com que ele existisse. Esse é um dos motivos por que alguns físicos que inicialmente adotaram a IC por se encaixar em sua cosmovisão empírica recuaram dela. Eles não gostam das conclusões para as quais ela tende a levá-los. O observador não físico de fora do universo, fazendo com que o universo existisse por meio da observação, parece-se muito com Deus.

O que não é de causar surpresa é que Hawking rejeitou a IC em favor de outra interpretação menos popular chamada a interpretação de "muitos mundos". De acordo com a própria resenha de Hawking acerca do livro, ele aplica essa interpretação de física quântica como se fosse algo que flui da própria ciência, em vez de ser uma suposição que não possui comprovação (e que atualmente não dá para se provar) rejeitada por grande parte dos físicos. Ele então usa essa teoria irreal, que afirma que todo evento quântico gera novos universos alternativos onde se realizam todas as possibilidades, para rejeitar o forte princípio antrópico, que argumenta que a sintonização e ajustes precisos do universo indicam a existência de um Criador. Hawking argumenta que com tantos mundos paralelos, um deles está sujeito a ser favorável à vida, de modo que não se fazem necessárias maiores explicações.

Ciência natural versus filosofia e religião

Entretanto, os erros no pensamento de Hawking vão muito mais fundo do que as incoerências e especulações em seu uso da física moderna. Eles implicam interpretação incorreta fundamental acerca das diferenças entre as ciências naturais e as ciências da filosofia e teologia. Embora as ciências naturais possam dar respostas para perguntas sobre a natureza precisa de objetos físicos e sua conduta, elas não podem responder a perguntas sobre as origens do próprio mundo físico, que é uma área tratada pela teologia, religião e filosofia metafísica.

A verdade é que Hawking publicamente caracteriza seu novo livro como um desafio para a própria filosofia, afirmando que a física moderna é capaz de responder a todas as questões tratadas pelas ciências filosóficas, tornando essas ciências obsoletas.

O absurdo e arrogância de tal afirmação são imediatamente óbvios quando se considera que a física e outras ciências físicas não têm a realidade não física como sua matéria de estudo. A física estuda as coisas físicas. Ela não estuda conceitos puramente abstratos de acordo com sua natureza, como as ciências formais da lógica, matemática e geometria - que são ironicamente ciências de que a física depende. Portanto, a física não pode nos dizer sobre a origem de todas as coisas físicas, o que levaria a uma esfera extrafísica fora de sua própria esfera de competência.A incrível ingenuidade e ignorância de Hawking acerca da natureza da filosofia e sua relação com as ciências naturais ficam evidentes quando se lê sua obra "A Brief History of Time" (Uma Breve História do Tempo), que comete disparates vergonhosos sobre Aristóteles, chegando a afirmar que ele negou a validade dos sentidos (ele é famoso por afirmar o contrário). No entanto, a ignorância aparentemente total de Hawking sobre filosofia também o leva a erros surpreendentes em raciocínio, os quais inspirariam pena no leitor se não fosse pelo fato de que ele nunca será obrigado a prestar contas por tais erros.

Hawking e seus simpatizantes querem atribuir o início do universo às leis físicas, enquanto ignoram a questão de sua fonte. Uma lei é um conceito, um princípio, não é uma coisa física. Como é que tais leis existem sem um legislador? Como é que existem conceitos sem uma mente para concebê-los? Nesse caso, onde e como eles existem? Será que estão flutuando por aí no éter dos mitos e fábulas?

Mais problemática é a própria existência de coisas que não existem por sua natureza. Não há nada necessário sobre as leis da física conforme as achamos, nem os objetos físicos de nosso universo e suas propriedades. Podemos conceber de um número infinito de universos possíveis, cada um com seu próprio conjunto de leis, objetos e condições internas. Então, por que é que esse universo existe e não outros? Se outros existem, porque existem em vez de não existirem? Isso é conhecido na filosofia como problema da casualidade, e esse é um problema para o qual a física não consegue nem dar respostas iniciais. As coisas finitas de nosso mundo não existem por alguma necessidade interna. Portanto, elas devem depender de outra coisa para sua existência, e no final das contas todas as coisas devem depender de um ser que existe por sua própria natureza, que existe por si mesmo. Os cristãos, os judeus, os muçulmanos e outros chamam esse ser de Deus.

Outros problemas filosóficos surgem com a crença de Hawking em eventos "espontâneos", sem causa. Embora o princípio de incerteza de Heisenberg, o qual é um elemento fundamental da física quântica, requeira que os cientistas usem teorias de probabilidade e "casualidade" quando criam modelos matemáticos do mundo físico, isso não se converte automaticamente na conclusão de que o mundo é em realidade metafisicamente acidental, sem propósito.

A casualidade é um conceito sem sentido se não tiver uma função de probabilidade pré-existente para defini-la, junto com regras e objetos aos quais se aplica. Além disso, a própria casualidade é só um jeito de se lidar com a falta de conhecimento completo sobre um conjunto de circunstâncias, muito parecido com quando lidamos com um jogo de baralho que foi embaralhado. A ideia de que o mundo poderia ser produto de alguma "casualidade" no princípio e não tem causa fundamental é absurda à primeira vista, e agride violentamente a natureza da própria ciência, que é o estudo das causas e princípios. Se a existência do universo pode ser "casual" e sem causa, então qualquer evento que ocorre dentro dele também pode ser "casual" e sem causa, o que eliminaria completamente a ciência, e a capacidade de entender de forma racional o mundo em que vivemos.

O pensamento de Hawking representa o sintoma típico da arrogância acadêmica que muitas vezes predomina no mundo acadêmico, principalmente entre físicos e outros profissionais das ciências naturais, que se esquecem de que suas respectivas áreas são, afinal, limitadas. As ciências naturais de forma particular parecem atrair grande número de pessoas que se convencem de que só existe a realidade física, apesar do imenso edifício de argumentos que foram levantados contra tal cosmovisão durante mais de 2.300 anos pela filosofia e pela teologia. Eles estão muitas vezes trabalhando sob os tipos mais primitivos de erros filosóficos, principalmente o empirismo, uma doutrina há muito refutada que sobrevive apenas na mente ingênua de cientistas que, se não fosse por esses erros, seriam brilhantes, cuja visão míope do mundo os leva a grandes realizações em seus próprios campos, e ao mesmo tempo os leva ao fracasso total quando tentam responder às grandes perguntas da vida.

Jane Hawking, ex-esposa de Stephen Hawking a quem ele deixou para se casar com sua enfermeira mais jovem, provavelmente explicou melhor quando disse acerca de seu marido: "Stephen tem o sentimento de que pelo fato de que tudo se reduz a uma fórmula racional e matemática, que deve ser a verdade. Ele está investigando profundamente esferas que realmente importam para as pessoas que pensam e que, de um modo, podem ter um efeito muito preocupante sobre as pessoas - e ele não tem competência para isso".

Infelizmente, esse físico brilhante e filósofo incompetente provavelmente terá um efeito muito preocupante em nossa sociedade já confusa, a menos que outros físicos mais responsáveis levantem a voz. Vamos esperar que o façam.

Tradução: Julio Severo

Fonte: Revista Defesa da Fé - edição n° 88

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010


Os Garments ou vestuários Mórmons, também referidos como roupas dos mórmons ou roupas de baixo dos mórmons, esses garments, um termo para roupas intimas originário da língua inglesa adotado também por membros da Igreja Mórmon no Brasil, são usados pelos membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (IJCSUD) como um símbolo do sagrado convênios feitos com Deus nos Templos.

Somente os mórmons que já passaram pelo templo usam essas roupas, pois essas peças e o uso das mesmas estão diretamente relacionados com os convênios feitos nos Templos Mórmons. É lá que os membros fiéis recebem a primeira peça após a instrução sobre como deve ser usados e cuidados. A peça é usada como parte de uma cerimônia especial chamada de Iniciatória.

Os garments são brancos (com exceção de garments especiais para serem usados por aqueles que estão no serviço militar. Esses garments são verde oliva), simbolizando a pureza, e são feitos de vários tipos diferentes de materiais: algodão, poliéster, nylon, etc. Existe uma parte superior e uma parte inferior, a parte superior cobrindo os ombros e a inferior cobrindo até os joelhos. Isso é para promover a modéstia ao se vestir. Eles são usados diretamente sobre a pele e completamente cobertos por outras roupas. Eles podem ser removidos quando usá-los possa parecer impróprio para a atividade. Naturalmente, para tomar banho e nadar é necessário que ele seja removido, mas eles podem ser removidos para outras atividades esportivas, tais como futebol, basquete, ou outros tipos de exercícios vigorosos.


Ainda hoje existem Sacerdotes como no Velho Testamento?

Para uma religião que diz ser a restauração do cristianismo, a IJCSUD possui certas instituições estranhas ao Novo Testamento. Os sacerdócios chamados “Melquisedeque” e “aarônico” são estranhos aos escritos neotestamentários e à história da Igreja. Mesmo que o catolicismo tenha modelado sua liderança à semelhança do sacerdócio levítico do Antigo Testamento – com suas vestimentas e ornamentos, jamais se atreveu a atribuir a esse sacerdócio os nomes acima, concedidos pelos mórmons, pois seria uma distorção ainda maior.

Estas instituições são infundadas, pois:

• Não existem “ordens sacerdotais” na Nova Aliança, uma vez que todos os crentes são chamados a uma vida espiritual diante de Deus (IPe 2.5,9).

• O sacerdócio aarônico vigorou somente na Antiga Aliança e, devido à sua impotência, foi substituído pelo sacerdócio de Melquisedeque (Hb 7).

• O sacerdócio de Melquisedeque foi atribuído a uma única pessoa – Jesus Cristo. E, mesmo assim, não nos moldes do sacerdócio de Aarão, mas apenas como alegoria, conforme expôs o escritor de Hebreus (Hb 7).

• O cristão não precisa usar roupas sacerdotais, pois esses ritos cerimoniais foram abolidos (Cl 2.14)


Conclusão

No VT realmente os sacerdotes usavam uma vestimenta sagrada, mas hoje o cristão não está debaixo do Velho Pacto (II Co 3.14, Cl 2.14) e por isso não precisa de roupas sacerdotais para comparecer diante de Deus – Somos livres na Graça de Cristo.

Pior do que essa falsa interpretação sacerdotal engendrada nos ensinos do mormonismo é o fato de atribuir a essa roupa certa aura mágica e de proteção. O cristão não vive uma fé em amuletos e objetos, mas vivencia uma fé no Deus vivo!

“E que consenso tem o santuário de Deus com ídolos? Pois nós somos santuário de Deus vivo, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo” (II Co 6.16).


Fonte de pesquisa:

http://pt.mormonwiki.com/Garments

CCB e a questão do véu

Precisamos guardar o sábado como os Judeus?








segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Modismos e suas aberrações!!!

Kenneth Hagin e a suposta "Unção do Riso"
Para quem não sabe ele é o principal nome da Confissão Positiva. Para você que não acredita nessa influência hoje nas igrejas, no Brasil temos vários Centros de Treinamentos Rhema filiados a sua doutrina, a chamada Palavra Falada ou melhor Confissão Positiva

Veja a imagem abaixo, reparem no nome no qual o Seminário está filiado na parte superior, procure o endereço http://www.verbodavidapoa.com.br/rhemabrasil.html ou http://www.rhema.org.br o nome ficará melhor para ser visto, o nome é Kenneth Hagin






Holy Laughter in Brazil | Unção do riso | Toronto Blessing



"Unção de cair no espírito"



"Unção de Leão"



"Unção dos animais" Benção de Toronto

Modismos
* Araripe Gurgel

E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. (1CO 12:28). Mas faça-se tudo decentemente e com ordem. (1CO 14:40)

Meditando nesses versículos, podemos entender por que há tanto desacerto e tanta incoerência em boa parte do comportamento e das ações de muitos “líderes” atuantes hoje no meio dito evangélico.

São lobos espertalhões travestidos de líderes, que se aproveitam da forma como o sistema “funciona” e do modo como está organizado. São profissionais eclesiásticos que buscam primeiro e antes de qualquer coisa, seu próprio bem-estar e interesses pessoais, camuflados em discursos, como quem busca, propaga, defende e vive o Reino de Deus.

Querem tomar conta de tudo e organizam suas panelinhas também chamadas de “convenções”. São líderes que combatem qualquer coisa ou pessoa que possa colocar em risco a sua “liderança”.

Alardeiam toda novidade que aparece na praça, vão atrás de qualquer estratégia evangelística que esteja “dando certo”. Imitam e copiam descaradamente todo tipo de evento que dê retorno financeiro e que atraia mais pessoas para sua "liderança". Chamam de “mover de Deus”, qualquer coisa que promovam.

É incrível como muitas pessoas, quando se tornam crentes, abrem mão da capacidade de pensar e se deixam ser manipulados.

Nesse contexto de “liderança”, qualquer pensamento que tenham... o Espírito Santo me falou. Qualquer coisa estejam querendo fazer... Deus me mandou. Qualquer palavra que falam... eu profetizo. E quando pensam alguma coisa sobre alguém?... tome “revelamento”... tome “profetada”.

Fazem questão de “se mostrar”... não podem pegar um microfone que começam a falar em línguas na frente de todo mundo, como que dizendo: vê como eu sou cheio?

Mas a Bíblia diz que: E, se alguém falar em língua desconhecida, faça-se isso por dois, ou quando muito três, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus. (1 CO 14:27,28).

Alguns pregadores (chamados avivalistas) usam e abusam das técnicas de manipulação de massas; gritam exageradamente durante muito tempo, até conseguir influir no emocional das pessoas; alteram velocidade do discurso, o tom de voz, etc... e enquanto não estiver todo mundo gritando, chorando, numa catarse coletiva, não sossegam, depois dizem: viu o que o Espírito fez?

O Espírito Santo pode agir e fazer o que quiser, do jeito que quiser e se manifestar das mais variadas formas, Ele é Deus, Ele é Soberano. Não estamos questionando o que o Espírito Santo faz, nem o jeito que Ele faz. Só não podemos aceitar certas práticas dominantes, principalmente entre os pentecostais e neopentecostais, onde há como que uma necessidade urgente de demonstração externa de “poder”.

E tem muita gente que fica dependente desse tipo de “mover” e quando não estão “carregados” começam a ficar com medo de “estar perdendo a salvação”, a pensar que entristeceram o Espírito Santo e precisam rapidamente procurar algum retiro, convenção, encontro ou congresso onde possam “recarregar” a alma e voltarem cheios do Espírito Santo.

Cremos plenamente na atuação do Espírito Santo, cremos inclusive que o Espírito Santo pode se manifestar de maneira suave, tranqüila... enchendo sua alma de paz e levando você a um quebrantamento profundo. Só não podemos aceitar “pentecostes fabricados” e provocados por profissionais do púlpito.

Está escrito na Palavra: Por gente de outras línguas, e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor. De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis.

Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos? (1CO 14:21-23).

É preciso ter cuidado com esse tipo de prática. É preciso ordem no culto. É preciso entender que o espírito do profeta está sujeito ao profeta e não se deixar levar pelas emoções e muito menos tentar manipular o sentimento dos outros.

É preciso cuidar para não escandalizar as pessoas que visitam as igrejas e chegam sedentas de Deus, mas acabam indo embora assustadas com o que viram, e pior, “não querendo aquilo”.

E essa necessidade de amedrontar as ovelhas para mantê-las sob controle? Parece aquela história do pão e circo. Ensina-se apenas o básico e não se dá alimento verdadeiramente sólido ao rebanho.

“Criam-se” “doutrinas”, regulamentos e regras que visam, antes de qualquer coisa, manter as rédeas curtas. Por que insistem tanto em tantas proibições e imposições humanas, baseadas em usos e costumes, a maioria delas sem nenhum embasamento bíblico?

Tais “pastores” mantém o rebanho o tempo todo envolvido com novidades, usos e costumes não sobra tempo para cuidar do espírito, não crescem, ficando eternamente na dependência do “pastor”.

Não aprendem a exercer o seu direito de cidadãos do céu, não são ensinados a orar pelos enfermos ou por suas próprias enfermidades (tem que chamar o pastor). Morrem de medo de demônios, aprendem todas as regras, cumprem o que conseguem, mas são cristãos sem plenitude, dependentes, raquíticos espiritualmente.

Graças a Deus, que por outro lado, o Espírito Santo está fazendo cair as máscaras de tais “crentes” e provocando um verdadeiro mover entre aqueles que verdadeiramente têm sede de Deus.

Isso está provocando algumas reações contrárias, provocando antagonismos. Sabe por quê? Porque quem busca a face de Deus, encontra. Quem tem sede, é saciado. E quanto mais íntimo de Deus, quanto mais dependente dEle você for, menos você vai depender dos homens com suas regras e regulamentos.

Deus está levantando uma geração capaz de se derramar diante de Dele, sem a necessidade de se submeter as normas e rituais preestabelecidos, que quebra essas regras e se entrega verdadeiramente à adoração sincera, com a alma, sem necessidade de manipulação.

Ovelhas precisam ser conduzidas, é verdade. Mas precisam ser conduzidas pelos pastores, ao Pastor por excelência, Jesus Cristo. O Evangelho é simples e é essa simplicidade que precisa voltar. Deus está perto.

É preciso aprender “chegar-se a Ele e Ele se chegará”... ovelhas são ovelhas. Pastores são pastores. Todos são irmãos. Ë isso que precisa ser estabelecido. Relação entre irmãos.

São as complicações que o homem colocou no Evangelho... são as deturpações que o homem fez na verdadeira doutrina, que dão margem a tantas modas e modismos que existem por aí.

Por isso que existem tantas ovelhas “perdidas” dentro da casa do Pai. Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. (2CO 11:3)

Procure crescer no conhecimento da Palavra, procure conhecer a verdade e a verdade te libertará (Jo. 8.32). Medite nisso...

* Pastor na Igreja Cristã da Trindade

Valnice Milhomens "profetizando" a volta de Jesus para 2007.

Debate William Lane Craig

William Lane Craig X Richard Dawkins






sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Prêmio Nobel contesta descoberta de bactéria que come arsênico

Para Jack W. Szostak, ganhador do Prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina do ano passado, dados da Nasa não são convincentes

De um lago da Califórnia, cientistas coletaram bactérias que cresceram no laboratório em um meio onde o fósforo - elemento até então essencial para a vida - foi substituído pelo venenoso arsênico. O trabalho, patrocinado pela Nasa e publicado na quinta-feira (2) na revista Science, impacta diversas áreas da ciência, não só por abrir o leque de opções de busca de astrobiólogos por vida extraterrestre, mas também por abalar um dos conhecimentos mais sólidos dos bioquímicos: carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, enxofre e fósforo (conhecidos como CHONPS) são os elementos essenciais da vida, presentes em DNA, proteínas e lipídios.

Mas o dado fundamental do trabalho – o de que o arsênico foi incorporado ao DNA das bactérias, comprovando que ele entrou no lugar do fósforo – parece não ter satisfeito cientistas importantes da área. “Não estou convencido de que há arsênico no DNA dessa linhagem bacteriana”, disse Jack W. Szostak ao iG. Ganhador do Prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina do ano passado e pesquisador da Universidade de Harvard, Szostak estuda agora as moléculas essenciais que deram origem às primeiras células.

Szostak explica que a substituição de arsênico por fósforo é quimicamente improvável, uma vez que os compostos formados se quebram rapidamente na presença de água. “As afirmações do trabalho são completamente infundadas por seus dados. Não há um único experimento em que eles tenham isolado um metabólito ou uma molécula específica mostrando que o arsênico substituiu o fósforo”, completou.

O cientista destaca que o nível detectado de arsênico no DNA é extremamente baixo tanto para as células que cresceram com fonte de arsênico quanto para as que cresceram com fonte de fósforo. Contaminação de reagentes usados nos experimentos provavelmente explica o pequeno aumento de arsênico no DNA das células que cresceram com arsênico. “Deve haver contaminação pois eles observaram arsênico até no DNA das bactérias que cresceram só com fósforo”, disse.

Steven Benner, da Foundation for Applied Molecular Evolution em Gainesville, Florida, trabalha com formas alternativas de DNA e também está cético em relação aos resultados publicados na Science. Benner disse ao iG que mesmo quando dois elementos são vizinhos na tabela periódica (silício e carbono; arsênico e fósforo, por exemplo), as diferenças de suas reatividades tornam as substituições um a um desafiadoras para os cientistas. Substituir arsênico por fósforo no DNA torna as estruturas instáveis, principalmente na presença de água.

O químico explica que em uma das figuras do trabalho da Science, o DNA aparece estável na água e se comporta como um DNA padrão. “Isso é um forte indício de que o que eles estão vendo não é DNA cujos fósforos foram substituídos por arsênico”, disse.

Não é novidade que bactérias, outros microrganismos e formas mais complexas de vida incorporam elementos da tabela periódica ao seu metabolismo. Segundo Sam Kean, autor do livro “The Disappearing Spoon”, best-seller do New York Times que conta histórias inusitadas sobre cada um dos elementos da tabela periódica, “algumas bactérias usam até urânio”, disse ao iG.

Procurada pelo iG, Felisa Wolfe-Simon, responsável pela pesquisa, disse, via assessoria de imprensa da Nasa, que precisaria de alguns dias para responder às alegações de Szostak e Benner.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Ioga – despertando o “deus-consciência”


Por M. Basilea Schlink

A ioga está-se tornando objeto de crescente interesse na moderna sociedade ocidental. “Acredita-se que cerca de 15 milhões de pessoas incluem alguma forma de ioga em seus exercícios físicos, só nos Estados Unidos”.1


No Brasil ela está em muitas universidades e tem sido tema de cursos de extensão e de pós-graduação (Como, por exemplo, no Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São Paulo – Cepeusp e nas Faculdades Metropolitanas Unidas em São Paulo)2.


A ioga é saudada por muitos como a solução para a mente e para o espírito humano nos áridos desertos criados pelo racionalismo, pelo materialismo e pelo ateísmo. Entretanto, a ioga tem sua origem na Índia com raízes no hinduísmo. Não se trata, portanto, de uma idéia isolada e invariável; pode-se mesmo dizer que suas manifestações apresentam uma paleta multicolorida de métodos, exercícios e disciplinas. Inclui, ainda, objetivos psico-religiosos. Os que praticam a ioga formam um grupo igualmente distinto: socialites, médicos, advogados, vendedores, artistas etc.


No ocidente, atualmente, tal grupo se constitui de pessoas de todas as idades e camadas sociais, atraídas por diferentes motivos. Só na Alemanha ocidental calcula-se que cerca de 100 mil pessoas estão praticando a ioga.


A ioga, em suas diferentes formas, está literalmente preparada para conquistar a Europa, penetrando até mesmo em muitos círculos cristãos. É notável, no entanto, que ela desempenha apenas um papel secundário na Índia de hoje, como alguns amigos me informaram. Em muitos casos, as pessoas de lá já perceberam que a ioga não pode dar-lhes o que buscam em seus anseios. Conseqüentemente, os cristãos indianos rejeitam a mistura de ioga e cristianismo. Entretanto, o fato de o ensino da ioga estar ganhando tanto terreno aqui, nas nações cristãs do ocidente, onde a apostasia e a rebelião contra Jesus Cristo estão disseminadas, evidencia, de forma bastante clara, como o seu ensino é anticristão.


O que é a ioga?


A ioga, como a vê o hinduísmo, é uma coleção de métodos destinados a libertar a alma humana de tudo o que é terreno com o auxílio do ascetismo, exercícios físicos, técnicas respiratórias e meditações. A pretendida liberação tem duplo significado e envolve mais que a vida presente do indivíduo que pratica a ioga. A ênfase principal é dada ao ciclo do renascimento, também chamado transmigração da alma. De acordo com a antiga doutrina hindu, a alma não purificada do homem é forçada, por causa de suas ações passadas (carma), a entrar de novo num ventre materno e renascer. Somente quando consegue purificar-se por seus próprios esforços atinge a libertação, ficando, assim, livre de posteriores reencarnações. Ao mesmo tempo, esta libertação implica na verificação de que a alma individual, o ego real do homem (atmã), é, basicamente, idêntico ao espírito universal (Brama). Conseqüentemente, a ioga indiana baseia-se na teoria de que cada alma é, em sua natureza e substância, essencialmente unida com o divino. “Nisto consiste a sutil fascinação da ioga - ela ensina a deificação do homem”. Segundo a ioga, o homem não é um ser decaído, uma distorção da imagem de Deus. Ao contrário disso, a ioga afirma que o homem é o próprio Deus.


As várias escolas de ioga diferem uma das outras, principalmente na escolha de exercícios. “A hatha ioga, por exemplo, dá grande importância às técnicas físicas”, ou seja, purificação dos intestinos, certas posturas (asanas) e controle da respiração (pranaiama). O objetivo principal desta última técnica é fazer que a respiração seja deliberadamente tornada vagarosa. É sabido que tal exercício leva a um retardamento de raciocínio e a um auto-induzido esvaziamento da mente. “Outras escolas dão maior ênfase às técnicas meditativas, como, por exemplo, o mantra ioga, com sua alta, branda ou silenciosa repetição de mantras”. Em muitos casos, os mantras são fórmulas mágicas sem significado lingüístico ou gramatical, como o mantra Om, por exemplo.


Para os praticantes da ioga, essas fórmulas representam forças divinas ou cósmicas: como os deuses Vishnu e Siva ou o espírito universal Brama. Os hindus acreditam que, através da contínua repetição de tais fórmulas, podem identificar-se com os poderes que elas representam. Assim, o homem não mais se aproxima de seu Criador com humildade; em vez disso, por meio dos mantras, tenta ele próprio positivar sua oculta identidade com Deus; ou melhor, com uma divindade pagã.


A maioria das escolas de ioga no ocidente é influenciada pela hatha ioga. Os exercícios ensinados têm, acima de tudo, a intenção de fortalecer o corpo, manter os membros ágeis, remover resíduos e impurezas dos órgãos e acalmar os nervos, ajudando, assim, o indivíduo a viver uma vida harmoniosa, de modo a estar melhor equipado para enfrentar a moderna luta pela existência. Em muitos casos, até mesmo crianças são levadas a fazer tais cursos de ioga. Nessas escolas ocidentais de ioga faz-se pouca menção da liberação da alma através do ciclo de reencarnação. A ênfase principal é posta no sucesso na presente vida. Como resultado dessa nova interpretação, no ocidente a ioga é erroneamente considerada uma forma de esporte ou ginástica. Algumas vezes o principiante experimenta, de início, certos efeitos benéficos, sentindo-se à vontade e mais capaz para enfrentar situações de tensão extrema. Aparentemente positiva, a ioga ocidental tem envolvido muitas pessoas em seus ensinos. Não são poucos os enganados e presos nessa armadilha.


“Esses exercícios físicos, entretanto, não podem ser separados de um processo mental”. A mente humana é inevitavelmente envolvida. Os iniciadores atuais dos cursos de ioga são os iogues. Os iogues são treinados na ioga do hinduísmo indiano até serem conduzidos à ioga indiana. Segue-se, portanto, que os exercícios físicos externos, a respiração e a relaxação conduzem a novos exercícios até que o indivíduo atinja o conhecimento de si mesmo e a técnica de controlar a mente e a alma. O autoconhecimento e o controle são adquiridos por meio de um tipo de “ascetismo e da disciplina ética, que, em última análise, termina na religião pagã do hinduísmo”.


Com isso, fica esclarecida a seguinte questão: “a ioga não pode ser separada do hinduísmo. Isso que está sendo praticado aqui, nas nações ocidentais, não é meramente um exercício benéfico à saúde, e todos que assim pensam estão grandemente enganados”. Ao contrário do que muitos afirmam, os exercícios de ioga, em última análise, não podem ser separados da filosofia especial do hinduísmo e dos conceitos ocultos por trás dela. Os defensores do hinduísmo abertamente reconhecem esse fato.


Junto com seus exercícios físicos, ensinados durante os cursos de ginástica, a aparentemente inofensiva e não-religiosa hatha ioga, que se concentra puramente na elevação do conhecimento dos poderes físicos, é, na realidade, uma preparação para a “estrada real, a raja ioga”. Certos aspectos do modo de pensar hindu têm aceitação na hatha ioga. “O que parece ser apenas exercícios de ginástica foi preparado com motivos ocultos e produzem efeitos na mente”. Isto é óbvio quando apreciamos títulos como “a postura perfeita, a postura do herói e a postura lótus”. Não se trata apenas da estimulação de certas partes do corpo, mas de alguns órgãos internos, glândulas e centros nervosos.


Quais são os objetivos da ioga?


As diferentes escolas de ioga têm seus ensinamentos específicos, mas o interesse primário da “ioga clássica é descobrir o ego da pessoa”. Em outras palavras, redescobrir a natureza pura e divina da pessoa; ou seja, Deus no homem. De acordo com o ensinamento básico da ioga, “afirma-se que a natureza – especialmente a natureza humana - é essencialmente boa e digna. Todos os iogues crêem em si mesmos como deuses ou como partes da divindade”. Os gurus, líderes que transmitem esses ensinamentos, são considerados divindades personificadas e fazem uso de tal autoridade. Isso explica sua extraordinária influência, também evidente no mundo ocidental, onde as pessoas chegam a prostrar-se diante de um rapaz de dezessete anos.


De que maneira as pessoas, através da ioga, podem achar deus em si mesmas e libertar seu verdadeiro ego, o divino homem? “O meio é a pessoa esvaziar-se de si mesma de maneira a receber as forças do universo”, sendo que os exercícios físicos também servem para esse fim. O homem, então, será capaz de unir-se com a força viva do universo que a tudo permeia - presente, por exemplo, no ar, na água e no alimento. Desse modo, o homem pode transformar-se em um “deus”; isto é, com capacidade para elevar-se até alcançar de novo o estado original, perfeito, inocente – uma pessoa sobre-humana. Com isso, atinge, como se anuncia, a meta desejada: alegria, harmonia completa e consciência absoluta. Um estado de “deus-consciência”.


Dessa forma, “a ioga, em sua própria natureza, é auto-redenção!”. Mas, na tentativa de libertar a alma individual de uma suposta prisão, e cuidar dela como se ela fosse alguma coisa boa, “a ioga, na realidade, lisonjeia o ego pecaminoso e, desse modo, fomenta o egoísmo”. Como resultado, o estudante da ioga está constantemente preocupado consigo mesmo. Move-se ao redor do seu ego e se torna cada vez mais insociável. Assim, a alegada auto-redenção não passa de um equívoco. Supondo-se que as forças atuantes do universo realizam esta auto-redenção, há um ponto importante que deve ser lembrado: não existem forças neutras. “Atrás de todo poder atuante há um ser sobrenatural, uma divindade”. Surge, porém, uma questão: qual delas? Jesus declara que Ele veio de cima, mas há um adversário de Deus (um poderoso antideus) que procede de baixo: “E dizia-lhes: Vós sois de baixo, eu sou de cima; vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo” (Jo 8.23). Esse, que veio de baixo, pode, inclusive, infundir seus poderes nas pessoas e conferir-lhes habilidades especiais: “E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz” (2Co 11.14).


De onde vêm os poderes que atuam num estudante de ioga? Com o que se une esse estudante quando ele atinge o objetivo dos exercícios de ioga e se torna um semideus, um ser sobre-humano? Como já ficou demonstrado, “os poderes recebidos na ioga vêm, em última análise, do espírito universal hindu, o Brama”. De um lado, os praticantes de ioga crêem em si mesmos como sendo deuses; mas, do outro, também encarnam divindades pessoais como Krishna e Siva. Visto que o estudante de ioga deve entrar em contato com esses deuses, segue-se logicamente que deve aceitá-los. Entretanto, isso significa que os adeptos dessa filosofia estabelecem relacionamento com o mundo demoníaco, justamente como escreveu Paulo com referência ao sacrifício idolátrico: “Antes digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios, e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios” (1Co 10.20).


Considerando que os pontos básicos da ioga permanecem ocultos, os que a praticam intensamente estarão, sem dúvida, se colocando cada vez mais sob a influência de Satanás, embora isso ocorra de forma imperceptível. Através da atuação das forças cósmicas (que não são os poderes dos deuses pagãos), uma pessoa se expõe ao perigo de ficar sob a influência dos poderes de baixo, ainda que pense estar praticando a “ioga cristã”. Diante de tal fato, o estudante de ioga se transfere do reino de Jesus – o reino da luz – para o reino das trevas, embora normalmente ele não se dê conta disso até ser demasiado tarde. A verdade é que essa desastrosa transferência do reino de Jesus para o domínio dos demônios, cujas conseqüências serão sentidas na eternidade, ocorrerá necessariamente como resultado das fontes sobrenaturais da ioga.


Pode haver “ioga cristã”?


A ioga esta associada com poderes ocultos e mágicos desde sua origem na Índia antiga, o que é evidente. E podemos constatar isso ao examinarmos os tradicionais manuais de ioga, que prometem ao estudante poderes sobrenaturais (siddhis) quando ele progride nesse caminho. Mircea Eliade, autoridade em ioga, escreve: “Na Índia um iogue foi sempre tido como mahsiddha, um que possui poderes ocultos, um bruxo. Entre essas capacidades está o poder de alcançar qualquer objeto a qualquer distância, uma vontade irresistível, poder sobre os elementos e a realização de suas vontades”1. Com tais capacidades, o iogue consegue também realizar os chamados “milagres”. Por exemplo, em setembro de 1974 os jornais noticiaram que, numa colônia, um iogue e seus seguidores correram, descalços, sobre um braseiro, cuja temperatura era de 1000 graus centígrados, e, após o feito, não foi achado qualquer sinal de queimadura em seus pés. Esse iogue fez também seu coração parar completamente por oito segundos.


Afinal, se é aos poderes das trevas que o estudante de ioga se entrega, tais poderes, porém, jamais poderão lhe proporcionar libertação e harmonia, como o ensino dessa filosofia promete. Satanás é o destruidor de toda felicidade e harmonia, e de tudo que é bom. É ele quem está por trás de todos os ídolos e deuses, e também dos ensinos místicos hindus. Ele procura, por tais meios, conservar os homens em seus pecados e mantê-los debaixo de seu poder, de maneira que possa destruí-los. Desse modo, o cristão evangélico tem apenas uma escolha: lutar com Jesus contra os elementos ocultos e de ação demoníaca, que também nos ameaçam por meio do ensino da ioga. Jesus Cristo veio para destruir as obras do diabo e os poderes das trevas (1 Jo 3.8). Ele é Senhor e Príncipe da vitória sobre Satanás, os demônios, os poderes espirituais e principados debaixo do céu.


Assim, é claro e óbvio, pela própria natureza do assunto, que não pode haver “ioga cristã”. Apesar de toda essa evidência, não tem sido pouco os seminários teológicos, e até mesmo igrejas, se deixando levar pelos encantos diabólicos do hinduísmo pela prática da ioga. Tome por exemplo o caso do Pastor Rodney R. Romney, da Primeira Igreja Batista de Seatle, autor do livro “Jornada ao espaço interior encontrando Deus – em nós” (Abingdon, 1980), onde afirma que “compreender Deus é experimentar a própria divindade”3. Mas esse experimentar só é possível, no ponto de vista de Romney, por meio da ioga zen4, do sufismo e da meditação transcendental5. É chocante saber que Romney e seus ensinos não são um caso isolado. Muitos, dentro do cristianismo, têm abraçado essas mesmas idéias. Tanto é que alguns cristãos “inocentes” estão praticando a ioga sob a forma cristã. Por exemplo, substituem os mantras por palavras e orações como a “Oração do Senhor”. E convidam outros irmãos para retiros “espirituais’ a fim de praticarem a ioga “cristianizada”, e alegam ser este um modo de revigorar a estagnada vida de oração de alguém. A ioga, declaram, é uma técnica neutra que pode ser usada para objetivos cristãos. Entretanto, é óbvio que a origem, o método e o objetivo da ioga e os da fé cristã são mutuamente exclusivos. A meditação cristã tem como conteúdo a Palavra de Deus, e não a própria consciência. Além disso, o Cristo vivo, com seu chamado divino, está em oposição aos ensinos panteístas, às práticas e aos objetivos dessa ioga que, afinal de contas, está ligada ao ocultismo.


Embora o perigo maior proceda de sua fonte demoníaca, “o ensino de auto-redenção como tal está em completa contradição com a nossa fé cristã”. Sendo seres pecaminosos, jamais teremos poder para nos redimir por meio de exercícios físicos e mentais, através dos quais possamos elevar-nos mais e mais, a ponto de chegarmos à posição de “homens-deuses”. Todo aquele que é da verdade sabe que não tem um bom “ego real” aprisionado dentro de si; ao contrário, sabe que é, por natureza, um prisioneiro de seu pecado e de Satanás, e que precisa ser liberto de tal prisão. Nunca precisará descobrir seu “ego divino” para que alcance redenção, porque já reconheceu seu próprio ego na verdade e verificou ser ele mau (Gn 8.21). Ele está ciente da realidade do pecado e da culpa, bem como de sua necessidade de um Salvador – e tem um Salvador em Jesus Cristo.


Na verdade, Jesus se fez homem e morreu na cruz por nós para nos redimir de nosso “ego real”, o ego decaído, que é a sede de todo mal, orgulho, egoísmo e de todas as inclinações pecaminosas. Através de seu sangue derramado, e de seu ato de redenção, ao exclamar “Está consumado”, Cristo derrotou o pecado e Satanás. Aquele que crê em sua redenção e entrega seu velho homem para ser crucificado com Cristo, levantar-se-á como um novo homem, um ser redimido. Somente Jesus, o Filho de Deus, tem o poder de realizar isso em nós. Um verdadeiro cristão move-se ao redor de Jesus e acha nele sua mais profunda realização. Jesus é tudo para ele. Vive com Jesus e o segue; sua meta única é estar com Ele para sempre em seu reino.


Todo aquele que verdadeiramente ama Jesus, o Cordeiro de Deus, como seu Salvador, e tem um relacionamento pessoal com Ele, não pode participar de exercícios que trazem em si, de forma oculta, ensinamentos místicos e fórmulas mágicas. Nunca dará atenção a desconhecidas forças elementais do universo, nem a deuses estranhos, através de exercícios de ioga, com a discutível intenção de aprender a arte de esvaziar a mente. Sua mente está fixada em Jesus Cristo e, em suas horas tranqüilas, seus pensamentos se concentram em Jesus e na Palavra de Deus. Não precisa, por meio da ioga, praticar a suspensão de todas as funções da alma, porque sua alma precisa estar viva e amar a Jesus e, através dele, os seus irmãos humanos, bem como tudo o que Deus criou, embora a prioridade seja Jesus.


Pedro Kupfer, um dos principais formadores de professores de ioga no Brasil disse à revista “Super Interessante”6 que a “ioga sem meditação não é ioga”. A que tipo de meditação se refere Kupter? Pesquisando a vasta literatura dedicada à difusão da ioga encontramos o que vem a ser esta meditação: é liberar o “ego divino”, aprisionado dentro do homem, permitindo que poderes fluam para sua pessoa. Ao permitir tais poderes (em última análise, vindos de baixo), a pessoa tornar-se-á inteiramente prisioneira do pecado. Portanto, um cristão que assim procede tem apenas que se envergonhar ao se colocar debaixo da influência desses poderes. Com respeito à ioga, um cristão, hoje, só pode escolher entre Cristo e Belial, porquanto a possibilidade de combinar a ioga com a fé cristã não existe. As Santas Escrituras mostram-nos, em numerosos exemplos, que o povo de Deus do Antigo Testamento incorreu em sua ira e recebeu o mais severo castigo quando procurou servir tanto a Deus como aos ídolos, isto é, aos demônios de outras religiões. Tais combinações constituem sincretismo. Este foi usualmente o pecado de Israel


Dizem que um Deus justo não pode excluir da salvação eterna um budista, um hinduísta ou um outro seguidor de qualquer religião quando ele, honestamente, procura salvação. Mas, em nenhuma circunstância, este argumento pode ser (como muitas vezes é usado em favor da ioga) apresentado como desculpa para que sigamos tal caminho. O equívoco deste argumento é que, embora a graça de Deus seja ilimitada, há uma grande diferença entre aqueles que uma vez receberam a revelação de Jesus, o Filho de Deus, e aqueles que jamais ouviram a verdade. “Em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvo” (At 4.12). Isto é constrangedor para nós como cristãos. Para nós, a ioga é uma forma de apostasia, que conduz à destruição. Para os pagãos, é um caminho errado, mas o Senhor pode reconduzi-los ainda ao verdadeiro caminho de Jesus Cristo.


Deus está nos admoestando, a nós, o seu povo do Novo Testamento, provavelmente até com maior urgência do que fez com o seu povo do Antigo Testamento, porque fomos redimidos pelo sacrifício de Jesus e pelo precioso sangue do Cordeiro. Ele está nos perguntando: “Até quando coxeareis entre dois pensamentos?” (1Rs 18.21). Quando pensamos que podemos servir a Jesus e, ao mesmo tempo, ir após outros deuses, ídolos pagãos, trazidos a nós no ensino dos iogues e gurus, estamos, na verdade, incorrendo em sério julgamento, visto que fomos resgatados por um grande preço.


Hoje, em vista dessas grandes mistificações, no começo dos últimos tempos, Jesus nos convida: “Vinde a mim!” (Mt 11.28). “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (Jo 14.6). Na verdade, só nele podemos encontrar a verdadeira salvação e a redenção do pecado – pecado que é a nossa ruína e miséria. E, um dia, Jesus nos receberá na glória dos céus, quando já estaremos verdadeiramente transformados conforme a sua imagem. Então, Ele nos outorgará o privilégio de habitar em seu reino para sempre.


Notas:


1- Revista Super Interessante, ano 15, nº 6 - Junho 2001.

2- idem
1- Eliade. Ioga. p. 97.
3- Ibid, p. 26.
4- Zen significa “meditação” e tem sua raiz no Budismo cujo fundador foi Tão-Sheng 360-434 d.C. O Zen-Budismo tem se propagado muito no Ocidente. Calcula-se que nos EUA meio milhão de budistas pratiquem o ZEN. Na China, os mestres Zen muitas vezes são denominados “mo-wang” (rei dos demônios).
5- Ibid, pp. 82-84.
6- Revista Super Interessante, ano 15, nº 6 - Junho 2001, p.56.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O crente em Jesus deve celebrar o Natal?


Pr. Renato Vargens

Como muitas vezes acontece, a Igreja Evangélica Brasileira polemiza sobre assuntos dos mais diversos. Na verdade, têm sido assim no decorrer recente de sua história. Ultimamente, têm-se falado demasiadamente sobre o natal, sua história e implicações. Como era de se esperar, opiniões diferentes surgiram quanto ao assunto. Existem aqueles que não vêem nenhum problema quanto à celebração da data, e outros que radicalizaram abdicando de toda e qualquer celebração relacionada ao tema em questão.

Antes de qualquer coisa , por favor façamos algumas considerações:

O Natal não era considerado entre as primeiras festas da Igreja. Os primeiros indícios da festa provêm do Egito. Os costumes pagãos ocorridos durante as calendas de Janeiro lentamente modificaram-se na festa do Natal”. Foi no século V que a Igreja Católica determinou que o nascimento de Jesus Cristo fosse celebrado no dia da antiga festividade romana em honra ao nascimento do Sol, isto porque não se conhecia ao certo o dia do nascimento de Cristo. Não se pode determinar com precisão até que ponto a data da festividade dependia da brunária pagã (25 de dezembro), que seguia a Saturnália (17-24 de dezembro) celebrando o dia mais curto do ano e o “Novo Sol”. As festividades pagãs, Saturnália e Brumária estavam a demais profundamente arraigadas nos costumes populares para serem abandonadas pela influência cristã. A festividade pagã acompanhada de bebedices e orgias, agradavam tanto que os cristãos viram com benevolência uma desculpa para continuar a celebra-la em grandes alterações no espírito e na forma.

Ontem e Hoje:

A conclusão que chegamos é que o natal surgiu com a finalidade de substituir as práticas idólatras e pagãs que influenciava sociedade da época. Hoje como no passado à humanidade continua fazendo desta festa pretexto pra bebedeiras, danças e orgias. Se não bastasse isso, todos sabemos que milhões de pais em todo o mundo (Muitos destes cristãos) levam seus filhos pequenos a acreditarem em Papai Noel, dizendo-lhes que foi o bochechudo velhinho que lhes trouxe um presente. Ora, a figura do papai Noel tem origem nos países nórdicos, referindo-se a um senhor idoso, denominado Klaus, que saía distribuindo presentes a todos quanto podia. Infelizmente, numa sociedade materialista e consumista, o tal Papai Noel é mais desejado do que Jesus de Nazaré, afinal de contas, ele é o bom velhinho que satisfaz os luxos e desejos de todos quanto lhes escrevem missivas recheadas de vaidades e cobiças. Se não bastasse, junta-se a isso a centralidade em muitos lares cristãos de uma Árvore recheada de bolinhas coloridas.

O espírito consumista e mercantilista do natal, bem como a ênfase na árvore e no papai Noel, se contrapõe a mensagem do evangelho que anuncia que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho pra morrer por nós. Aliás, esta é a grande nova! Deus enviou seu filho em forma de Gente! Sem sombra de dúvidas, sou absolutamente contra, duendes, Papai Noel e outras coisas mais que incentivam este “espírito mercantilista natalino”. No entanto, acredito que antes de qualquer posição, decisão ou dogmatização, quanto ao que fazer “do e no natal” devemos responder sinceramente pelo menos três indagações:

1. Será que existe alguma festividade ou festa no mundo que tenha o poder de convergir tanta gente em torno da família, do lar como o natal?

2. Em virtude do grande poder e influência que o natal exerce na sociedade ocidental será que não deveríamos aproveitar a oportunidade e anunciar a todos quanto pudermos que um “menino nos nasceu e um filho se nos deu”?

3. Seria inteligente de nossa parte desconsiderarmos o natal extinguindo-o definitivamente do “nosso” calendário em virtude do“espírito mercantilista natalino” que impera na nossa sociedade?

Outras considerações:

Apesar de não observarmos textos bíblicos que incentivem a celebração do natal, é absolutamente perceptível em diversas passagens a importância e relevância do nascimento e encarnação do Filho de Deus. As escrituras, narram com efusão o nascimento do Messias. Se não bastasse isso, sem a sua vinda, não nos seria possível experimentarmos da salvação eterna e da vida vindoura. Portanto, comemorar o natal, (ainda que saibamos que o Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro) significa em outras palavras relembrar a toda a humanidade que Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, pra que todo aquele que nele cresse não perecesse mais tivesse vida eterna.

Isto nos leva a seguinte conclusão:

1. O natal nos oferece uma excelente oportunidade de evangelização. Em todos os registros históricos percebemos de forma impressionante o quanto os irmãos primitivos eram apaixonados, entusiastas e extremamente corajosos na proclamação do evangelho. Estes homens e mulheres de Deus eram movidos por um desejo incontrolável de pregar as Boas Novas. Eram pessoas provenientes de classes, níveis e posições sociais das mais diversas: artesãos, sacerdotes, empresários, escravos, gente sofisticada bem como pessoas simples e iletradas. Entretanto, ainda que diferentes, todos tinham em comum o sentimento de “urgência” em anunciar a Cristo. Vale a pena ressaltar que Jesus comumente usou as festas judaicas como meio de evangelização. Os 04 evangelhos, nos mostram o Senhor pregando e ensinando coisas concernentes ao reino de Deus a um número considerável de pessoas em situações onde a nação celebrava alguma festividade. Na verdade, ele aproveitava os festejos públicos pra anunciar as boas novas da salvação eterna. Ora, tanto nosso Senhor quanto à igreja do primeiro século tinham como missão prioritária à evangelização. Portanto, acredito que o natal seja uma excelente ocasião pra anunciar a cristo aos nossos familiares e amigos. Isto afirmo, porque geralmente é no natal onde a maioria das famílias se reúnem. O natal nos propicia uma grande oportunidade de proclamarmos com intrepidez a cristo. Junta-se a isso, que o período de fim de ano é um momento de reflexão e avaliação pra muitos. E como é de se esperar, em um mundo onde a sociedade é cada vez mais competitiva e egoísta, a grande maioria, sofre com as dores e marcas deste mundo caído e mau. É comum nesta época o cidadão chegar a conclusão de que o ano não foi tão bom assim. A conseqüência disto é a impressão na psique do individuo de sentimentos tais como frustração, depressão, angústia e ansiedade.E é claro que tais sentimentos contribuem consideravelmente a uma abertura maior a mensagem do evangelho.

Abertura pro Sagrado

Um outro fator preponderante que corrobora pra evangelização é significativa abertura ao sagrado e ao sobrenatural que a geração do século XXI experimenta. No inicio do século XX, acreditava-se que quanto mais o mundo absorvesse ciência menor seria o papel da religião. De lá pra cá a tecnologia moderna se tornou parte essencial do cotidiano da maioria dos habitantes do planeta e permitiu que até os mais pobres tivessem um grau de informação inimaginável 100 anos atrás. Apesar de todas essas mudanças, no inicio do século XXI o mundo continua inesperadamente místico. O fenômeno é global e no Brasil atinge patamares impressionantes.

A Revista Veja encomendou uma pesquisa ao Instituto Vox Populi, perguntando as pessoas se elas acreditavam em Deus. A maioria absoluta ou seja, 99% dos brasileiros responderam que acreditavam. Sem dúvida, o momento é impar na história, até porque, com exceção de alguns períodos da história mundial o mundo nunca esteve tão aberto ao sagrado como agora. Diante disto, será que o natal não representa uma excelente oportunidade de evangelização?

2. O natal nos oferece uma excelente oportunidade de reconciliação e perdão.Você já se deu conta que a ambiência do natal proporciona uma abertura maior à reconciliação e perdão? Repare quantas famílias se recompõem, quantos lares são reconstruídos, quantos pais se convertem aos filhos e quantos filhos se convertem aos pais. Será que a celebração do natal não abre espaço nos corações pra reconciliação e perdão? Ora, O senhor Jesus é aquele que tem o poder de construir pontes de misericórdia bem como de destruir as cercas da indiferença e inimizade.

3. O natal nos oferece uma excelente oportunidade de sermos solidários em uma terra de solitários.Por acaso você já percebeu que no natal as pessoas estão mais abertas a desenvolver laços de fraternidade e compaixão com o seu próximo? Tenho para mim que o natal pode nos auxiliar a lembrarmos que a vida deve ser menos solitária e mais solidária. Isto afirmo porque o natal nos aponta o desprendimento de Deus em dar o seu filho por amor a cada de um nós. O Nosso Deus se doou, se sacrificou e amou pensando exclusivamente no nosso bem estar e salvação eterna. Você já se deu conta que o natal é uma excelente oportunidade pra nos aproximarmos daqueles que ninguém se aproxima além de exercermos solidariedade com aqueles que precisam de amor e compaixão?
Conclusão

Sem qualquer sombra de dúvida devemos repulsar tudo aquilo que seja reflexo deste “espírito mercantilista natalino”. Duendes, papai Noel, devem estar bem longe da nossa prática cristã. Entretanto, acredito que como portadores da verdade eterna, devemos aproveitar toda e qualquer oportunidade pra semear na terra árida dos corações a semente da esperança. Jesus é esta semente! Ele é a vida eterna! O Filho de Deus, que nasceu, morreu e ressuscitou por cada um de nós. A missão de pregar o Evangelho nos foi dada, e com certeza, cada um de nós deve fazer do natal uma estratégia de proclamação e evangelização. Celebremos irmãos e anunciemos que o Salvador nasceu e vive pelos séculos dos séculos amém.

Soli Deo Gloria

Acupuntura


"...estando sempre preparados para responder..."(I Pe 3.15)


Definição: Acupuntura é a antiga prática chinesa de estimulação com agulhas, baseada na religião do Taoísmo (uma forma de ocultismo).

Fundador: Desconhecido; o texto tradicional chinês é O Clássico do Imperador Amarelo de Medicina Interna.
Alega-se Que Funciona de Que Modo? Diz-se que funciona estimulando certos pontos com agulhas, supostamente permitindo que a energia cósmica do universo (chi) flua livremente através dos órgãos e sistemas do corpo, mantendo a saúde.

Avaliação científica: Controvertida, mas em grande parte desacreditada; enquanto o seu Taoísmo é ignorado em estudos científicos, tais estudos ainda têm de demonstrar cientificamente a eficácia da acupuntura. Um estudo definitivo de três anos, lançado em 1991, concluiu que a acupuntura nada mais é que, na melhor das hipóteses, um poderoso placebo.1

Potencial de Ocultismo: Prática e filosofia taoísta; praticantes se envolvem com a parapsicologia, programas de meditação e outras práticas do ocultismo usadas em conjunção com a terapia da acupuntura.

Maiores Problemas: A acupuntura funciona mais com base em princípios psicológicos, religiosos ou do ocultismo.

Avaliação Bíblico-Cristã: A acupuntura clássica envolve a prática de uma antiga medicina pagã que é inseparavelmente ligada ao Taoísmo.

Perigos Potenciais: A estimulação com agulhas ocasionalmente produziu complicações médicas e danos físicos, alguns deles sérios; pode mascarar o diagnóstico de uma doença séria; influência do ocultismo.

ORIGEM

A origem da acupuntura é desconhecida, mas podemos encontrar práticas similares no antigo xamaísmo. O Dr. Samuel Pfeifer, consultor de psiquiatria e neurologia de uma clínica psiquiátrica na Suiça, observa:

O tratamento com agulhas, posteriomente denominado acupuntura (do latim acus - "agulha"e punctus - "ponto" ) no ocidente, retrocede aos médicos mais antigos, provavelmente xamãs espíritas. Eles realizavam rituais semelhantes a aqueles encontrados nas atuais seitas do vodu, que tentam expulsar o espíritos malignos introduzindo agulhas no corpo do doente. Estudiosos posteriores abandonaram o modelo demoníaco e integraram o uso de agulhas nas suas teorias astrológicas.2

Outra fonte indica que, entre o terceiro e o primeiro século a. C. , a acupuntura foi usada em rituais de ocultismo como uma forma de sangria, que também permitia que os "espíritos maus" , relacionados com a doença, saíssem.3

A acupuntura pode ter tido semelhantemente uma origem relacionada com o ocultismo na China, ou seu início pode ter sido mais secular. Pedro Chan é um pesquisador associado, de acupuntura, no White Memorial Medical Center, em Los Angeles, nos Estados Unidos, e é autor de vários textos sobre a acupuntura. Ele observa que, de acordo com a tradição, há cerca de cinco mil anos os chineses obeservam que a dor poderia ser aliviada esfregando pedras nos seus corpos. Segundo se diz, eles observaram que quando alguns soldados eram feridos por setas, recuperaram-se de doenças crônicas. Com o tempo desenvolveu-se o princípio de que a estimulação do corpo, quer por pressão, quer por inserção de agulhas, poderia resultar no alívio de tais doenças.4

Por causa das teorias do ocultismo, todavia, que subjazem na acupuntura e de suas associações históricas com o ocultismo, alguma variação na primeira teoria provavelmente pode prover uma estimativa mais acurada de como a acupuntura se originou, até mesmo na China.

POTENCIAL DE OCULTISMO


Visto que a acupuntura é baseada numa filosofia do ocultismo que envolve a manipulação de energias vitais místicas; visto que a acupuntura é associada tradicionalmente com a magia, a astrologia e o ocultismo, e visto que muitos acupunturistas modernos são de fato paranormais que operam através de poderes do ocultismo, sem dúvida parte do sucesso da acupuntura é também devido a forças espirituais.

NOTAS:

1) Documento de posicionamento sobre a acupuntura, lançado em 1991 pelo conselho Nacional contra a Fraude na Saúde, da Escola Universitária de Medicina de Lima Linda, na Califórnia, EUA. Na época da impressão do livro do qual foi extraído este artigo, considerava-se a possibilidade de publicar o documento para a Pós-Graduação de Medicina.

2) Samuel Pfeifer, Healing at Any Price?, Milton Keines, Inglaterra: Word Limited, 1988, p.28.

3) James C. Whorton, "The First Holistic Revolution: Alternative Medicine in the Nineteenth Century" in Douglas Stalker, Clark Glymour, eds., Examining Holistic Medicine, Buffalo, NY; Prometheus Books, 1985, p.42.

4) Pedro Chan, Finger Acupressure, New York, NY; Ballantine Books, 1978, p.11.

por John Ankerberg e John Weldon

- Extraído do livro Can You Trust Your Doctor? (Pode confiar no seu médico? )

Brentwood, Tennessee: Wolgemuth & Hyat Publishers, 1991.


domingo, 5 de dezembro de 2010

Conversas com os demônios


Prof. João Flavio Martinez
A Bíblia é enfática, o Diabo e seus demônios são mentirosos e neles não há verdade (Jo.8:44) e que nos últimos dias esses espíritos falariam e ensinariam mentiras. Por isso qualquer movimento religioso que dá muita ênfase no que dizem os espíritos, é uma religião perigosa e antibíblica.

Leiamos: “Mas o Espírito expressamente diz que em tempos posteriores alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios”. (ITm4:1)

“Mas Jesus o repreendeu (o demônio), dizendo: Cala-te, e sai dele”.(Mc.1:25)

Ficar dialogando com demônios não é recomendável e nem neotestamentário. Há sempre o perigo de estarmos sendo vítimas de um engodo maquiavélico. Jesus era pragmático e objetivo nessa questão, Ele compreendia que quanto mais rápido agisse na vida do problemático, melhor. Para o possesso o momento de endemoninhamento é constrangedor e muito sofrível. Devemos nos preocupar com o estado dessa pessoa e usarmos toda nossa fé para auxiliar o indivíduo de maneira simples e objetiva.

Entretanto, a IURD gosta mesmo é de espetáculo com demônios, vejam a Palavra do Bispo: “... costumamos mandar os demônios ficarem de joelhos, de castigo, baterem a cabeça, andarem de costa, olharem para a parede, etc... (Livro “Orixás, Caboclos & Guias”, Ed. 2001, pg. 48)

Ter discernimento nesses casos é valioso, pois muitas vezes o indivíduo não está com um problema espiritual, mas o caso é patológico e de saúde. Quando diagnosticamos o problema de maneira correta podemos ajudar com muito mais eficiência. Se for caso de saúde, pode ser um ataque epilético, a pessoa deve ser encaminhada a um especialista médico da área. Quando o caso for psicológico, um psiquiatra deve ser consultado. É papel da Igreja saber ajudar da melhor maneira cada pessoa.

Com relação ao exorcismo praticado dentro da IURD, o caso é muito triste! Pessoas sendo levadas por corredores enormes e muitas vezes de maneira constrangedora, ajoelhada ou arrastada. Em alguns casos a pessoa passa por um interrogatório aonde o suposto espírito possuidor fala e esbraveja. Nesse período a pessoa fica fragilizada e até machucada pela luta corporal que acontece. O paralelo disso é visto dentro da umbanda, macumba e candomblé, aonde os guias, médiuns ou pais-de-santos trabalham para fazer o membro desenvolver seus guias e espíritos – a pessoa é obrigada a se embriagar, fazer ritos, etc. Algo realmente muito similar com algumas práticas de “libertação” da IURD.

Os ensinamentos de Jesus vão contra tudo isso e mostra que a metodologia do Cristo é rápida e não tem nada disso, pois com o uso de uma singela frase o mal cessa e a peleja é resolvida: “Saia em nome de Jesus” (Mc.16:17) - e pronto. Se a libertação não acontecer nesses termos, não é uma libertação bíblica. Embora, eu entenda que há mesmo é muita mistificação dentro da IURD. Não estou dizendo que possessão não exista, estou dizendo que acho que a IURD faz mais manobras espiritualistas fictícias do que libertação cristológica.

Fico pensando como fica a pessoa autenticamente possessa que passou por todo aquele constrangimento diante da família e dos amigos que vão com ela ou até mesmo assistem pela TV. Tudo isso poderia ser evitado com amor e carinho e sem sensacionalismo.

Muitos, dos que vão até lá, nem vão para ouvir a Palavra de Deus, mas para ver os demônios se manifestarem como se isso fosse um espetáculo. Bom seria se as pessoas fossem a igreja para ver a manifestação da Graça de Deus.

Deve o cristão praticar artes marciais ?


Extraída do Christian Research Newsletter - Volume 4, Issue l, p.6. Traduzida por Paulo Romeiro e Nelson Wakai Adaptação Alex do Aprisco

Paulo Romeiro pastor e um dos mais renomados apologistas evangélicos. Bacharel em
Jornalismo;cursou o Gordon-Conwell Theological Seminary em Boston;
É professordo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião
da Universidade Mackenzie.

Alguns dizem que, por causa de sua origem não-cristã, misticismo oriental, nenhuma forma de arte marcial deveria ser praticada por cristãos. Entretanto, uma origem não-cristã, por si só, não pode ser um fundamento suficiente para se rejeitar as artes marciais, uma vez que este ponto de vista comete o que chamamos de falácia genética. O que isto quer dizer? Uma falácia é um argumento enganoso, sem fundamento. O termo genética quer dizer neste caso origem. Assim, uma falácia genética é um argumento infundado que pressupõe que uma vez que a origem de uma crença ou prática esteja errada por não ter uma origem cristã, sem considerar o seu desenvolvimento, ela ainda estaria errada hoje.De fato, se fôssemos coerentes ao aplicar esse tipo de lógica, nós deveríamos abandonar a astronomia e a física, porque suas raízes encontram-se na prática da astrologia, não poderíamos nem beijar na boca , pois esta prática esta ligada na sua origem no culto a deusa Vênus. Entre os movimentos religiosos que usam e abusam da falácia genética se encontram as chamadas testemunhas de Jeová. Estas recusam comemorar aniversários natalícios, Natal, Ano Novo, etc., pelo simples fato de estas práticas terem origem no paganismo. Em nenhum momento se leva em conta o desenvolvimento ou a evolução de uma crença ou prática. Ao invés de cometer a falácia genética, seria melhor tentar verificar o quanto de influência as crenças originais podem ter sobre um objeto de discussão, antes de descartá-lo prematuramente.

O segundo ponto de vista afirma que, contanto que o cristão separe os aspectos religiosos e o misticismo oriental das artes marciais, ele pode praticá-las. Para avaliarmos este ponto de vista, precisamos examinar brevemente algumas das principais ramificações das artes marciais
Aikido - Significa o caminho para a união com a força universal. Esta força impessoal é conhecida como chi. O objetivo do Aikido é controlar tanto a si mesmo como o ambiente. Ironicamente, esta arte marcial é a mais compatível com o cristianismo no que diz respeito à sua natureza não-violenta; contudo, ela está imutavelmente mergulhada no misticismo oriental.
Judô e Jiu-jítsu - O Judô envolve técnicas de agarramento e lançamento ao chão. O Jiu-jítsu concentra-se em travar as articulações humanas e ocupa-se com as maneiras de dar golpes e manobras. Ambas as formas têm uma ênfase espiritual muito baixa.

Karatê - O Karatê envolve meditação, que normalmente inclui o esvaziamento da mente da pessoa de todas as distrações externas. É nesse ponto que o Karatê torna-se perigoso. Todavia, uma vez que o Karatê é primariamente uma arte marcial física, o aspecto da meditação pode ser separado dele.
Kung Fu - O Kung Fu é muito diverso. Há estilos diferentes de Kung Fu. As formas mais tradicionais aderem de perto às suas raízes filosóficas budistas, enquanto as formas menos tradicionais concentram-se mais nos aspectos físicos. Geralmente, o Kung Fu é mais místico que o Karatê.
Ninjitsu - De modo geral, o Ninjitsu não é compatível com o cristianismo. Os Ninjas tentam assimilar-se a si mesmos com a natureza a fim de serem mais dissimulados, escondidos. A cosmovisão por trás do ninjitsu é o panteísmo, corrente filosófica que confunde o Criador com criatura e vice-versa, em outras palavras, Deus é tudo e tudo é Deus, que contradiz a visão cristã de que Deus não é o universo, mas o Criador do universo Gn 1:1, 2. A visão cristã de Deus não admite tomarmos o Absoluto pelo relativo, o Infinito pelo finito.
Tae Kwon Do - O Tae Kwon Do é uma forma de arte marcial orientada para o esporte e o físico. É uma das formas de defesa pessoal oriental mais compatíveis com o cristianismo.
Tai Chi Chuan - O Tai Chi Chuan envolve a prática do taoísmo. A fim de alcançar o bem-estar físico, o estudante de Tai Chi Chuan deve estar harmonizado com o universo ao concentrar-se abaixo da parte central do corpo, ou seja, o umbigo que, segundo dizem, é o centro psíquico do corpo. O Tai Chi Chuan não pode ser conciliado com o cristianismo.

Em vista do acima exposto, fica claro que certas artes marciais não podem ser separadas da sua cosmovisão oriental, enquanto outras podem. O Aikido, o Ninjitsu e o Tai Chi Chuan são os mais incompatíveis com o cristianismo. Em última análise, se o cristão pode ou não participar de uma dessas artes marciais que podem ser conciliadas com o cristianismo, depende em grande parte do instrutor. Se o instrutor promove o misticismo oriental, o cristão deveria deixar a escola. Se o instrutor separa a prática da arte marcial da filosofia por trás dela, então caberá ao cristão, utilizando sua boa consciência, participar. Cabe a cada cristão respeitar a consciência do seu irmão. Tolerância em questões não essenciais da fé cristã. Romanos 14:1-12

Um terceiro ponto de vista é o de que as artes marciais não são compatíveis com o cristianismo por causa de sua natureza violenta. Esta é uma posição legítima, porque muitas passagens nas Escrituras falam contra a violência Mt 26:52. Entretanto, outros cristãos chamam a atenção para o fato de que, quando Jesus falou com soldados, ele não disse que combater fosse moralmente errado Mt 8:5-13. Além do mais, o apóstolo Paulo indicou que havia um uso legítimo da força pelo governo ao punir os malfeitores Rm 13:1-5. É verdade que estas passagens não apóiam diretamente ou indiretamente as artes marciais, nem poderiam, pois não foram escritas para essa finalidade. Contudo, será a motivação que determinará se o crente deverá ou não praticar artes marciais.

Pergunte-se: Por que quero praticar artes marciais? Para mostrar que posso bater em qualquer um? Para afligir o meu próximo? Se estas forem as motivações, então seria melhor nem começar. Porém, se a intenção incluir melhorar a condição física, ou mesmo a defesa pessoal caso haja necessidade, então, pelo que parece, não deveria haver nenhuma objeção quanto ao cristão se envolver com as artes marciais. Os versículos supracitados levaram muitos cristãos a concluir que a Bíblia não condena a autodefesa. Apesar de apoiar esta conclusão, reconheço que o assunto de autodefesa é um daqueles que deve ser determinado pela consciência de cada crente, individualmente. Deve-se pesar os prós e os contras, e em sã consciência, perante Deus, decidir se irá ou não praticar artes marciais. Essa é uma questão de decisão pessoal.
O cristão tenha em mente os seguintes fatores, caso resolva praticar uma arte marcial:

Primeiro, o cristão deve estar ciente de que, sendo esta uma área controvertida, ele deve ser cuidadoso para não causar tropeço a um irmão mais fraco, Rm 14. Ele não deixa de ser seu irmão, apesar de ser fraco, ou de ter uma mentalidade incapaz de discernir entre o que é uma questão de fé coletiva ou uma de ordem pessoal. Mas, não deixa de ser lamentável que alguns fracos tentem impor a sua consciência aos seus irmãos. Todo o extremo deve ser combatido, não com violência, mas com mansidão e sabedoria.

Segundo, principalmente para os jovens, o cristão deve resistir à tentação de começar uma briga
Terceiro, o cristão não deve permitir que uma arte marcial enfraqueça seu compromisso com Cristo, Hb 10:25. A arte marcial não deve ocupar o primeiro lugar na vida de um crente. Isso seria idolatria, pois se Deus não ocupa o primeiro lugar, então o seu substituto se torna o seu ídolo.
Finalmente, o cristão deve orar, e examinar sua consciência e seus motivos para se envolver com artes marciais.

Estes passos assegurarão que o envolvimento de alguém com uma arte marcial esteja baseado não em motivos fúteis, mas numa consideração bem refletida.

Comentário Pessoal.

Um exemplo onde o esporte tem sido algo de positivo para sua vida é meu cunhado Sandrinho,faixa vermelha Ju-Jitsu Morganti, servo de Deus onde o esporte não o influênciou em sua vida espiritual, ao contrário tem aberto uma porta para ele testemunhar o amor de Deus entre seus amigos.