Pr. Renato Vargens
O crescimento em ritmo acelerado do mercado Gospel, no País, motivou o pronunciamento do deputado Pastor Cleiton Collins (PSC). O parlamentar destacou a matéria publicada no Jornal Folha de Pernambuco sobre o assunto. “Somos uma fatia significativa do mercado consumidor e, de alguma forma, geramos emprego e renda”, comentou. De acordo com o deputado, o mercado cresce 8% ao ano e movimenta R$ 1 bilhão em negócios. O parlamentar acredita que, no Brasil, existam mais de 45 milhões de evangélicos prontos para o consumo.
Caro leitor, o chamado mercado gospel me enoja! Saber que homens e mulheres em nome de Deus se tornaram "artistas gospel" mercadejando a mensagem da Salvação Eterna, me deixa escandalizado. Confesso que não suporto mais ver a paganização do cristianismo, nem tampouco a comercialização da fé. Em nome de Cristo, os chamados artistas de Deus cobram cachês altissímos, exigindo daqueles que os contratam, mordomias e benesses especiais. Se não bastasse isso, usam roupas escalafobéticas, contratam seguranças e alimentam os seus fãs clubes com estrelismo e requinte.
Para piorar a situação algumas rádios chamadas evangélicas, "cartelizaram" a fé, tocando em seu dial somente as músicas dos artistas contratados por suas gravadoras. Junta-se a isso o fato, que tais rádios incentivam o estrelismo, levando boa parte do povo cristão a uma idolatria velada de seus artistas gospel. Em nome de Deus, cantores e cantoras, envolvidos por uma super-produção exigem tratamento VIP por parte daqueles que o contrataram proporcionando assim o surgimento de uma teologia musical non sense.
Prezado amigo, que bom seria se as músicas tocadas em nossas rádios fossem frutos de vidas comprometidas com o Reino de Deus. Ah como eu gostaria de ouvir nas rádios evangélicas João Alexandre, Nelson Bomilcar, Logos, Vencedores por Cristo, Asaph Borba, Ademar de Campos, Atilano Muradas, Josué Rodrigues, Crombie, Paulo Brito, isto sem falar em um incontável número de bons músicos desconhecidos que tem tocado canções de qualidade nesse “brasilzão” de meu Deus.
Há pouco um pastor amigo me relatou que uma destas cantoras ao chegar em sua igreja perguntou: - "Aonde está o segurança contratado para me acompanhar? O pastor respondeu: Segurança? Que isso minha irmã? Aqui na minha igreja não tem isso não. Aqui todo mundo anda sozinho."
Tal cantora, ao ouvir a resposta do pastor respeondeu: - "Pastor, não faça isso, não vou conseguir andar na igreja, todos vão quere me tocar!"
Caro leitor, infelizmente os culpados por essa idolatria gospel, por esse mercantilismo nojento são os pastores evangélicos, que permitiram com que a Casa do Senhor se transformasse num balcão de negócios.
Isto posto, acredito que a sáida para este embróglio maldito, é o fechamento do púlpito cristão para essa corja mercantilista que só pensa em ganhar dinheiro.
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