quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Nossos pecados colocados sobre satanás?

Pr. Natanael Rinaldi

No livro, “O Ritual do Santuário”, lemos:
Quando, portanto, os dois bodes eram postos perante o Senhor no dia da expiação, representavam Cristo a Satanás . ... Satanás não somente arrostou o peso e castigo de seus próprios pecados, mas também dos pecados da hoste dos remidos, os quais foram colocados sobre ele, e também deve sofrer pela ruína de almas por ele causadas (“O Ritual do Santuário”, M. L. Andreasen. CPB, 1983, pp. 168, 314)

...o bode emissário tipificava Satanás, autor do pecado, sobre quem os pecados dos verdadeiros penitentes serão finalmente colocados . ... Quando Cristo, pelo mérito de Seu próprio sangue, remover do santuário celestial os pecados de Seu povo, ao encerrar-se o Seu ministério, Ele os colocará sobre Satanás, que, na execução do juízo, deverá arrostar a pena final. O bode emissário era enviado para uma terra não habitada, para nunca mais voltar à congregação de Israel. Assim será Satanás para sempre banido da presença de Deus e de Seu povo, e eliminado da existência na destruição final do pecado a dos pecadores
(“O Grande Conflito”, p. 421, CPB).

Resposta Apologética:

Em Lv 16.1-5 eram apresentados dois bodes para expiação dos pecados. Satanás não é nossa oferta para o pecado. Foi Cristo e não Satanás quem carregou nossos pecados – Is 53.4-6,11-12 comparado com Mt 8.16-17; Jo 1.29; 1 Pe 2.24; 3.18. Não era só o bode expiatório que fazia expiação pelo pecado. Eram os dois bodes – Lv 16.10. Azazel – pode ser traduzido por afastamento, remoção, ou emissário. Logo, colocar os pecados sobre o bode para Azazel seria para afastamento. O sentido tipológico da cerimônia do Dia da Expiação pode ser assim interpretado:

a) que tendo a morte do primeiro bode efetuada uma plena redenção do pecado do povo, nisso representando Cristo;

b) a maldição devida pelos pecados era removida para nunca mais alcançar de novo aqueles que os cometeram. Aceitar a explicação dos Adventistas do Sétimo Dia sobre o bode emissário transferiria a obra de Cristo para o diabo. Ele seria um co-salvador, o que é uma perversão da obra redentora de Cristo na cruz – 2 Co 5.21; Hb 10.18.

Arrazoemos se não é assim a doutrina Adventista:

a. Os pecados dos crentes são lançados no santuário do céu e lá ficam;

b. Os pecados do santuário celestial são transferidos depois para Cristo e tornam-se dele;

c. Estes pecados de Cristo, na sua segunda vinda, são lançados sobre Satanás e ficam-lhe a pertencer;

d. Quando Satanás for aniquilado, também os pecados o serão. Satanás, entretanto, não será aniquilado, mas castigado eternamente no lago de fogo (Mt 25.41; Ap 20.10);

A essência do plano da salvação dos Adventistas do Sétimo Dia é: O Salvador não é Cristo e sim Satanás. Esse ensino é outro evangelho – Gl 1.8-9;

Se os adventistas aceitam esse inclassificável ensino como sendo de fato o plano da salvação preparado por Deus, fica nítido seu grande desvio doutrinário. E, sem dúvida, ensino herético, próprio de uma seita.

sábado, 26 de setembro de 2009

Como Cristo pode ser o único caminho para Deus?

William Lane Craig

Traduzido e adaptado por Leandro Teixeira

Muitas pessoas acreditam que todas as religiões são caminhos para Deus. Entretanto, o Cristianismo afirma que Jesus é o único caminho. É racional manter esta crença? Há vários obstáculos contra esta idéia. Por exemplo, milhões de pessoas nunca ouviram falar sobre Cristo. Elas estão condenadas ao inferno? Isto é justo? Por que Deus criaria um mundo em que ele sabia que inúmeras pessoas não ouviriam, ou não acreditariam no Evangelho e se perderiam? Ou, por que Deus não criou um mundo no qual todos livremente acreditassem no Evangelho e se salvassem? O filósofo William Lane Craig responde a estas perguntas neste artigo.

Introdução

Eu falei recentemente na principal universidade canadense sobre a existência de Deus. Depois da minha palestra, um ligeiramente enraivecido co-editor escreveu no seu cartão de comentários: “eu estava concordando contigo até que você expôs o conteúdo sobre Jesus. Deus não é o Deus cristão!”

Esta atitude é penetrante na cultura Ocidental hoje. A maioria das pessoas são felizes por concordar que Deus existe; mas em nossa sociedade pluralista é politicamente incorreto afirmar que Deus se revelou decisivamente em Jesus.

Mas isto é exatamente o que o Novo Testamento claramente ensina. Pegue as cartas do apóstolo Paulo, por exemplo. Ele convida os gentios convertidos a recordar os seus dias pré-cristãos: “Lembre que naquele tempo vocês estavam separados de Cristo, estrangeiros para a comunidade de Israel e estranhos aos pactos da promessa, não tendo nenhuma esperança e sem Deus no mundo” (Ef 2.12). O objetivo dos capítulos de abertura da sua carta aos Romanos é mostrar que esta condição desolada é a situação geral da humanidade. Paulo explica que o poder e deidade de Deus são conhecidos pela ordem das coisas criadas ao nosso redor, de modo que os homens não têm desculpa (1.20), e Deus escreveu a Sua lei moral nos corações de todos os homens, de forma que eles são moralmente responsáveis perante Ele (2.15). Embora Deus ofereça a vida eterna a todos que responderem de um modo apropriado à revelação geral de Deus na natureza e consciência (2.7), o fato triste é que em lugar de adorar e servir ao seu Criador, as pessoas ignoram Deus e desconsideram a sua lei moral (1.21-32). Conclusão: Todos os homens estão debaixo do poder de pecado (3.9-12). Pior, Paulo explica que ninguém pode salvar a si mesmo por viver retamente (3.19-20). Felizmente, porém, Deus proveu um meio de fuga: Jesus Cristo morreu pelos pecados da humanidade, satisfazendo as necessidades da justiça de Deus e reconciliando-nos com Ele (3.21-6). Por meio da Sua morte reconciliadora, a salvação está disponível como um presente a ser recebido através da fé.

A lógica do Novo Testamento é clara: A universalidade do pecado e singularidade da morte reconciliadora de Cristo declara que não há nenhuma salvação fora de Cristo. Como proclamaram os apóstolos, “Não há salvação em ninguém mais, e não há nenhum outro nome debaixo de céu dado entre homens pelos quais nós devemos ser salvos” (Atos 4.12).

Esta doutrina particular foi da mesma maneira escandalosa no mundo politeísta do Império Romano quanto na cultura Ocidental contemporânea. Os primeiros cristãos foram submetidos a perseguições severas, tortura e morte por causa da sua rejeição em abraçar uma aproximação pluralista de religiões. Com o tempo, porém, como o Cristianismo cresceu até suplantar as religiões de Grécia e Roma e se tornou a religião oficial do Império Romano, o escândalo retrocedeu. Realmente, para pensadores medievais como de Agostinho e Aquino, um das marcas da verdadeira Igreja era sua catolicidade, quer dizer, sua universalidade. A eles parecia impossível que o grande edifício da Igreja Cristã, atingindo toda a civilização, fosse fundado em uma falsidade.

O abandono desta doutrina veio com a denominada “Expansão Européia”, a qual se refere aos três séculos de exploração e descoberta, de aproximadamente 1450 até 1750. Pelas viagens e navegações de homens como Marco Polo, Cristóvão Colombo e Ferdinand Magellan, foram descobertas novas civilizações e novos mundos inteiros que não conheciam nada da fé cristã. A realização que tanto expandiu as fronteiras mundiais do Cristianismo teve um impacto duplo no pensamento religioso das pessoas. Primeiro, tendeu a tornar relativas as convicções religiosas. Longe de ser a religião universal da humanidade, o Cristianismo foi limitado à Europa Ocidental, um canto do globo. Nenhuma religião particular, ao que parecia, poderia afirmar ter validade universal; cada sociedade parecia ter sua própria religião servindo a suas necessidades particulares. Segundo, a afirmação de que o Cristianismo é o único modo de salvação parece limitante e cruel. Os racionalistas do Iluminismo, como Voltaire, debocharam dos cristãos nos seus dias com o prospecto de milhões de chineses condenados ao inferno por não terem acreditado em Cristo, quando eles nem mesmo tinham ouvido falar de Cristo. Em nossos dias, a afluência em nações Ocidentais de imigrantes de colônias e os avanços nas telecomunicações serviram para ‘encolher’ o mundo em uma aldeia global, aumentando nossa consciência da diversidade religiosa da humanidade. Como resultado, o pluralismo religioso se torna hoje cada vez mais a sabedoria convencional.

O problema apresentado pela diversidade religiosa

Mas qual é, exatamente, o suposto problema apresentado pela diversidade religiosa da humanidade? E para quem isto é um suposto problema? Quando a pessoa ler esta publicação, o desafio recorrente parece ser posto no nível do particularista cristão. O fenômeno da diversidade religiosa parece ser insinuar a verdade do pluralismo e o debate principal procede então à pergunta de qual forma de pluralismo é o mais plausível. Mas por que pensar que particularismo cristão é insustentável face a diversidade religiosa? Qual parece ser exatamente o problema?

Quando a pessoa examinar os argumentos em defesa de pluralismo, a pessoa acha que muitos deles bem podiam ser exemplos em livros de ensino de falácias lógicas. Por exemplo, freqüentemente se afirma que é arrogante e imoral manter qualquer doutrina de particularismo religioso, porque a pessoa tem que considerar todas as pessoas que discordam com a religião desta pessoa como erradas. Isto parece ser um exemplo do livro de ensino da falácia lógica conhecida como ad hominem, argumento que tenta invalidar uma posição atacando o caráter dos que a defendem. Esta é uma falácia porque a verdade de uma posição é independente das qualidades morais dos que acreditam nela. Até mesmo se todos os particularistas cristãos fossem arrogantes e imorais, isso não faria nada para provar que a visão deles é falsa. Não só isto, mas por pensar que arrogância e imoralidade são condições necessárias para ser um particularista. Suponha que eu tenha feito tudo que podia para descobrir a verdade religiosa real e me convencem de que Cristianismo é verdade e assim eu abraço a fé cristã humildemente como um presente imerecido de Deus. Eu sou então arrogante e imoral por acreditar no que eu penso sinceramente que seja a verdade? Finalmente, e até mesmo mais fundamentalmente, esta objeção é uma espada de dois gumes. O pluralista também acredita que a visão dele é certa e que todos esses partidários para tradições religiosas particularísticas estão errados. Então, se manter uma visão de que muitos outros discordam significar que você é arrogante e imoral, então o próprio pluralista seria condenado de arrogância e imoralidade.

Ou para dar outro exemplo, é freqüentemente alegado que o particularismo cristão não pode estar correto porque crenças religiosas são culturalmente relativas. Por exemplo, se um crente cristão tivesse nascido no Paquistão, ele seria provavelmente um muçulmano. Então a crença dele no Cristianismo é falsa ou injustificada. Mas isto parece ser novamente um exemplo do livro de ensino de lógica que é chamado de falácia genética. Está-se tentando invalidar uma posição criticando o modo pelo qual uma pessoa veio ocupar aquela posição. O fato de que suas crenças dependem de onde e quando você nasceu não tem nenhuma relevância à verdade dessas convicções. Se você tivesse nascido na Grécia antiga, provavelmente teria acreditado que o sol orbita a Terra. Isso implica então que sua crença na Terra orbitar o sol é falsa ou injustificada? Evidentemente que não! E uma vez mais, o pluralista puxa o tapete debaixo dos seus próprios pés: por ter o pluralista nascido no Paquistão, então ele teria sido provavelmente um particularista religioso. Assim, na sua própria análise, o pluralismo é somente o produto de ele ter nascido numa recente sociedade Ocidental do século XX, e é então falso ou injustificado.

Assim, alguns dos argumentos contra o particularismo cristão freqüentemente encontrados em publicações são bem inexpressíveis. Estes realmente não são o problema. Não obstante, eu acho que quando estas objeções são respondidas por defensores do particularismo cristão, então a questão real tende a aparecer. Esta questão, eu acho, concerne ao destino dos incrédulos fora de sua própria tradição religiosa particular. O particularismo cristão consigna tais pessoas ao inferno, o que os pluralistas têm como inaceitável.

Mas qual é exatamente o suposto problema aqui? Qual é a dificuldade em se defender que a salvação está disponível somente através de Cristo? Supõe-se simplesmente que é a alegação de que um Deus amoroso não enviaria as pessoas para o inferno? Eu não penso assim. A Bíblia diz que Deus deseja a salvação de todo ser humano. ” O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. ” (2 Pe. 3.9). Ou novamente, ” Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. ” (1 Tim. 2.4). Assim Deus fala pelo profeta Ezequiel:

Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? diz o Senhor DEUS; Não desejo antes que se converta dos seus caminhos, e viva?” “Porque não tenho prazer na morte do que morre, diz o Senhor DEUS; convertei-vos, pois, e vivei.” ” Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho, e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois, por que razão morrereis, ó casa de Israel?” (Ez. 18.23,32; 33.11).

Aqui, Deus literalmente suplica que as pessoas retrocedam do seu caminho autodestrutivo e sejam salvos. Assim, de certo modo, o Deus bíblico não envia nenhuma pessoa ao inferno. O desejo dele é que todo mundo seja salvo, e Ele busca atrair todas as pessoas a Si. Se nós tomarmos uma decisão livre e bem informada de rejeitar o sacrifício de Cristo por nossos pecados, então Deus não tem nenhuma escolha a não ser dar o que nós merecemos. Deus não nos enviará ao inferno - mas nós nos enviaremos. Nosso destino eterno, assim, está em nossas próprias mãos. É um problema de nossa livre escolha onde nós gastaremos a eternidade. Então, os perdidos estão auto-condenados; eles se separam de Deus apesar de Deus fazer todos os esforços para salvá-los, e Deus se aflige com a perda deles.

Agora o pluralista poderia admitir que, dando liberdade aos humanos, Deus não pode garantir que todo o mundo seja salvo. Algumas pessoas poderiam se condenar livremente rejeitando a oferta da salvação de Deus. Mas, poderia discutir, seria injusto Deus condenar tais pessoas para sempre. Até mesmo pecados terríveis como esses dos torturadores nazistas nos campos de concentração merecem ainda só uma punição finita. Então, no máximo o inferno poderia ser um tipo de purgatório, durando uma quantidade apropriada de tempo para cada pessoa antes que ela fosse libertada e admitida no céu. Com o tempo, o inferno seria esvaziado e céu encheria. Assim, ironicamente, o inferno é incompatível, não com o amor de Deus, mas com a Sua justiça. As objeções carregadas de que Deus é injusto é porque a punição não é proporcional ao crime.

Mas, novamente, este não me parece ser o problema real. A objeção parece falha de pelo menos dois modos:

(1) a objeção equivoca-se entre todo pecado que nós cometemos e todos os pecados que nós cometemos. Nós poderíamos concordar que todo pecado individual que uma pessoa comete só merece uma punição finita. Mas não decorre disto que todos os pecados de uma pessoa tomados juntos, como um todo, mereça só uma punição finita. Se uma pessoa cometer um número infinito de pecados, então a soma total de todos os tais pecados merece punição infinita. Agora, claro que ninguém comete um número infinito de pecados na vida terrestre. Mas e a vida após a morte? Enquanto os habitantes do inferno continuam odiando Deus e O rejeitando, eles continuam a pecar e assim acumulam mais culpa e mais punição. Em um sentido real, então, o inferno está se auto-perpetuando. Neste caso, todo pecado tem uma punição finita, mas por pecar continuamente, assim também será a punição.

(2) por que pensar que todo pecado tem só uma punição finita? Nós poderíamos concordar que pecados como furtar, mentir, adulterar, e assim sucessivamente, só é de conseqüência finita e tão somente merece uma punição finita. Mas, de certo modo, estes pecados não são os que separam alguém de Deus. Cristo morreu para esses pecados; a penalidade para esses pecados foi liquidada. A pessoa só tem que aceitar o Cristo como Salvador para ser completamente livre e limpar desses pecados. Mas a rejeição em aceitar Cristo e seu sacrifício parece ser um pecado de uma ordem completamente diferente. Este pecado repudia a provisão de Deus para o pecado e tão decisivamente separa a pessoa de Deus e da Sua salvação. Rejeitar Cristo é rejeitar o próprio Deus. E levando em conta quem é Deus, este é um pecado de gravidade e proporção infinita e então plausivelmente merece punição infinita. Então, nós não deveríamos pensar no inferno principalmente como punição para o conjunto de pecados de conseqüência finita que nós cometemos, mas como a penalidade justa para um pecado de conseqüência infinita, isto é, a rejeição do próprio Deus.

Mas talvez o suposto problema seja que um Deus amoroso não enviaria as pessoas a inferno porque eles são desinformadas ou mal informadas sobre Cristo. Novamente, isto não me parece ser o coração do problema. De acordo com a Bíblia, Deus não julga as pessoas que nunca ouviram falar de Cristo com base na colocação de sua fé em Cristo. Deus os julga com base na luz da revelação geral de Deus na natureza e consciência que eles têm. A oferta de Romanos 2.7 “A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção” é uma oferta de boa fé da salvação. Isto não é dizer que as pessoas podem ser salvas sem Cristo. Basta dizer que os benefícios da morte reconciliadora de Cristo poderiam ser aplicados às pessoas sem o conhecimento consciente de Cristo. Tais pessoas seriam semelhantes a certas pessoas mencionadas no Velho Testamento como Jó e Melquisedeque que não tiveram nenhum conhecimento consciente de Cristo e nem mesmo eram membros da família do pacto de Israel, mas que claramente desfrutavam de uma relação pessoal com Deus. Semelhantemente, poderia haver “Jós dos dias modernos” que vivem entre aquela percentagem da população do mundo que ainda tem que ouvir o Evangelho de Cristo.

Infelizmente, o testemunho do Novo Testamento, como nós vimos, é que as pessoas geralmente não alcançam nem mesmo padrões muito baixos da revelação geral. Porém há um pequeno fundamento de otimismo para estes muitos indivíduos, se muitos, que na verdade serão salvos só pela resposta deles à revelação geral. No entanto, o ponto restante é que a salvação é universalmente acessível, para qualquer um que nunca ouviu o Evangelho, pela revelação geral de Deus na natureza e consciência. Assim, o problema apresentado pela diversidade religiosa não pode ser simplesmente que Deus não condenaria pessoas que são desinformadas ou mal informadas sobre Cristo.

Me parece que o problema real é este: Se Deus é onisciente, então Ele sabe quem receberia o Evangelho livremente e quem não. Entretanto certas perguntas muito difíceis surgem:

(i) Por que Deus não trouxe o Evangelho a pessoas que Ele sabia que aceitariam se eles o ouvissem, embora rejeitem a luz da revelação geral que eles têm?

Ilustração: imagine um índio norte-americano que viveu antes da chegada dos missionários cristãos. Vamos chamá-lo de Urso Ambulante. Deixe-nos supor que Urso Ambulante olha os céus à noite e, vendo a beleza da natureza ao seu redor, sente que tudo isto foi feito pelo Grande Espírito. Além disso, Urso Ambulante olhando dentro do seu próprio coração, sente a lei moral lá, lhe falando que todos os homens são irmãos feitos pelo Grande Espírito, e ele percebe então que nós deveríamos viver amando uns aos outros. Mas suponha que em vez de adorar o Grande Espírito e viver amando os membros da raça humana, Urso Ambulante ignora o Grande Espírito e cria totens de outros espíritos e que ao invés de amar os membros da raça humana, ele vive em egoísmo e crueldade com os outros. Em tal caso, o Urso Ambulante seria antes justamente condenado por Deus, baseado no seu fracasso ao responder à revelação geral de Deus na natureza e consciência. Mas agora suponha que os missionários tivessem chegado, Urso Ambulante então teria acreditado no Evangelho e teria sido salvo! Neste caso sua salvação ou perdição parece ser resultado do azar. Por nenhuma falha própria sua, aconteceu de ele nascer em um tempo e lugar da história quando o Evangelho ainda estava indisponível. A condenação dele é moralmente correta; mas um Deus todo-amoroso permitiria que o destino eterno das pessoas dependesse de um acidente histórico e geográfico?

(ii) Mais fundamentalmente, por que Deus criou o mundo, quando Ele soube que tantas pessoas não acreditariam no Evangelho e se perderiam?

(iii) Até mesmo mais radicalmente, por que Deus não criou um mundo no qual todo o mundo livremente acreditasse no Evangelho e se salvasse?

O que o particularista cristão supostamente diria em resposta a estas perguntas? O Cristianismo faria Deus ser cruel e sem amor?

O problema analisado

Para responder estas perguntas, será útil examinar a estrutura lógica do problema mais de perto. O pluralista parece estar afirmando que é impossível Deus ser todo poderoso e todo-amoroso e existir algumas pessoas que nunca ouviram o Evangelho e estão perdidas, quer dizer, as instruções seguintes são logicamente incoerentes:

1. Deus é todo poderoso e todo-amoroso.

2. Algumas pessoas nunca ouviram o Evangelho e estão perdidas.

Mas agora nós precisamos perguntar, por que pensar que (1) e (2) são logicamente incompatíveis? Afinal de contas, não há nenhuma contradição explícita entre eles. Mas se o pluralista está afirmando que (1) e (2) são implicitamente contraditórios, ele tem que estar assumindo algumas premissas escondidas que serviriam para obter esta contradição e fazê-la explícita. A pergunta é, quais são essas premissas escondidas?

Eu tenho que dizer que eu nunca vi em uma publicação qualquer tentativa por parte de pluralistas religiosos de identificar essas suposições escondidas. Mas tentemos ajudar o pluralista um pouco. Parece-me que ele tem que estar assumindo algo como o seguinte:

3. Se Deus é todo-poderoso, Ele pode criar um mundo no qual todo o mundo ouve o Evangelho e é livremente salvo.

4. Se Deus é todo-amoroso, Ele prefere um mundo no qual todo o mundo ouve o Evangelho e é livremente salvo.

Daí, de acordo com (1), Deus é todo poderoso e todo-amoroso, segue que Ele pode criar um mundo de salvação universal e preferir tal mundo. Então tal mundo existe, em contradição com (2).

Agora ambas as premissas escondidas devem ser necessariamente verdade para a incompatibilidade lógica de (1) e (2) ser demonstrada. Então a pergunta é, estas suposições são necessariamente verdade?

Considere (3). Parece inegável que Deus pudesse criar um mundo no qual todo o mundo ouvisse o Evangelho. Mas tanto quanto as pessoas são livres, não há nenhuma garantia que todos em tal mundo seriam livremente salvos. Na realidade, não há nenhuma razão para pensar que a balança entre salvos e perdidos em tal mundo seria melhor que a balança do mundo real! É possível que em qualquer mundo de pessoas livres que Deus pudesse criar, algumas pessoas poderiam rejeitar livremente a graça salvadora Dele e se perder. Conseqüentemente, (3) não é necessariamente verdade, e assim o argumento do pluralista é falacioso.

Mas o que dizer a respeito do (4)? É necessariamente verdade? Vamos supor como hipótese que há possíveis mundos os quais são possíveis para Deus no qual todos que ouvem o Evangelho e o aceitam livremente. Deus está sendo todo-amoroso quando compelido a preferir um destes mundos a um mundo no qual algumas pessoas estão perdidas? Não necessariamente; os mundos que envolvem salvação universal poderiam ter outras deficiências que os fazem menos preferíveis. Por exemplo, suponha que os únicos mundos nos quais todos acreditassem livremente no Evangelho e são salvos são mundos com só um punhado de pessoas neles, digamos, três ou quatro. Se Deus fosse criar mais algumas pessoas, então pelo menos um deles teria rejeitado livremente a graça dele e teria se perdido. Ele tem que preferir um destes mundos escassamente povoados em detrimento de um mundo no qual multidões acreditam no Evangelho e são salvos, embora isso implique que aquelas outras pessoas rejeitem livremente a Sua graça e estejam perdidos? Isto de longe é óbvio. Tanto quanto Deus dá graça suficiente para a salvação de todas as pessoas que Ele cria, Deus não parece nenhum pouco menos amoroso por preferir um mundo mais populoso, embora isso signifique que algumas pessoas livremente resistiriam a todo Seu esforço para salvá-los e seriam condenados. Assim, a segunda suposição do pluralista também não é necessariamente verdade, de forma que o argumento dele revela-se ser duplamente falacioso.

Assim, nenhuma das assertivas do pluralista parece ser necessariamente verdade. A menos que o pluralista possa sugerir algumas outras premissas, nós não temos nenhuma razão para pensar que (1) e (2) são logicamente incompatíveis.

Mas nós podemos levar o argumento um pouco mais adiante. Nós podemos mostrar positivamente que é completamente possível que Deus seja todo-poderoso e todo-amoroso e que muitas pessoas nunca ouvirão o Evangelho e estarão perdidas. Tudo que nós temos que fazer é achar uma possível afirmação verdadeira compatível com o Deus todo-poderoso e todo-amoroso, a qual vincula que algumas pessoas nunca ouvirão o Evangelho e estão perdidas. Tal afirmação pode ser formulada? Vejamos.

Como um Deus bom e amoroso, Deus quer tantas pessoas quanto possível sejam salvas e tão poucas quanto possível sejam perdidas . A meta dele, então, é alcançar uma ótima balança entre estes, não criar nenhum perdido a mais do que é necessário para atingir certo número de salvos. Mas é possível que o mundo real (que inclui o futuro como também o presente e o passado) tenha tal uma balança. É possível que para criar muitas pessoas que serão salvas, Deus também teve que criar muitas pessoas que serão perdidas. É possível que Deus tenha criado um mundo no qual poucas pessoas vão para o inferno, e menos pessoas ainda tenham ido para o céu. É possível que para alcançar uma multidão de santos, Deus tenha que aceitar uma multidão de pecadores.

Poderia ser objetado que um Deus todo-amoroso não criaria pessoas que Ele sabia que iam ser perdidas, mas que teriam sido salvas se eles tivessem ouvido o Evangelho. Mas como nós sabemos que existem tais pessoas? É razoável assumir que muitas pessoas que nunca ouviram o Evangelho não teriam acreditado nele nem se eles tivessem ouvido. Suponha, então, que Deus ordenou o mundo tão providencialmente que todas as pessoas que nunca ouviram o Evangelho são precisamente tais pessoas. Neste caso, qualquer pessoa que nunca ouviu o Evangelho e está perdido teria rejeitado o Evangelho e teria se perdido até mesmo se ele tivesse o ouvido. Ninguém poderá estar diante de Deus no Dia de Julgamento e reclamar, “Certo, Deus, eu não respondi a sua revelação geral na natureza e consciência! Mas se eu tivesse ouvido o Evangelho, então eu teria acreditado!” Deus dirá, “Não, eu sei que até mesmo se você tivesse ouvido o Evangelho, não haveria acreditado nele. Então, meu julgamento acerca de ti baseado na natureza e consciência não é injusta nem desamorosa.

Assim, é possível que:

5. Deus criou um mundo no qual tem uma ótima balança de salvos e perdidos e esses que nunca ouviram o Evangelho e estão perdidos não teriam acreditado nem se eles o tivessem ouvido.

Tanto quanto (5) é mesmo possivelmente verdadeiro, isto mostra que não há nenhuma incompatibilidade entre um Deus todo-poderoso e amoroso e algumas pessoas que nunca ouvirão o Evangelho e estarão perdidas.

Nesta base, nós estamos agora preparados para oferecer possíveis respostas às três perguntas difíceis que incitaram este questionamento. Tomando-os em ordem inversa:

(i) Por que Deus não criou um mundo no qual todos livremente acreditem no Evangelho e sejam salvos?

Resposta: Pode não ser possível para Deus criar tal um mundo. Se tal um mundo fosse possível, Deus o teria criado. Mas dado que criou Suas criaturas livres, Deus teve que aceitar que alguns livremente O rejeitariam e todo o Seu esforço para os salvar, e se perderiam.

(ii) Por que Deus criou o mundo, se Ele soube que tantas pessoas não acreditariam no Evangelho e se perderiam?

Resposta: Deus quis repartir Seu amor e companheirismo com as pessoas criadas. Ele soube que isto significaria que muitos O rejeitariam livremente e se perderiam. Mas Ele também soube que muitos outros livremente receberiam a graça Dele e se salvariam. A felicidade e bem-aventurança desses que abraçariam livremente o Seu amor não deveriam ser impedidas por esses que livremente O rejeitariam. Pessoas que livremente rejeitariam Deus e o Seu amor não deveriam, em efeito, manter um tipo de poder de veto sobre quais mundos Deus é livre para criar. Na Sua misericórdia Deus ordenou providencialmente o mundo para alcançar uma ótima balança entre salvos e perdidos, maximizando o número desses que livremente O aceitam e minimizando o número desses que não vão.

(iii) Por que Deus não trouxe o Evangelho a pessoas que Ele sabia que aceitariam se eles o ouvissem, embora rejeitem a luz da revelação geral que eles têm?

Resposta: Não existem tais pessoas. Deus, na Sua providência, organizou o mundo de modo que esses que responderiam ao Evangelho se eles o ouvissem, ouçam. O Deus soberano ordena a história humana assim como espalhou o Evangelho no primeiro século na Palestina, Ele coloca as pessoas em caminhos que crerão se eles ouvirem. Uma vez que o Evangelho alcance as pessoas, Deus providencialmente coloca lá pessoas que Ele sabe que responderiam se ouvissem. No Seu amor e misericórdia, Deus assegura que ninguém que cresse no Evangelho se o ouvisse nascesse em um tempo e lugar da história onde eles não ouviriam. Esses que não respondem à revelação geral de Deus na natureza e consciência e que nunca ouviram o Evangelho não responderiam a ele se o ouvissem. Conseqüentemente, ninguém está perdido por causa de um acidente histórico ou geográfico. Qualquer um que quer ou até mesmo quisesse se salvar será salvo.

Estas são possíveis respostas às perguntas que nós expusemos. Mas tanto quanto elas são até mesmo possíveis, elas mostram que não há nenhuma incompatibilidade entre o fato de Deus ser todo-poderoso e todo-amoroso e o fato de algumas pessoas que nunca ouviram o Evangelho e estão perdidas. Além disso, estas respostas são atraentes porque eles também parecem ser totalmente bíblicas. Na praça onde os filósofos atenienses se juntavam no Aerópago, Paulo declarou:

O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas; E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação; Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós” (Atos 17.24-27).

Isto soa precisamente como as conclusões para as quais eu cheguei por reflexão puramente filosófica!

Agora o pluralista poderia conceder a compatibilidade lógica de Deus ser todo-poderoso e todo-amoroso com o fato de existir algumas pessoas nunca ouviram o Evangelho e estão perdidas, mas insistir que estes dois fatos são, no entanto, improváveis com respeito um ao outro. As pessoas parecem crer na religião da cultura na qual elas são criadas. Mas neste caso, poderia discutir o pluralista, é altamente provável que se muitos desses que nunca ouviram o Evangelho tivessem sido criados em uma cultura cristã, eles teriam acreditado no Evangelho e se salvado. Assim, a hipótese que nós oferecemos é altamente improvável.

Agora, realmente, seria fantasticamente improvável que só a coincidência provasse que todas aquelas pessoas que nunca ouviram o Evangelho e estão perdidas são pessoas que não teriam acreditado no Evangelho nem se eles o tivessem ouvido. Mas essa não é a hipótese. A hipótese é que um Deus providente organizou o mundo assim. Dado um Deus dotado do conhecimento de como toda pessoa responderia livremente à graça dele em quaisquer circunstâncias que Ele a pudesse colocar, não é improvável que Deus ordenou o mundo do modo descrito. Tal mundo exteriormente não aparentaria ser diferente de qualquer mundo no qual as circunstâncias do nascimento de uma pessoa são um problema de casualidade. O particularista pode concordar que as pessoas geralmente adotam a religião da sua cultura e que se muitos desses nascidos em culturas não-cristãs tivessem nascido em uma sociedade cristã, eles teriam sido cristãos nominalmente ou culturalmente. Mas isso não quer dizer que eles teriam sido salvos. É um simples fato empírico que não há nenhuma característica psicológica ou sociológica distintiva entre pessoas que se tornam cristãos e pessoas que não o fazem. Não há nenhum modo de prever com precisão, examinando uma pessoa, se e debaixo de que circunstâncias ela creria em Cristo para salvação. Uma vez que um mundo providencialmente organizado por Deus pareceria exteriormente idêntico a um mundo no qual o nascimento é um problema de acidente histórico e geográfico, é difícil ver como a hipótese que eu defendi pode ser julgada improvável, separadamente da uma demonstração que a existência de um Deus dotado de tal conhecimento é improvável. E eu não conheço nenhuma objeção convincente.

Concluindo, então, os pluralistas não puderam mostrar alguma inconsistência lógica no particularismo cristão. Pelo contrário, nós conseguimos provar que tal posição é logicamente coerente. Mais que isto, eu penso que tal visão não só é bem possível, mas plausível. Então o fato da diversidade religiosa da humanidade não arruína o Evangelho cristão da salvação só por Cristo.

Na realidade, para esses de nós que são cristãos, eu penso que o que eu disse ajuda a colocar a perspectiva adequada nas missões cristãs: é nossa obrigação moral como cristãos proclamar o Evangelho para o mundo inteiro, confiando naquele Deus que tem organizado as coisas tão providencialmente, que por nós as Boas Novas virão a pessoas que Deus sabe que aceitariam se as ouvissem. Nossa compaixão para esses em outras religiões mundiais é expressada, não fingindo que eles não estão perdidos sem Cristo, mas ajudando e fazendo todo esforço para comunicar a eles a mensagem vivificante de Cristo.

E para esses de nós que não são cristãos ainda, precisam se perguntar: “eu estou aqui, hoje, meramente por acidente? Foi só por acaso que eu ouvi esta mensagem? Não há nenhum propósito ou razão para o qual estou aqui? Ou poderia ser que Deus, na Sua providência, me trouxe aqui e por meu próprio livre arbítrio ouvir as Boas Novas do Seu amor e perdão que Ele oferece a mim por Cristo? Nesse caso, então, como eu responderei? Ele me deu uma oportunidade; eu me ajudarei ou darei as costas mais uma vez a Ele?” A decisão é sua.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Os pecadores serão exterminados?


Autor: Prof. João Flávio Martinez

Os Adventistas dizem que e os pecadores serão exterminados para sempre, e tudo se fará limpo no universo quando acabar a controvérsia entre Cristo e o Diabo (EG White; “O Grande Conflito”; Editora Casa Publicadora, 1981., pág. 550). Veja, que seria até poético se isso fosse verdade, mas não é isso o que ensina a Palavra de Deus. É certo que um dia a controvérsia acabará, mas os ímpios não serão exterminados e sim condenados a sofrer eternamente. Eles dizem que esta verdade é horrível e que Deus não procederia assim. Mas com que autoridades mudam a Palavra de Deus? Só porque achamos uma doutrina forte demais aos nossos olhos, isso não nos dá o direito de querer mudá-la. Somos humanos e não temos capacidade para analisarmos o que é certo ou errado para Deus.

Refutação:

Algumas passagens das Escrituras, como por exemplo II Ts. 1:9, dizem que o ímpio será “destruído” por Deus, sofrendo “a segunda morte” (Ap 20:14) ou indo para a “perdição” (IIPe 3:7). Contudo, em outras passagens o texto fala que os ímpios sofrerão um consciente tormento (por exemplo, Lc 16:22-28). Surge então o questionamento: Os que não forem salvos serão aniquilados, ou terão um consciente sofrimento para sempre?

A palavra “destruição” não significa aniquilação, pois em caso contrário não seria uma destruição “eterna”. A aniquilação se dá num instante, e pronto, terminou. Se alguém sofre uma destruição eterna, então tem de ter uma existência eterna também.

Além disso, a “morte” não significa aniquilação, mas separação. Adão e Eva morreram espiritualmente no momento em que pecaram, contudo eles ainda permaneceram existindo e podiam ouvir a voz de Deus (Gn 2:17; cf. 3:10). De igual modo, antes de alguém ser salvo, ele está “morto em seus delitos e pecados” (Ef 2:1), contudo ainda é a imagem de Deus (Gn 1:27; cf. 9:6; Tg 3:9), e é convidado a crer (At 16:31), a arrepender-se (At 17:30) e a ser salvo.

Assim também, quando é dito que o ímpio vai para a “perdição” (IIPe 3:7) ou quando Judas é chamado de “filho da perdição” (Jo 17:12), isso não significa que eles sejam aniquilados. A palavra “perdição” (apõleia) significa apenas perecer ou ir à ruína. Carros que foram sucateados já pereceram no sentido de terem sido totalmente arruinados, mas ainda são carros, arruinados como estejam, e ainda permanecem no cemitério de veículos. Fazendo um paralelo, Jesus falou do inferno como sendo um cemitério de sucatas ou um campo de lixo, onde o fogo não cessará jamais, e onde o corpo da pessoa ressuscitada não será consumido.

Finalmente, há várias evidências em favor da consciência eterna do perdido:

Primeiro, o rico que morreu e foi para o inferno tinha plena consciência de seu tormento (Lc 16:22-28), e não há indicação alguma no texto de que esse tormento um dia iria terminar.

Segundo, Jesus falou repetidamente que, para as pessoas no inferno, “haverá choro e ranger de dentes” (Mt 8:12; 22:13; 24:51; 25:30), o que indica que elas estarão lá conscientes.

Terceiro, a Bíblia diz que o inferno tem a mesma duração que o céu, ou seja, é “eterno” (Mt 25:41).

Quarto, o fato de o castigo ser eterno indica que as pessoas também são eternas. Não se pode sofrer o castigo, a menos que a pessoa exista, para ser punida (IITs 1:9).

Quinto, a besta e o falso profeta serão lançados vivos dentro do lago de fogo quando começar o milênio (Ap 19:20), e ainda estarão lá, conscientes e vivos, depois de mil anos (Ap 20:10).

Sexto, as Escrituras afirmam que o diabo, a besta e o falso profeta “serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos” (Ap 20:10). Mas não há como ser atormentado pelos séculos dos séculos sem estar consciente pelos séculos dos séculos.

Sétimo - Jesus repetidamente referiu-se ao inferno como um lugar onde o fogo não se apaga (Mc 9:48), onde os próprios corpos dos ímpios nunca morrerão (cf. Lc 12:4-5). Mas não faria sentido algum haver chamas eternas, se os corpos não tivessem alma, que é necessária para a pessoa sofrer o tormento.

Oitavo, a mesma palavra usada para o verbo “perecer”, a respeito do ímpio, no AT (abad) é empregada também a respeito da morte do justo (veja Is 57:1; Mq 7:2). A mesma palavra é usada para descrever coisas que simplesmente tenham sido perdidas, mas depois encontradas (Dt 22:3), o que prova que “perdido” no texto em questão não significa deixar de existir. Assim, se “perecer” significasse “sofrer uma aniquilação total”, então o salvo seria aniquilado também. Mas sabemos que isso não acontece.

Nono, seria contra a própria natureza dos seres humanos a sua aniquilação, já que eles são feitos à imagem e semelhança de Deus, o qual é eterno (Gn 1:27). Para Deus, aniquilar a sua imagem no homem seria atacar o reflexo dele mesmo.

Décimo, a aniquilação seria algo que diminuiria tanto o amor de Deus como a natureza do ser humano como uma criatura moralmente livre. Seria como se Deus dissesse ao homem: “Vou permitir que você ‘seja livre somente se você fizer o que eu digo! Senão, acabarei de uma vez com a sua própria liberdade e com a sua existência!” Seria como um pai que dissesse ao filho que queria que ele se tomasse médico e, quando o filho decidisse ser guarda florestal, o pai o matasse! O sofrimento eterno é um eterno testemunho da liberdade e da dignidade do homem, mesmo daquele que não se arrependeu.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Aparecida : Padroeira do Brasil

Postado por Adonias Monteiro

Catecismo da Igreja Católica p.275 Ref 974: Maria foi elevada em corpo e alma à gloria do Céu.

Catecismo da Igreja Católica p.274Ref 969: Por isso, a bem-aventurada Virgem Maria é invocada na Igreja sob os títulos de advogada, auxiliadora, protetora e medianeira.

Catecismo da Igreja Católica
p.275 Ref 972: Aquela que a Igreja venera como a Mãe de seu Senhor e como sua própria Mãe.

Catecismo da Igreja Católica
p.273 Ref 966: Foi assunta em corpo e alma à gloria celeste... rainha do universo.

Catecismo da Igreja Católica p. 274 Ref 971: O Culto da Santíssima Virgem
A piedade da Igreja para com a Santíssima Virgem é intrínseca ao culto cristão. A Santíssima Virgem é legitimamente honrada com um culto especial pela Igreja.

No Livro de S.Afonso de Ligório - Glorias de Maria
p. 118- Muitas coisas se pedem a Deus, e não se alcançam. Pedem-se a Maria, e conseguem-se.

p.208 - Nossa salvação será mais rápida, se chamarmos por Maria, do que se chamarmos por Jesus.

OBS: Este livro ja se encontra na 14ª edição, seu autor era Doutor da igreja e fundador da Congregação do Santíssimo Redentor, publicado pela editora Santuário Aparecida SP, na pg13 do livro está escrito que a igreja aprovou-lhe os escritos, e depois de percorrê-los cuidadosamente. Depois de sua morte foi canonizado pela Igreja.

O Padre Júlio J. Brustoloni, missionário redentorista, no seu livro História de Nossa Senhora da Conceição Aparecida — A Imagem, o Santuário e as Romarias - p. 115, após achar que a imagem é motivo de contradição para muitos crentes (protestantes, evangélicos, especialmente Pentecostais), diz: O mais grave não é negar o culto à imagem de Nossa Senhora Aparecida, mas sim não aceitar o papel de Maria no plano de salvação estabelecido por Deus. Eles aceitam que o seu Filho nasceu de uma mulher, Maria, mas não reconhecem o culto devido àquela Mulher que esmagou com sua descendência a cabeça do demônio, e que, por vontade de Deus, foi colocada em nosso caminho de salvação para interceder por nós.

Com um único versículo da Bíblia, provavelmente muito conhecido pelo padre, sua teoria é desmontada: Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele prestarás culto (Mt 4.10b). Além do mais, não acreditamos que aquela imagem de barro, intitulada Nossa Senhora da Conceição Aparecida, seja um retrato de Maria, mãe do Senhor Jesus Cristo, conforme nos revela a Bíblia Sagrada.

São declarações como as do padre Júlio J. Brustoloni, ou o espantoso livro de S. Afonso de Ligório "As Glórias de Maria", que transferem, sem a menor cerimônia, todos os atributos e honras que pertencem exclusiva-mente ao Senhor Jesus para Maria ou a tentativa malabarista da CNBB com o livreto "Com Maria, Rumo ao Novo Milênio" -uma forçosa tentativa de justificar o culto mariano, é que nos faz pronunciar, mostrando um outro caminho, aquele da Bíblia, sem retórica ou esforço, um caminho cândido, sereno e verdadeiro, com todo respeito e amor aos católicos ro­manos, que todo cristão deveria ter, apresentando-se firmes no tocante a sã doutrina (2 Tm 4.1-5).

Trata-se de uma pequena imagem de barro, medindo 39 centímetros e pesando aproximadamente 4,5 kg, sem o manto e a coroa, que foram acrescentados1. As Anuas dos Padres Jesuítas de 15 de janeiro de 1 750, dizem que, aquela imagem foi moldada em barro, de cor azul escuro; é afamada por causa dos muitos milagres realizados2. Dr. Pedro de Oliveira Neto, que estudou a imagem, apresentando o resultado em 13 de abril de 1967, afirma, em contrapartida:

A imagem encontrada pelos pesca-dores junto ao Porto de ltaguaçu, e que hoje se venera na Basílica Nacional, é de barro cinza claro, como constatei, barro que se vê claramente em recente esfola-dura no cabelo3. A mesma conclusão chegaram os artistas do MASP — Museu de Artes de São Paulo - em 1978, declarando:

Constatamos pelos fragmentos da Imagem em terracota, que ela é da primeira meta­de do século XV!!, de artista seguramente paulista, tanto pela cor como pela qualidade do barro empregado e, também, pela própria feitura da escultura (4). Essa pequena imagem feita de barro representa Maria para o catolicismo romano.

Segundo o Dr. Pedro de Oliveira Neto, a imagem de barro foi feita por um discípulo do Frei Agostinho da Piedade: A Imagem de Nossa Senhora Aparecida é paulista, de arte erudita, feita provavelmente na primei­ra metade de 1600, por discípulo, mas não pelo próprio mestre, do beneditino Frei Agostinho da Piedade. Os estudiosos, observando o estilo da imagem, concluíram que o autor da imagem foi o Frei Agostinho de Jesus, sendo provavelmente esculpida em 1650, no mosteiro beneditino de Santana de Parnaíba, SP (5).

Apresentaremos algumas hipóteses razoáveis, embora nunca tenhamos a certeza do fato. Nossa análise levará em consideração apenas as possibilidades culturais, religiosas e históricas. O livro de Gilberto Aparecido Angelozzi, Aparecida a Senhora dos Esquecidos, Ed Vozes; Capítulo III — p. 55-66, expõe alguns possíveis motivos sobre o assunto em questão.

Partindo do princípio de que realmente os pescadores acharam a imagem da Conceição Aparecida no rio, podemos então desenvolver as seguintes idéias:

A teoria de que a imagem foi trazida pelos colonizadores brancos

• Por famílias que se instalaram no vale do Paraíba;

pelos bandeirantes, pois eles carregavam imagens de Maria por onde quer que passas­sem;

• pelos missionários carmelitas, franciscanos e jesuítas que passaram por aquela região;

por algum comerciante ou vendedor ambulante e ter sido quebrada em sua bagagem;

poderia fazer parte de um oratório familiar e, ao ter sido quebrado o pescoço da imagem, ter sido lançada ao rio.

A teoria de que a imagem foi lançada no rio por escravos negros

Algum escravo negro, devido ao sincretismo religioso, poderia associar a imagem à de algum orixá, especialmente aos que estão associados às águas;

poderia ter lançado a imagem nas águas como um oferecimento a algum orixá, fazendo pedidos relacionados à saúde: engravidar, gravidez de risco, proteção à criança etc;

poderia ter sido lançado nas águas para se obter riquezas ,ouro, dinheiro, pedras preciosas etc.

A teoria das lendas indígenas

Uma lenda indígena relata que eles criam na grande cobra que habitava nos rios a Cobra Norato. Durante o dia era uma terrível cobra e à noite era um jovem que dançava com as moças. Algum padre teria lançado a imagem para proteger os índios;

Outra lenda diz que, na cidade de Jacareí, apareceu uma grande cobra e alguém a enfrentou lançando a imagem da Imaculada Conceição ao rio, fazendo com que a cobra fugisse. A teoria oficial da Igreja Católica Romana

O catolicismo romano possui duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (1 Livro do Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá) e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma (Annuae Litterae Provinciae Brasilíanae, anni 1748 et 1749)6.

A narrativa diz basicamente que, no ano de 1719, os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso lançavam suas redes no Porto de José Corrêa Leite, prosseguindo até o Porto de ltaguassu. Lançando João Alves a sua rede de rastro neste porto, tirou o corpo da Senhora, sem cabeça. Lançando mais abaixo outra vez a rede, conseguiu trazer a cabeça da mesma Senhora. Não tinham até aquele momento apanhado peixe algum. A partir de então, fizeram uma copiosa pescaria que encheu as canoas de peixes. Após esse milagre, surgiram outros relacionados à imagem.

A explicação do Dr. Aníbal Pereira dos Reis

Segundo o Dr. Aníbal Pereira dos Reis ex-sacerdote, ordenado em 1949, formado em Teologia e Ciências Jurídicas pela Pontifica Universidade Católica de São Paulo, em seu livro A Senhora Aparecida, Edições Caminho de Damasco Ltda, SP, 1988; trata-se de uma grande armação do padre José Alves Vilela , pároco da matriz local. Segundo suas investigações, foi o padre José Alves Vilela quem colocou a imagem no rio e iniciou planejadamente a divulgação dos supostos milagres, além de estar manipulando todo tempo a imagem e divulgando seus supostos milagres.

Pequena cronologia da Imagem

1717— Pescadores apanharam no rio a Imagem da Conceição Aparecida

1745-1903 — A festa principal da Conceição Aparecida é celebrada em 08 de dezembro;

1888 — No dia 06 de novembro, a princesa Isabel visita pela segunda vez a basílica e deixa como ex-voto uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis;

1929 — Celebração dos 25 anos da Coroação de Maria em um Congresso Mariano;

1930— No dia 16 de julho, o Papa Pio XI assina o decreto, declarando Conceição Aparecida a Padroeira do Brasil;

1931 — No dia 31 de maio, a imagem de barro da Conceição Aparecida é declarada, oficialmente, na Capital Federal a Padroeira do Brasil. Getúlio Dornelles Vargas, era o presidente naquela época.

Segundo o padre Júlio J. Brusto­loni, Na Esplanada do Castelo, outra multidão aguardava a chegada da Imagem Milagrosa. No grande estrado, junto do altar da Padroeira, encontravam-se o Presidente da Re­pública, Dr. Getúlio Dornelles Vargas, Ministros de Estado, membros do Corpo Diplomático credenciados junto do nosso governo,

e outras autoridades civis, militares e eclesiásticas. O Sr. Núncio Apostólico, Dom Aloísio Masella, estava ao lado do Presidente e sua família. Na Esplanada, a Imagem percorreu as diversas quadras para que o povo pudesse vê-la de perto, e, ao chegar ao altar, Dom Leme deu-a a beijar ao Presidente e sua família. Um silêncio profundo invadiu a Esplanada, quando a Imagem foi colocada no altar. Após o discurso de saudação, Dom Leme iniciou o solene ato da proclamação de Nossa Senhora Aparecida como Padroeira do Brasil7. Segundo relata o padre Júlio, após a cerimônia, o povo católico romano gritou: Senhora Aparecida, o Brasil é vosso! Rainha do Brasil, abençoai a nossa gente. Paz ao nosso povo! Salvação para a nossa Pá­tria! Senhora Aparecida, o Brasil vos ama, o Brasil em vós confia! Senhora Aparecida, o Brasil vos aclama, Salve Rainha!8

O QUE É IDOLATRIA


Vejamos algumas definições: Ídolo. S.m. 1. Estátua ou simples objeto cultuado como deus ou deusa, 2. Objeto no qual se julga habitar um espírito, e por isso venerado. 3. Fig. Pessoa a quem se tributa respeito ou afeto excessivo. Idólatra. Adj. 2 g. 1. Respeitante à, ou próprio da idolatria. 2. Que adora ídolos. 3. Idolátrico (2). * s. 2 g. 4. Pessoa que adora ídolos; Idolatrar. V t. d. 1. Prestar idolatria (1) a; amar com idolatria (1); adorar, venerar. 2. Amar com idolatria (2), com excesso, cegamente. Int. 3. adorar ídolos; praticar a idolatria (1). Idolatria. SE. 1. Culto prestado a ídolos. 2. Amor ou paixão exa­gerada, excessiva9. Idolatria- 1. Essa palavra vem do grego, eídolon, ídolo, e latreúein, adorar. Esse termo refere-se à adoração ou veneração a ídolos ou imagens, quando usado em seu sentido primário. Porém, em um sentido mais lato, pode indicar veneração ou adoração a qualquer objeto, pessoa, instituição, ambição etc, que tome o lugar de Deus, ou que lhe diminua a honra que lhe devemos ( 10).

O culto à imagem esculpida, deuses de fundição, imagem de escultura, estátua, figura de pedra, imagens sagradas ou ídolos é idolatria e profanam a ordem divina.

Não farás para ti imagens esculpidas, nem qualquer imagem do que existe no alto dos céus, ou do que existe embaixo, na terra, ou do que existe nas águas, por debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto (Ex 20.4)

Não vos voltareis para os ídolos, nem fareis para vós deuses de fundição. Eu sou o Senhor vosso Deus (Lv 19.4)

Não fareis para vós ídolos, nem para vós levantareis imagem de escultura nem estátua, nem poreis figura de pedra na vossa terra para inclinar-vos diante dela. Eu sou o Senhor vos­soDeus (Lv26.1)

Confundidos sejam todos os que adoram imagens de esculturas, que se gloriam de ído­los inúteis... (SI 9 7.7)

Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos do homem. Têm boca, mas não fa­lam, têm olhos, mas não vêem; têm ouvidos, mas não ouvem, têm nariz, mas não cheiram; têm mãos, mas não apalpam, têm pés, mas não andam; nem som algum sai da sua gar­ganta; Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem, e todos os que neles confiam. (SI .115.4-9 e 135.15-18)

A tua terra está cheia de ídolos, inclina­ram-se perante a obra das suas mãos, diante daquilo que fabricaram os seus dedos. Pelo que o homem será abatido, e a humanidade humilhada; não lhes perdoes! (Is 2.8-9)

... Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás (Mt 4.11; Lc 4.8)

O principal de todos os mandamentos é: Ouve, ó Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor! Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a sua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças (Mc .12.29-30; Mt 22.37).

Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, pois o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e impor­ta que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade (Jo.4.23-24)

Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em si mesmo vendo a cidade tão entregue à idolatria (At 1 7.16)

Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus (1 Co 6.10-11; Ef5.5)

Não vos façais idólatras, como alguns deles; como está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber, e levantou-se para folgar (1 Co 10.7).

E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Pois vós sois santuários do Deus vivente... (2 Co 12.2)

As obras da carne são conhecidas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras pelejas, dissensões, facções, invejas, bebedices, orgias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos preveni, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus (GI 5.5)

Filhinhos, guardai-vos dos ídolos(1 Jo5.21)

* Mas, quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos adúlteros, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda mor­te (Ap 21.8)

Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras, e todo aquele que ama e pratica a mentira (Ap. 22.1 5). Deus proibiu ao seu povo a confecção e o culto a imagens, estátuas etc, visto que os povos pagãos atribuíam a esses artefatos de barro, madeira ou outro material corruptível, um caráter religioso. Acreditavam, além do mais, que a divindade se fazia presente por meio dessa prática. O Deus Todo-Poderoso ensinou seu povo a não cultuar imagens. Sua palavra era tão poderosa no coração do seu povo, que, embora muitos homens santos, profetas e sacerdotes, homens exemplares, com todas as virtudes para serem canonizados (os heróis da Bíblia), não foram pretextos para serem adorados ou cultuados, nem fizeram suas imagens e nem lhes prestaram culto. Deus proibiu seu povo de fabricar imagens de escultura, de fundir imagens para cultuá-las (Ex 20.23 e 34.1 7).

Algumas imagens que Deus mandou fazer não tinham por objetivo elevar a piedade de Israel e nem ser­viam de modelo para reflexão ou conduta. Eram apenas símbolos decorativos e representativos. Deus mandou fazer a Arca da Aliança; mandou fazer figuras de querubins no Tabernáculo e no Templo, entre outros utensílios (1 Rs 6.23-29; 1 Cr 22.8-1 3; 1 Rs 7.23-26) , além de outros ornamentos (1 Rs 7.23-28). Essas figuras, porém, jamais foram adoradas ou veneradas, ou vistas como objeto de culto. Se os filhos de Israel tivessem adorado, cultuado ou venerado esses objetos, sem dúvida, Deus mandaria destruí-los. Foi isso o que aconteceu com a serpente de bronze, levantada por Moisés no deserto, quando se tornou objeto de culto (2 Rs 18.4).

Quando analisamos esta questão na história da nação de Israel, o povo que recebeu os mandamentos de Deus e a preocupação dos judeus religiosos em manter-se fiéis, podemos entender que, apesar do Antigo Testamento proibir a confecção de imagens relativamente, no entanto a adoração ou culto a imagens era absolutamente proibido: Não te prostrarás diante delas e não lhes prestarás culto (Ex 20.4b).

Em algumas sinagogas do século III e até hoje encontramos pinturas de heróis da fé em seus vitrais etc, jamais, entretanto, veremos judeus orando, cultuando ou invocando Moisés, Abraão ou Ezequiel.

Não encontramos argumento algum que justifique o culto, veneração ou a fabricação de imagens no Novo Testamento.

• A Bíblia mostra que Paulo sofria por ver o povo entregue a idolatria: Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se revoltava em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria (At 1 7.1 6).

• Paulo foi atacado pelos artífices, ourives e comerciantes de imagens: Certo ourives, por nome Demétrio, que fazia de prata miniaturas do templo de Diana, dava não pouco lucro aos artífices. Eles os ajuntou, bem como os oficiais de obras semelhantes, e disse: Senhores, vós bem sabeis que desta indústria vem nossa prosperidade. E bem vedes e ouvis que não só em Éfeso, mas até quase em toda a Ásia, este Paulo tem convencido e afastado uma grande multidão, dizendo que não são deuses os que fazem com as mãos. Não somente há perigo de que a nossa profissão caia em descrédito, mas também de que o próprio templo da grande deusa Diana seja estimado em nada, vindo a ser destruída a majestade daquela que toda a Ásia e o mundo veneram. Ouvindo isto, encheram-se de ira, e clamaram: Grande é a Diana dos efésios! (Atos 19.24-28)

O culto aos santos só começa a partir de cem anos, aproximadamente, depois da mor­te de Jesus, com uma tímida veneração aos mártires11. A primeira oração dirigida expressamente à Mãe de Deus é a invocação Sub tuum praesidium, formulada no fim do século III ou mais provavelmente no início do 1V12. Não podemos dizer que a veneração dos santos — e muito menos a da Mãe de Cristo — faça parte do patrimônio original13. Se o culto aos santos e a Maria fosse correto, João, que escreveu o último evangelho, aproximadamente no ano 100 d.C. , certamente falaria sobre o assunto e incentivaria tal prática. Ele, porém, nos adverte: Filhinhos, guardai-vos dos ídolos (1 Jo 5.21). Na luta para justificar o culto às imagens, bem como seu uso nas Igrejas, os católicos apresentam a teoria da pedagogia divina.

D. Estevão Bettencourt resume assim a teoria: . . .0s cristãos foram percebendo que a proibição de fazer imagens no Antigo Testamento tinha o mesmo papel de pedagogo (condutor de crianças destinado a cumprir as suas funções e retirar-se) que a Lei de Moisés em geral tinha junto ao povo de Israel. Por isto, o uso das imagens foi-se implantando. As gerações cristãs compreenderam que, segundo o método da pedagogia divina, atualizada na Encarnação, deveriam procurar subir ao Invisível passando pelo visível que Cristo apresentou aos homens; a meditação das fases da vida de Jesus e a representação artística das mesmas se tornaram recursos com que o povo fiel procurou aproximarse do Filho de Deus14. Assim criaram a idéia de que, nas igrejas as imagens torna­ram-se a Bíblia dos iletrados, dos simples e das crianças, exercendo função pedagógica de grande alcance. E o que notam alguns escritores cristãos antigos: O desenho mudo sabe falar sobre as paredes das igrejas e ajuda grandemente (S. Gregório de Nissa, Panegírico de S. Teodoro, PG 46,73 7d). O que a Bíblia é para os que sabem ler, a imagem o é para os iletrados (São João Damasceno,De imaginibus 1 1 7 PG 94, 1 248c)5 Levando-se em consideração que um dos objetivos da Igreja Católica Romana é ensinar a Bíblia ao povo através das imagens, especialmente aos menos alfabetizados, surge-nos algumas perguntas: Por que se faz culto a elas, se o objetivo é ensinar a Bíblia? Por que após passar dezenas de anos, com milhares de católicos alfabetizados, ainda insistem em cultuar imagem? Se realmente a imagem fosse o livro daqueles que não sabem ler, por que os católicos alfabetizados são tão devotos e apegados às imagens? Será que podemos desobedecer a Bíblia para superar uma deficiência de entendimento? Onde está a base bíblica para esta Teoria da Pedagogia Divina? Será que a encarnação do verbo poderia servir de base para se fazer imagens dos santos e cultuá-los?

A Igreja Católica Romana apresenta basicamente duas fontes para justificar o culto às imagens: a tradição e as opiniões de seus líderes. Em resumo: opinião dos homens. Citam a Bíblia quando existe alguma possibilidade de apoio às suas doutrinas. Esquecem o ensino do famoso clérigo católico romano, Padre Vieira: As palavras de Deus prega­das no sentido em que Deus as disse, são palavras de Deus; mas pregadas no sentido em que nos queremos, não são palavras de Deus, antes podem ser palavras do demônio16. A Palavra de Deus condena o culto às imagens.

Os argumentos do catolicismo romano a favor do culto às imagens fazem-nos lembrar de um rei na Bíblia, chamado Saul, que quis agra­dar a Deus com sua opinião, mesmo contrariando frontalmente a Palavra de Deus (1 Sm 15.1-23). O catolicismo romano, de modo semelhante, contrariando a Bíblia, entende que a imagem é o livro daqueles que não sabem ler. O rei Saul, achava que oferecer sacrifícios era melhor, mais lógico, mais correto, mais racional. Acreditava que estava prestando um grande serviço a Deus (1 Sm 15.20-21). Deus, no entanto, o reprovou, dizendo: Tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à sua palavra? Obedecer é melhor do que sacrificar, e atender melhor é do que a gordura de carneiros (1 Sm15.22). Deus proíbe terminantemente o culto a ídolos e imagens (Ex 20.1 -6; Lv 26.1; Nm 33.52; Dt.27.15; 2 Rs .21.11; Sl115.3-9; 135.15-18; 1s2.18; 41.29; Ez 8.9-12; Mt4.1 1; At 15.20; 21.25; 2 Co 6.16).

O catolicismo romano ensina o culto à imagem inventando uma teoria, contrária à Bíblia e insiste em dizer que está fazendo isso para ajudar a obra de Deus. Ainda que Saul pensas­se estar prestando um serviço a Deus, como fazem aqueles que prestam culto à imagem da Conceição Aparecida, seu ato foi uma desobediência à Palavra de Deus, e isso é considerado rebelião (1 Sm 15.21-26).A Bíblia diz: rebelião é como pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a iniqüidade de idolatria. Por­quanto rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou... (1 Sm 1 5.2 3).

Prezado leitor, o culto às imagens será sempre uma abominação a Deus. E a marca e a continuidade do paganismo. Cristianismo é a fé exclusiva na obra do Senhor Jesus (Jo.3.1 6; Rm5.8; Ef2.8-9;1 Tm2.5;Tt2.11).E adoração exclusiva a Deus: .. Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás (Mt 4.11; Lc 4.8). O principal de todos os mandamentos é Ouve, á Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor! Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a sua alma, de todo o teu entendimento e de todas as tuas forças (Mc 1 2.29-3Q~ Mt 92 37). Mas vem a hora, e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, pois o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade (Jo 4.23-24).

ENTENDENDO A ESTRUTURA PIRAMIDAL DO CULTO DA IGREJA CATÓLICA

LATRIA - ADORAÇÃO A DEUS

HIPERDU LIA - DEVOÇÃO Á MARIA

DULIA- DEVOÇÃO AOS SANTOS E AOS ANJOS


A Dificuldade do Catolicismo Romano para justificar essa Teoria.

Se os católicos romanos se limitassem a exaltar os heróis da fé, e a propô-los como modelo a ser seguido, não haveria nenhum problema. Assim agem também os cristãos genuínos.

Infelizmente, não é isso que acontece. Por mais que o líderes católicos romanos se esforcem em suas infindáveis apologias ou explicações, elas não passam de tentativas vãs e superficiais. Exemplo dessa tentativa é a teoria de três tipos de devoção: a dulia, a hiperdulia e a latria. Perguntamos: qual a diferença que pode haver entre a dulia e a hiperdulia? Qual a diferença das duas com a latria? A verdade é que os três termos se confundem. Os dois termos (dulia e hiperdulia) podem estar envolvidos com a latria e tudo se torna uma distinção que não distingue coisa alguma. As pessoas que se prostram diante de uma imagem da Conceição Aparecida, ou de São João, ou de São Sebastião ou de Jesus sabem que estão cultuando em níveis diferentes? Para elas não seria tudo a mesma coisa?

Imagine um católico romano bem instruí­do que vai para o culto. Primeiramente ele pretende cultuar São João. Dobra então seus joelhos diante da imagem de São João e pratica a dulia. Depois, irá prestar culto a Maria, deixando, nesse momento, de praticar a dulia e passando a praticar a hiperdulia. Finalmente, com intenção de cultuar a Deus, ele começa a praticar a latria.

Não acreditamos que o povo católico ro­mano saiba diferenciar a dulia, a hiperdulia e a latria, e mesmo que soubesse diferenciá-las, dificilmente conseguiria respeitar os limites de cada uma.

Qual é a diferença?

Adoração e Veneração. Há diferença entre adorar e prestar culto? Se prostrar-se diante de um ser, dirigir-lhe orações e ações de graça, fazer-lhe pedidos, cantar-lhe hinos de louvor não for adoração, fica difícil saber o que o catolicismo romano entende por adoração. Chamar isso de veneração é subestimar a inteligência humana.

Culto aos santos. Analisando essas práticas católicas à luz da Bíblia e da história, fica claro que são práticas pagãs. O papa Bonifácio IV, em 610, celebrou pela primeira vez a festa a todos os santos e substituiu o panteão romano (templo pagão dedicado a todos os deuses) por um templo cristão para que as relíquias dos santos fossem ali colocadas, inclusive Maria. Dessa forma o culto aos santos e a Maria17 substituiu o culto aos deuses e as deusas do paganismo.

Maria é deusa para os católicos? Os católicos manifestam um sentimento de profunda tristeza quando afirmamos que Maria é reconhecida como deusa no catolicismo. Dizem que não estamos sendo honestos com essa declaração, mas os fatos falam por si mesmos.O livro Glórias de Maria, publicado em mais de 80 línguas, da autoria de Afonso Maria de Ligório, canoniza­do pelo Papa, atribui à Maria toda a honra e toda a glória que a Bíblia confere ao Senhor Jesus Cristo. Chama Maria de onipotente, além de mencionar outros atributos divinos:

Sois onipotente, á Maria, visto que vosso Filho quer vos honrar, fazendo sem demora tudo quanto vós quereis18. .Os pecadores só por intercessão de Maria obtém o per­dão19..., O mãe de Deus vossa proteção traz a imortalidade; vossa intercessão, a vida20. Em vós, Senhora, tendo colocado toda a minha esperança e de vós espero minha salvação, . . . Maria é toda a esperança de nossa salvação, acolhei-nos sob a vossa proteção se salvos nos quereis ver; pois só por vosso intermédio esperamos a salvação21.

Os querubins. A passagem bíblica dos querubins do propiciatório da arca da aliança (Êx 25.18-20), advogada pelos teólogos católicos romanos, não se re­veste de sustentação alguma, pois não existe na Bíblia uma passagem sequer em que um judeu esteja dirigindo suas orações aos querubins, ou depositando sua fé neles, ou lhes pagando promessas. Esse propiciatório era a figura da redenção em Cristo (Hb 9.5-9). A Bíblia condena terminantemente o uso de imagem de escultura como meio de cultuar a Deus (Êx 20.4, 5; Dt 5.8,

9). O culto aos santos e a adoração à Maria, à luz da Bíblia, não apresentam o catolicismo romano como religião cristã, mas como idolatria (1 Jo 5.21). Jesus disse:

Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a ele servirás (M t 4.10). O anjo disse a João: Adora somente a Deus (Ap .19.10; 22.9). Pedro recusou ser adorado por Cornélio (At.10.25,26).

Embora a Igreja Católica Apostólica Romana tenha declarado que a imagem de barro da Conceição Aparecida seja a Padroeira e Senhora da República Federativa do Brasil, consagrando o dia 12 de outubro a esse culto estranho às Escrituras Sagradas, os cristãos evangélicos, alicerçados na autoridade da Bíblia Sagra­da, declaram como Paulo: E toda língua confesse que JESUS CRISTO E O SENHOR, para glória de Deus Pai(Fl 2.11).


Notas:

1 Aparecida, Capital Mariana do Brasil. Autor Professor. Oswaldo Carvalho Freitas, Editora: Santuário. Aparecida-SP p.85.

2 História de Nossa Senhora da Conceição Aparecida. Autor: Júlio j.

Brustoloni, Editora: Santuário. Aparecida-SP p. 20

3 Mesmo livro citado, p. 20-21 — nota de rodapé 5.

4 Mesmo livro citado, p. 21 — nota de rodapé 6.

5 Mesmo livro citado, p. 21-22.

6 Mesmo livro citado, p. 43.

7 Mesmo livro citado, p. 346.

8 ldem — p. 347.

9 Dicionário Aurélio de Holanda Ferreira.

10 Enciclopédia de Norman Champlin e Paulo-SP. Vol 3, p. 206.

11 O Culto a Maria Hoje. Autores: Vários. Sob a direção de Wolfgang Beinert. Editora: Paulinas. São Paulo-SP p.33.

12 O mesmo livro citado. p. 33.

13 O mesmo livro citado. p. 33.

14 Diálogo Ecumênico. Autor: Estevão Bettencourt . Editora: Lúmen Caristi. Rio de Janeiro-Ri. p. 231.

15 Mesmo livro citado, p. 232.

16 Sermões. Autor: Padre Antonio Vieira. Editora: Lello & Irmãos. Porto —Portugal.

1 7 Atlas Histórico do Cristianismo. Autora: Andréa Dué. Editoras: Santuário / Vozes. São Paulo-SP p.72.

18 Glórias de Maria. Autor: Afonso Maria de Ligório. Editora: Santuário. Aparecida-SP p. 100

19 Mesmo livro citado, p.76.

20 Mesmo livro citado, p.2’7.

21 Mesmo livro citado, p.l47.

Fonte: Revista Defesa da Fé

Assunção de Maria


O DOGMA DA ASSUNÇÃO DE MARIA

I. Explicação e História

A Igreja Católica Romana crê e ensina que Maria, a mãe de nosso Senhor, subiu ao céu em corpo e alma. Sob o titulo de Assunção, os católicos romanos celebram três festas em honra a Maria: uma é a do trânsito de sua alma, sem o corpo, ao céu; outra é quando pouco depois se juntou e se reuniu a mesma alma com o corpo, e com inefável glória subiu ao céu; a terceira é de sua coroação como Rainha dos anjos e Senhora do universo. O imperador grego Mauricio (582-602) ordenou que a festa fosse celebrada em 15 de agosto, o que se faz até nossos dias, e por esse mesmo tempo também o Papa Gregório, o Grande, fixou a mesma data para o Oeste, onde anteriormente, por razoes desconhecidas, celebrava-se a festa em 18 de janeiro. A palavra "ASSUNÇÃO", que em um tempo se aplicava geralmente à morte dos santos, especialmente de mártires, e a sua entrada no céu, chegou a aplicar-se agora exclusivamente a Maria, e isso a distingue do termo "ascensão" no sentido de que esta é aplicada unicamente a Jesus Cristo, que ascendeu por seu próprio poder ao céu, enquanto a assunção significa que Maria foi levada por seu Filho ao céu.

Esta crença é uma derivação do dogma da perpétua virgindade e da imaculada conceição de Maria, e marca um passo mais na tendência romanista à exaltação de Maria como objeto de culto religioso. Antes de sua definição oficial, o Papa Pio XII havia consultado todos os bispos católicos do mundo, na Carta Apostólica "Deiparae Virginis", em 1 de maio de 1946, sobre a conveniência e possibilidade de declarar como dogma a crença na Assunção de Maria. A resposta do episcopado foi favorável à idéia da proclamação. E, com efeito, a 1 de novembro de 1950, o Papa Pio XII, na Constituição Apostólica "Munificentissimus Deus", fez o seguinte pronunciamento: "Nós pronunciamos, declaramos e definimos que é um dogma revelado por Deus, no qual a Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, foi levada aos céus em corpo e alma quando terminou o curso de sua vida na terra."


II. Defesa do Dogma

Afirma-se que este novo dogma foi revelado por Deus, mas não se dão as razões bíblicas do caso. Os apologistas do dogma, no entanto, citam um ou outro versículo isolado das Escrituras, os quais, segundo eles, aludem indiretamente à conveniência da Assunção e glorificação de Maria. Naturalmente, os mesmos versículos que usam para provar a imaculada Conceição (Gên. 3:15; Luc. 1:28) são empregados também para deduzir deles a necessidade da Assunção. Salmos 16:10; 45:9 e João 12:26, trazidos ao caso, em correta exegese, jamais poderão ser tomados como apoio à Assunção de Maria, já que eles claramente se referem, em sua ordem, à ressurreição de Jesus Cristo, à Igreja como a esposa de Cristo e aos crentes em geral.


1. A Tradição

Mas é na tradição, propriamente, onde se pretende basear esta crença, argumentando-se que por ser dita tradição antiga e unânime na Igreja Primitiva, a mesma deve ter sido originada dos apóstolos. Mas quando se faz uma análise séria de tal posição, se descobre que não foi senão até o século VI que apareceram os primeiros indícios de que se comemorava a morte de Maria e começava a celebrar-se a festa da Assunção.

A lenda da Assunção é mencionada pela primeira vez nos fins do século IV em vários escritos apócrifos, como "La Dormición de Maria y El Trânsito de Maria", os quais foram expressamente condenados como apócrifos e heréticos pelo Papa Gelásio no index expurgatorious em princípios do século VI. Foi Gregório de Tours (594 d. C.) o primeiro escritor ortodoxo que os aceitou como autênticos, e, tempos depois, no século VIII, João Damasceno apresentou a Assunção como uma doutrina de antiga tradição católica. No entanto, Benedito XIV declarou, em 1840, que a tradição era insuficiente como doutrina, pois não tinha classe necessária para ser elevada ao nível de artigo de fé.(l)


2. Relato de como Foi a Assunção


As várias tradições a que se recorre contêm marcadas discrepâncias entre si. "Sabido é que há duas tradições, uma favorável à morte de Maria, a outra favorável à sua imortalidade." (2) "A opinião mais comum ensina que Maria ressuscitou ao terceiro dia, como Jesus Cristo; no entanto, alguns dizem que ressuscitou quinze dias depois de sua morte, e outros, quarenta."(3) Nestes relatos há detalhes fantásticos, episódios inverossímeis e até suposições pueris que não se coadunam com o teor sério e autêntico dos Evangelhos canônicos.

Segundo essas tradições, a mãe de nosso Salvador, sendo já uma anciã e cansada de viver neste mundo, suplicou a seu Filho no céu que a levasse o quanto antes para estar com ele. Jesus então enviou-lhe um anjo para que lhe anunciasse sua morte, nova que Maria recebeu com imenso júbilo, mandando arrumar muitas velas e enfeitar o aposento. Para estar presente no momento da morte de Maria, todos os apóstolos, com excessão de Tomé, marcaram encontro em Belém, onde ela morava. João veio da cidade de Éfeso, cavalgando em uma nuvem, e do mesmo modo viajaram os demais apóstolos desde os diferentes países em que se encontravam pregando.


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(1) Opera, VoI. X, p. 499, ed. 1851.

(2) P. Parente, Dlcclonario de Teologia Dogmática, p. 38.

(3) Consultor dei Clero, p. 441. Fizeram-se também presentes Hieróteo, Timóteo e Dionisio, o Areopagita, levando todos eles muitas velas, ungüentos perfumados e espécies aromáticas.

Ante a ameaça de ser assaltada por adversários judeus a casa onde eles estavam, Maria e os apóstolos são transportados outra vez em uma nuvem a casa dela em Jerusalém. Ali suscitaram-se diálogos, e ela os consola e os abençoa, dizendo: "Ficai com Deus, filhos meus mui amados; não choreis porque os deixo, e, sim, alegrai-vos, porque vou para meu Querido." (1) Logo, apresentando seu testamento, recomendou a João, o Evangelista, que repartisse duas túnicas suas para duas jovens que a haviam servido e acompanhado por muitos anos. Chegando o momento de sua morte, ela se recostou em sua cama, enquanto os apóstolos, de joelhos e em pranto e pesar, a beijavam e se despediam. Anjos do céu começaram a chegar e depois Jesus Cristo mesmo, descendo em outra nuvem e rodeado de seres angelicais, apareceu perante sua mãe e, em meio de uma luz deslumbrante e de doces harmonias celestiais, levou a alma de Maria ao céu (em uma variante, Jesus põe a alma dela nas mãos do anjo Gabriel, para que este a leve). Assim foi a morte de Maria, e seu cadáver não se corrompeu, desprendendo delicadíssimos perfumes.

Depois os apóstolos conduziram o corpo exânime de Maria em maca, e deram-lhe honrosa sepultura no vale de Josafá. Sua morte, acontecida quando tinha setenta e dois anos de idade, viu-se acompanhada de muitos milagres, como cura de enfermos, etc. Ao terceiro dia de sepultada, chega Tomé, montado em uma nuvem, e, por engano, desce no Monte das Oliveiras, mas nesse mesmo instante observa o maravilhoso espetáculo do trânsito de Maria aos céus, em corpo e alma, levada por seu Filho Jesus e circundada das hostes celestiais. Logo Tomé procura os outros apóstolos e lhes dá a nova da Assunção, mas eles se mostram cépticos e argumentaram que eles mesmos haviam enterrado Maria. A instância de Tomé vão ao sepulcro e descobrem que este está vazio, o que os convence da ressurreição e assunção de Maria ao céu.


3. São Afonso Maria de Ligório e a Assunção

A viagem de Maria através das esferas siderais e sua entrada na glória são descritas em altos vôos imaginários e com frases ao extremo pitorescas e lisonjeiras pelos panegiristas da Assunção. Por exemplo, São Afonso Maria de Ligório, consumado assuncionista, expressa-se assim: "Jesus a leva pela mão, e a Mãe, felicíssima, corta os ventos, passa as nuvens, atravessa as altas esferas e chega às portas do céu. Ali os anjos que a acompanham levantam a voz e, à semelhança do que disseram quando o Senhor entrou triunfante de volta do desterro, repetiram agora também aos que lá dentro a aguardavam: Abri, príncipes, essas portas e levantai-vos, portas eternas, para que entre a Rainha da glória. No mesmo instante abriram-se de parem par, e entrou vitoriosa na pátria celestial, e, ao vê-la tão formosa, aqueles espiritos soberanos perguntaram uns aos outros:"Quem é esta que chega do deserto, lugar de espinhos e de abrolhos? Quem é esta que vem tão pura e cheia de virtudes, sustentada em seu Amado e tão honrada dele?' E os anjos que a acompanhavam respondiam: 'É a Mãe de nosso Rei, nossa Rainha, a bendita entre todas as mulheres, a cheia de graça, a Santa dos Santos, a querida de Deus, a Imaculada, a mais formosa de todas as criaturas." (1)


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(1) P. Pedro de Ribadeneira, Vida de ia Virgem Maria, p. 97.

Ao referir-se a mesma obra, mais adiante, ao ato da coroação de Maria, diz que, por seu turno, se aproximaram de Maria todos os santos, o apóstolo Tiago, o Maior, os profetas, Zacarias e Isabel, São Joaquim e Santa Ana, José e os santos anjos, e saudaram-na, felicitaram-na e honraram-na, e que depois as três Pessoas da Santíssima Trindade a coroaram, pondo em suas mãos o poder, a sabedoria e o amor e que ". . .colocando seu trono ao lado da Santíssima Humanidade de Jesus Cristo, a declararam Rainha do céu e da terra, mandando aos anjos e a todas as criaturas que como tal a reconhecessem, obedecessem e servissem". (2)


III. Refutação

1. Os Pais e Doutores da Igreja


A Assunção de Maria ao céu, de ser certa, seria um fato histórico, e como tal deve ser examinado. Mas acontece que não há certeza quanto ao lugar de sua morte, se foi em Éfeso ou em Jerusalém; não houve testemunhas de seu trânsito ao céu, as tradições em que se baseia a doutrina se contradizem, estão escritas em uma linguagem extravagante, contém relatos inverossímeis; quanto à antiguidade, não chegam nem sequer ao terceiro século. Os Pais e Doutores da Igreja não fizeram alusão a elas nem falaram na Assunção durante os primeiros cinco séculos, o Papa Gelásio condenou-as e o Papa Benedito XIV qualificou-as de testemunho insuficiente, e, no entanto, é sobre esta obscura e débil tradição, sem comprovação histórica nem apoio bíblico, que se levanta o "dogma revelado" da Assunção.


2. Razões de Conveniência


As chamadas razões teológicas ou de conveniência tampouco podem com propriedade ser invocadas a favor deste dogma, pelo simples fato de que Maria não foi divina nem sem pecado nem é co-redentora. A circunstância de sua morte física, reconhecida pela mesma Igreja Católica Romana, é uma prova incontrovertível de que Maria pertencia em todo sentido ao gênero humano e que, como tal, ela participou do pecado de Adão e sofreu a conseqüência universal do pecado original, que é a morte.


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(1) Las Giorias do Maria, p. 339.

(2) Ibid., p. 403.3. Silêncio do Novo Testamento

Mais eloqüente, porém, é o silêncio absoluto que os escritores do Novo Testamento guardam no tocante ao tema da Assunção. Silêncio que implicitamente desvirtua o fundo histórico desta crença, pois é de todo ponto de vista estranho e inexplicável que um acontecimento de tanta transcendência, como o seria o da Assunção, houvesse passado inadvertido para eles, e mais, tendo em conta o fato de que a ascensão de nosso Senhor ao céu ficou plenamente testemunhada nos documentos escritos do Novo Testamento.

Se a Assunção realmente aconteceu, que razões importantes haveria para que os escritores dos livros do Novo Testamento nem sequer a houvessem mencionado, ainda que fosse de passagem? Paulo, por exemplo, em todas as suas cartas apostólicas, faz só uma menção a Maria, e isto acidental e indiretamente, quando, falando da vinda de Jesus ao mundo, diz que foi ((nascido de mulher" (Gál. 4:4), mas não acrescenta nenhum detalhe que pudesse dar margem a essa suposta crença. Pelo contrário, há uma passagem na qual, se fosse certa a Assunção, Paulo teria feito alusão a ela. Falando da ressurreição futura dos crentes, diz ele: ((Cada um, porém, na sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda" (1 Cor. 15:23). Como a tese assuncionista afirma que Maria ressuscitou primeiro e ascendeu ao céu depois, é lógico que Paulo teria feito menção dela neste versículo, dizendo-nos que Maria, à semelhança de seu Filho Jesus, já havia ressuscitado, O que claramente se depreende desta referência bíblica é que Maria, assim como todos os crentes em Jesus Cristo cujos corpos dormem no sepulcro, serão ressuscitados pelo poder de Deus quando soar a trombeta final e o Senhor descer do céu à terra para arrebatar os seus.


4. Silêncio Impressionante de João

De um modo particularíssimo, o silêncio do apóstolo João quanto a este assunto constitui um desfavorável testemunho ,implícito, visto que, por sua mui estreita associação com Maria, teria razão de sobra, e ainda mais que qualquer outro, para haver-se referido, em seus escritos, ao evento da Assunção; e oportunidade teve para havê-lo feito, pois, no livro de Apocalipse, ele descreve suas visões do céu aberto, e, apesar de ter visto a Jesus Cristo como o Rei da Glória e os anjos e as hostes redimidas ao seu redor, não diz nada sobre ter visto Maria como Rainha do céu e sentada em um trono ao lado de seu Filho Jesus. Também no Evangelho que leva seu nome, cap. 3 e v. 13, João registra as palavras que Jesus disse a Nicodemos: "Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem." Como o evangelista escreveu seu Evangelho em fins do primeiro século, isto é, suficiente número de anos depois da suposta Assunção de Maria ao céu, é de supor que, ao citar ele a afirmação feita pelo Senhor, houvera incluído também uma referência ao caso excepcional de Maria, tal como o faz no último capitulo (21 :20-23) do Evangelho, no qual, ao relatar a resposta que Jesus lhe dera à pergunta de Pedro "e deste que será?", João acrescenta, muitos anos depois do incidente e para proveito de seus leitores, a seguinte declaração: "Jesus, porém, não disse que não morreria, mas: Se eu quiser que ele fique até que eu venha, que tens tu com isso?"


5. A Carta aos Hebreus e a Assunção

Há, porém, algo mais. A doutrina da glorificação e a mediação de Maria aparece na teologia católica intimamente ligada à doutrina de sua Assunção. Acontece que a Carta aos Hebreus, escrita também anos depois do suposto trânsito de Maria ao céu, expõe com claridade meridiana a doutrina do ministério de intercessão de Jesus Cristo no céu em favor de seus filhos na terra, mas não há nem a mais leve alusão a que Maria esteja desempenhando parecidas funções acima na glória. O escritor sagrado expressa-se assim: "Tendo, portanto, um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou os céus, retenhamos firmemente a nossa confissão. Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemo-nos, pois, confiadamente ao trono da graça, para que recebamos misericórdia e achemos graça, a fim de sermos socorridos no momento oportuno" (Heb. 4:14-16). Sendo que as Escrituras nos foram dadas para nossa instrução e edificação (II Tim. 3:16,17), é moralmente inconcebível que elas nos privassem não só do conhecimento, senão também do consolo da mediação de Maria. A inferência do Novo Testamento sobre o dogma da Assunção de Maria ao céu é uma prova mui forte da falsidade histórica e doutrinal do mencionado dogma.


IV. O Concilio Vaticano II

No Concílio Vaticano II, não se trouxe a debate o dogma da Assunção. Simplesmente foi dado como aceito e confirmado, segundo as seguintes palavras: "Finalmente, preservada livre de toda culpa de pecado original, a Imaculada Virgem foi levada em corpo e alma à glória celestial, ao terminar sua viagem terrenal. Ela foi exaltada pelo Senhor como Rainha de todos, a fim de que pudesse ser mais completamente configurada a seu Filho, o Senhor dos senhores (cf. Apoc. 19:16) e o conquistador do pecado e da morte."(l)

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(1) Walter M. Abbott, S.J., The Docum.nts of Vatlcan Ii (Guiid Press: New York), p. 90

Autor:Prof. Paulo Cristiano

Mishirassê, Hoshô, Mioshiê, Makoto, você as conhece? Creio que não! Esses são vocábulos japoneses que para nós não possuem nenhum significado especial, mas que para certo grupo religioso é o divisor de águas entre o caos e a harmonia, a morte e a salvação, a benção e a maldição. Estamos falando da seita japonesa conhecida como Perfect Liberty.
O nome "Perfect Liberty" significa "Perfeita Liberdade" e as suas iniciais formam a sigla da Instituição - "PL".

Antes de adentrarmos ao exame desta religião gostaria de chamar a atenção para o verdadeiro foco da questão, isto é, o real motivo da PL estar sendo pesquisada. É que de vez em quando somos interpelados, por adeptos de algumas destas seitas japonesas, do porquê questionarmos suas doutrinas. Ora, não se trata de julgamento e tampouco perseguição ou preconceito. Quem pensa assim desconhece o verdadeiro objetivo da apologética cristã. O que ocorre é que a PL posa não como uma simples religião, mas "a religião", "a verdade" e por vezes faz reivindicações que vai além de um movimento que prega uma simples filosofia de vida como veremos no desenrolar do texto. É óbvio que com tais confissões mirabolantes como estas, é justo que tal movimento deva ser investigado para que se possa averiguar objetivamente a veracidade de suas declarações. A matéria a seguir é justamente isto, um confronto das doutrinas peelistas com os ensinamentos cristãos legado por Jesus Cristo à humanidade; levando em consideração o axioma que pressupõe que duas verdades não podem coexistir quando ambas estão bilateralmente oposta uma à outra. Somente uma delas é verdadeira, no caso em questão a PL ou o Cristianismo.
Isto posto adentremos à análise crítico-teológica das doutrinas e práticas da religião Perfect Liberty.

HISTÓRICO

A Instituição Religiosa Perfect Liberty - PL foi fundada no dia 29 de setembro de 1.946, na cidade de Tossu, no Japão.
A PL nasceu com base na religião " Mitakekyo-Tokumitsu Daikyokai" fundada em 1.912, sob os ensinamentos de Tokumitsu Kanada, ex-monge budista da seita Shingon, nascido em 1.863 na cidade de Yao, Osaka. Kanada diz ter recebido a iluminação de "uma verdade" para fundar sua seita.
O Primeiro Kyosso da PL, Tokuharu Miki após largar o zen-budismo (sua antiga seita antes de fundar a PL) torna-se discípulo de Kanada. Com a morte deste, obedecendo ao seu testamento, Miki que já era seu sucessor, planta uma árvore no local de seu falecimento, zelando como morada de Deus, orando perante ela todos os dias. Após cinco anos, diz ter sido contemplado com a iluminação recebendo de Mioyaookami, mais três preceitos que juntando aos 18 que lhe foram transmitidos por Kanada , perfizeram os 21 preceitos sagrados da PL.
Em 1925 estabelece a Igreja "Hito-No-Michi" (Caminho do Homem).
Após uma perseguição religiosa no Japão, a " Hito-No-Michi" foi fechada e seus dirigentes presos sob a acusação de lesa majestade. Em 9 de outubro de 1.945, com o término da Segunda Grande Guerra, foi libertado. No ano seguinte no dia 29 de Setembro, Toruchira Miki , filho de Tokuharu Miki, II Patriarca, mudou o nome da seita para "Instituição Religiosa Perfect Liberty". A escolha do nome sem dúvida foi um "reflexo" deste acontecimento.
A "Sede Eterna" ou como costumam denominar "Terra Sagrada" da PL encontra-se atualmente em Tondabayashi próxima a Osaka , no Japão. Afirmam que possuem milhões de adeptos em todo o mundo. Os verdadeiros seguidores precisam tomar parte numa caravana religiosa pelo menos uma vez até esta sede para comemorar a memória do primeiro patriarca.
No Brasil a PL teve início em 16 de fevereiro de 1958 com a chegada em 24 de março de 1957, do Assistente de Mestre Ryozo Azuma e se espalhou principalmente entre as colônias japonesas. Somente no Brasil , a PL tem mais de trezentos mil adeptos espalhados nas suas 200 sedes sendo que destes, 95% é de procedência não japonesa.

O PERFIL PEELISTA

À primeira vista a PL não apresenta nada demais, dá a impressão que seus ensinamentos são apenas mais uma filosofia de vida, pois só falam de coisas boas e positivas. Tanto é que em alguns lugares foi considerada como utilidade pública.
Este é um aspecto positivo que merece nosso louvor.
Contudo, a verdadeira questão se encontra em outro patamar. É que ao aprofundarmos num exame mais detalhado percebemos que a PL reivindica ser muito mais que mera religião ou filosofia.
Como as demais seitas japonesas acreditam que cada religião teve "uma verdade" ou iluminação para sua época e que agora na época atual Deus enviou a PL para salvar a humanidade. É uma religião relativista de auto-salvação e com forte influência do budismo e Xintoísmo.

Dizem: "A fundação da PL, significa o fim das superstições e ilusões da humanidade, sendo aberto um caminho verdadeiro para o ser humano trilhar" (Revista PL 30 Anos pág. 32)

"pois este é o caminho que sobrepõe a época, a raça, o credo e a ideologia para felicitar todos os seres humanos, indistintamente. É o caminho que todos os homens devem conhecer..." (Boletim Assistente de Mestre nº 20 julho/agosto de 1996 pág. 3)

A PL se diz ecumênica, seu líder atual é Conselheiro Honorário da Liga das Novas Religiões do Japão e Presidente Honorário da Federação das Religiões Japonesas. Mas apesar deste perfil ecumênico (Folheto 'Vida é Arte' - verso), acreditam, contudo que só a PL possui o caminho para a verdadeira salvação:
"Excluindo o ensinamento da PL, nenhum outro é capaz disso [...] A não ser o ensinamento peelista, não existe nenhum outro que possa fazer com precisão essa orientação individual" (Instruções para a Vida Religiosa PL pág. 186)

"Ao observar as religiões tradicionais, sob vários aspectos, não posso concordar com absolutamente nada." (Boletim Assistente de Mestre nº 008 - 1983)

Cabe aqui um comentário oportuno: é que com essa filosofia Jesus Cristo e de resto todo o cristianismo é considerado ultrapassado para nossa época. Isso se choca frontalmente com o que disse Jesus sobre suas palavras, as quais afirmou: nunca iriam passar (Mt. 24.35), pois Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente (Heb. 13.8).

Continuando, a PL baseia toda a sua crença em 21 preceitos. Seu lema é viver na "perfeita liberdade", isto é, sem reprimendas de sentimentos ou expressão. Um dos objetivos da seita é levar as pessoas ao caminho da felicidade através dos ensinamentos dos fundadores pela expressão do próprio "eu" preparandoA PL possui várias literaturas, mas o principal livro, considerado como de cabeceira (praticamente a bíblia deles), chama-se "Instruções para a Vida Religiosa PL". São 21 instruções falando sobre gratidão, espírito de reclamação, teimosia, preocupação, cobiça, saber utilizar os cinco sentidos, não magoar os outros, etc.Coisas óbvias, que a Bíblia cita há milhares de anos. Mas nessas instruções, as soluções são sempre as colocações do ponto de vista peelista. As 3 últimas instruções, principalmente, não tem nenhum fundamento cristão: só se referem à gratidão que precisamos ter para com a PL.

A ORGANIZAÇÃO

A PL possui vários departamentos internos como Depto. de senhoras, juventude, divulgação etc...
A divisão administrativa compreende as regiões as quais englobam distritos. Estes coordenam as igrejas, sedes e locais de expansão. Cada um desses setores é dirigido por um mestre regional ou distrital, ou mestre chefe de igreja.
A seita obedece a uma hierarquia definida: no topo do comando está o patriarca. Ele é o responsável pela Instituição, é o instrutor, o líder máximo dentro da seita.
Depois vem os mestres e assistentes de mestres. Enquanto os primeiros se dedicam integralmente às atividades da instituição, os últimos via de regra continuam suas atividades profissionais normais.

Cerimônias

A PL possui várias cerimônias importantes, divididas em anuais e mensais.

Cerimônias anuais:

1. Cerimônia de ano novo (1º de janeiro)
2. Cerimônia de Kiosso-Sai (1º de agosto)
3. PL-Sai (29 de setembro dia de fundação da PL)
4. Cerimônia de Aniversário Natalício do patriarca (2 de dezembro)

Cerimônias mensais:

1. Dia da paz (1º de cada mês)
2. Dia dos antepassados (11 de cada mês)
3. Dia de agradecimento (21 de cada mês)


O PATRIARCA

O Patriarca da PL é chamado de Oshieoyá-Samá, que nesta geração dizem estar representado por Takahito Miki o terceiro fundador.

Apesar de declararem que Takahito ocupa a posição de "um ser humano e não Deus." Porém, acreditam que ele "está num estado que pode ser chamado de "Estado Uno a Deus", considerado o único intermediador entre Deus e os homens, "representa Deus perante os homens".

A bem da verdade, na prática, ele se transforma num semi-deus dentro da seita e seus adeptos o consideram o centro de sua fé.
Quem entra numa sede da PL pode verificar facilmente que na parede acima do altar fica o Omitamá e à direita fica um retrato do patriarca, ao qual prestam agradecimentos pelas graças alcançadas.
O tratamento que dão a ele ultrapassa a simples reverência dada a um líder.
Seus adeptos não fazem questão de esconder as lisonjas dispensadas a este homem que é praticamente idolatrado dentro da instituição.
Para melhor comprovação observe as reivindicações feitas pelo patriarca da PL:

Fonte da Verdade -"Oshieoyá-Samá é também uma pessoa que esclarece todas as verdades conforme a necessidade do momento, baseando-se no ponto de vista "Vida é Arte"... Em outras palavras, Oshieoyá-Samá é a fonte da Verdade."

Centro da Fé - "Sim, na PL é tudo assim. Tudo envolve e gira em torno de Oshieoyá-Samá" (Hoshi-in - nº 1 - out./nov./dez. - 1996, pág.2)

Fundamento da PL - "Sem Oshieoyá-Samá a existência da PL é inconcebível" (Instruções para a Vida Religiosa PL pág. 186)

Digno de veneração - dizem que precisam "Ter fé em Oshieoyá-Samá e veneração por ele"

Alicerce espiritual - "Em outras palavras, não é exagero dizer que, se não nos basearmos em Oshieoyá, nós peelistas, perderemos o apoio espiritual." (Boletim Palavras do Mestre nº 109 31/07/88)

Salvador - "A obra sagrada do patriarca é de "salvar pessoas e, através delas, melhorar a vida na sociedade." (ibdem p. 4)

Mediador - "Para os que estão nessa situação, Oshieoyá-Samá abre o caminho de 'Pedido de Perdão'" (Revista PL 30 Anos pág. 42)

"E quem nos ensina o sentimento divino, quem nos transmite a vontade de Deus é Oshieoyá-Samá" (Instruções para a Vida Religiosa PL pág. 195)

Sacrifica-se pela humanidade - A cura das doenças implica em o patriarca tomar as dores e doenças do adepto em seu corpo e no juramento deste em obedecer seus ensinamentos.

"Oshieoyá-Samá ora a Deus, suplicando a salvação de toda a humanidade, sacrificando-se misericordiosamente. Os atos sagrados tais como: Mioshiê, Oyashikiri e Omigawari concretizam-se através do sacrifício de corpo e alma de Oshieoyá-Samá e da virtude dos Espíritos dos Antecessores da PL. Portanto, através desses atos, nós adeptos aliviamo-nos dos sofrimentos porque Oshieoyá-Samá responsabiliza-se perante Deus por esses nossos sofrimentos." (Boletim Ass. de Mestre Ensinamentos gerais p. 6)

"O motivo do Omigawari ser atendido por Deus, decorre do fato de Oshieoyá-Samá arcar com a responsabilidade perante Deus, durante o dia e a noite, sacrificando o seu corpo.
Diariamente, no mundo inteiro, muitas pessoas estão sendo salvas através do Oyashíkiri e Omigawari. Essas preces surgem no corpo de Oshieoyá-Samá como sofrimentos e vão acumulando-se gradativamente. Na Cerimônia de Agradecimento, Oshieoyá-Samá restitui todos os sofrimentos acumulados no seu corpo e faz o Shikiri para poder retornar ao estado original de pureza física. Nesse momento, Oshieoyá-Samá agradece a Deus por ter podido substituir os adeptos em seus sofrimentos e transmitir os ensinamentos e, ao mesmo tempo, devolve a Deus todos esses sofrimentos físicos acumulados durante o mês e renova o Shikiri no sentido de poder receber novamente os sofrimentos dos adeptos por mais um mês. Isso é o ato sagrado de receber a obra divina de Oshieoyá-Samá." (Manual de Ass. de Mestre p. 27,28)

Como podemos observar Takahito Miki, furta títulos e funções que só pertencem a Jesus Cristo. Jesus é nosso único salvador (At. 4.12), ele sofreu por nossos pecados e enfermidades (Is. 53.4) é o único que transmite a vontade de Deus e perdoa pecados (Heb. 1.1; Mat. 9.6), é o caminho a verdade e a vida (João 14.6).
Contudo, Jesus Cristo deu provas de tudo isso. Quanto ao patriarca da PL, já não podemos dizer o mesmo.
IDOLATRIA, SUPERSTIÇÕES E CRENDICES

A PL não poupa esforços em atacar o que eles consideram as superstições das outras religiões:

"Com o passar do tempo, em muitos casos, equivocaram-se, simplesmente com as pinturas e os ídolos, causando o surgimento de muitas superstições" (Boletim Assistente de Mestre nº 20 julho/agosto de 1996 p. 5)

Contudo, se existe uma religião cheia de crendices e superstições, esta com certeza é a PL. Ao ingressar na seita o adepto recebe um pacote de amuletos de vários modelos, altares, rezas e juramentos que precisam ter e praticar para adquirir proteção tanto, física como espiritual. É flagrante o caráter fetichista da PL. Veja:

Amuletos

Os amuletos na PL tem muita importância como podemos ver nas declarações logo abaixo:

"Trata-se de um protetor físico de quem o usa, foi-lhe inserido o Shikiri para que Deus sempre o acompanhe e proteja...o Amuleto, desde que pratiquemos os ensinamentos, protege-nos mesmo em estado de inconsciência."

"O amuleto é exclusivamente individual, e o Shikiri foi inserido de modo a proteger somente a quem o solicitou. Não terá valor para outra pessoa. E como é utilizável apenas para aquela pessoa, em caso de falecimento, deverá ser purificado através de incineração. Entretanto, se o adepto desejar, poderá solicitar reinserimento para algum parente próximo. Não se deve esquecer disso, principalmente em se tratando de Amuleto Anelar."(Manual de Assistente de Mestre - ensinamentos gerais)

Fora estes há também o "Tesouro da sorte", uma espécie de amuleto, distribuído no início do ano, dentro do qual há a seguinte oração: "Que o portador deste Tesouro da Sorte seja agraciado com a providencia divina do decorrer do ano". Tal amuleto deve ser guardado na carteira do adepto.

Essa tendência animista da Pl a coloca em nível muito inferior ao verdadeiro cristianismo. O trabalho da PL de tentar levar o homem à liberdade tem falhado, posto que ao mesmo tempo lhe promete liberdade, ele se prende ainda mais no ocultismo. Depositar nossa fé em objetos é desvia-la do Deus vivo. Somente Jesus pode libertar a humanidade de tais práticas escravizadoras ensinadas pela PL (João 8.32,36).

Altares e Imagens

A PL possui também um altar para fazer suas rezas o qual denominam de "Omitamá".
Acreditam que através deste objeto os desejos e pedidos dos adeptos serão ouvidos por Deus, abrindo-lhes o caminho da felicidade."
O adepto, logo ao ingressar cultua um Omitamá, chamado "Aramitama" iniciando assim sua vida religiosa. Este altar é sagrado, havendo até cerimônias especiais para entroniza-lo (no lar, loja ou empresa) ou transferi-lo em caso de mudanças.

A maneira de cultuar o Omitamá

1) Entronizar no local mais puro da casa.
2) A base que suporta a redoma de vidro deve estar na mesma altura ou pouco acima dos olhos (para evitar desrespeito).
3) Não entronizar o Omitamá junto a outros altares ou imagens.
4) Não há necessidade de oferecer ao Omitamá, flores ou qualquer outra coisa (procede-se de modo semelhante ao altar da sede).
5) Não se deve entronizá-lo desrespeitosamente sobre estantes ou mesas velhas.
6) proibido abrir as colunas do Omitamá.

Sobre a proteção do Oniitamá

"Através da convicção da fé absoluta que tivermos no Omitamá e por intermédio da virtude do Patriarca, podemos sentir e perceber a resposta evidente ao nosso pedido.Quanto maior a nossa fé no Omitamá, como conseqüência, maior serão as graças divinas."

Acreditam que o Omitamá é a verdadeira imagem de Deus, representa Deus.
Há vários tipos de Omitamás. Há o Omitamá oficial que uma vez introduzido não poderá ser trocado a não ser em caso de mudanças, para desfazer este inconveniente inventaram o omitamá portátil que pode ser transportado dentro do lar. Há também o Omitamá tipo A,B e C considerados especiais.
O tipo B só poderá ser concedido depois que o Kyoto já possui o tipo A, sendo um pouco menor que este, é destinado para aberturas de filiais de empresas.
Já o de tipo C é para carros motorizados de 3 ou 4 rodas, motocicletas, helicópteros, barcos. Para receber o Omitamá tipo C, o adepto não precisa ser Kyoto. Este Omitamá se destina a garantir a segurança do veículo.

Contudo a Bíblia proíbe terminantemente o uso de quaisquer objetos no culto a Deus. Isso que a PL pratica na verdade não passa de idolatria que é condenada pela lei de Deus (Ex. 20.4,5 - Is. 44.17). E oda e qualquer idolatria trás maldição e escravidão para a vida da pessoa. Só Jesus dá a verdadeira liberdade (Gl 5.1)

Palavras mágicas

Os peelistas são levados a crer que "nas cinco sílabas "O-YA-SHI-KI-RI", está inserida, em sua totalidade, a força do poder de salvação da PL." Ao proferi-las, com fé, acreditam poder se livrar da infelicidade e do sofrimento. (Boletim Assistente de Mestre nº 24 março/abril de 1997)
Para receber a prece de Oyashikiri é necessário fazer juramentos para cumprir duas normas;
1. perseverar na prática da fé e devoção peelista até o fim da vida.
2. cumprir sem falta , tudo que for ensinado na PL
Isto porque acreditam que o patriarca arca com os sofrimentos dos pedintes perante Deus.

Corrigindo mais este erro é bom ressaltar que as palavras não possuem nenhum poder mágico. Mas os líderes peelistas procuram persuadir seus adeptos de que tais palavras possuem virtude em si mesmas. Isto é outra forma disfarçada de superstição que é condenada pelas Escrituras. A única palavra que possue poder no mundo é a Palavra de Deus.

TEOLOGIA INCONSISTENTE



À guisa de outras seitas japonesas a PL não possui uma teologia definida. Seus ensinamentos são vagos e ambíguos ou até mesmo contraditórios. Eis alguns conceitos doutrinários vistos pela ótica peelista:

Sobre a vida após a morte.

Apesar de acreditarem na existência dos espíritos a PL não possui uma definição exata sobre a vida após a morte. Dizem:
"As religiões tradicionais, que se proclamam as verdadeiras, asseguram a existência da vida "post-mortem". Eu, porém, acho essa questão um tanto duvidosa." (Boletim Ass. De Mestre nº 008 - 1983)

Contudo a Bíblia Sagrada nos dá uma perspectiva muito mais clara da vida no além (Lucas 16.19-31); e para aqueles que seguem a Jesus, bastante positiva (Lc. 23.43). Mas os adeptos da Pl que confiam em seu patriarca não possuem nenhuma segurança após a morte, pois sua religião é imediatista, para aqui e agora tipo "bebamos e comamos que amanhã morreremos".
Quão diferente Quão diferente é a promessa de Jesus! Além de prover salvação em todos os sentidos nesta vida, ainda promete uma nova vida junto a ele no céu (Jo. 14.1).

Sobre a salvação

A PL é uma religião de auto-salvação onde cada um se redime através de seus próprios esforços com a ajuda de seu fundador. Contudo, o conceito de salvação para a PL não é o mesmo do cristianismo, como já demonstramos sua soteriologia é hedonista, isto é, voltada para a busca da felicidade aqui e agora. Ao morrer a pessoa retorna ao além; não há inferno ou punição, todos são salvos, não sendo levado em conta o que tenham feito aqui na terra, pois pressupõem que todos são filhos de Deus. Por isso salvação implica em ter uma vida livre de sofrimentos mesmo quando falam em salvação "espiritual".

"Ser salvo através da fé religiosa significa, receber o Shikiri de Oshieoyá-Samá" (Manual de Ass. de Mestre - ensina mentos gerais pág. 9)

" Por Oshieoyá-Samá foram esclarecidas as verdades "Vida é Arte" e Mishirassé e Mioshiê" e os homens obtiveram uma salvação verdadeira. Isto não significa salvação somente espiritual ou então física e material, mas sim em ambos os sentidos, ou seja, salvação total como ser humano."

"O ato de receber Oyashikiri é nossa devoção e o caminho para sermos salvos."

É lógico que este tipo de salvação é de origem humana. Nenhum ensinamento, prece ou obras poderá garantir a salvação da humanidade. Ressaltando que o homem possui uma alma que pode se perder eternamente. Sendo assim a Bíblia afirma que Jesus é o nosso único salvador (At. 4.12). Somente Ele foi o escolhido para salvar-nos dos nossos pecados (Mt. 1.21). Se alguém se coloca nessa posição, faz de si mesmo um "anticristo". Somente alguém puro e sem pecados poderia tomar o lugar dos culpados (I Ped. 3.18). Nenhum homem por mais sábio ou abnegado que seja poderá fazer isso, pois todos são pecadores e carecem igualmente da salvação oferecida por Jesus, e o patriarca da PL não é exceção.

Sobre Deus

A doutrina de Deus na PL é ambígua, ora panteísta, ora deísta. Todavia, em algumas declarações encontradas em sua literatura seu panteísmo fica totalmente descoberto:

"Compreendemos que DEUS é a "Fonte", a "Força" que rege o UNIVERSO...Vivemos pois, como parte deste UNIVERSO e, portanto, como parte de Deus..." (Folheto: Vida é Arte - em busca da paz)

"Na PL ouvimos dizer que "Deus é tudo". A sociedade, os fenômenos naturais do planeta, além de todo o mundo espacial juntos, denominamos de Deus." (Boletim de Assistente nº 30 março/abril - 1998 p.5)

"Sobre esta força que concordamos existir, na PL, nós a denominamos de "Mioyaookami" ou, simplesmente, de "Deus"." (Boletim de Assistente nº 30 março/abril - 1998 p.4)

Seja qual for o deus adorado na PL, uma coisa é certa: ele não se preocupa com o ser humano porque afirmam que "Deus em si mesmo é completamente frio" (Boletim Assistente de Mestre nº 10 - 1983)
.
"Alheio às emoções humanas, Ele tão só existe silenciosa e profundamente por toda a eternidade".

O Deus panteísta da PL se fundo com a própria criação, por isso é um deus "frio" que no fundo é um ídolo.
Muito embora saibamos que o verdadeiro Deus é transcendente à sua criação, isso não implica de modo algum que Ele esteja longe de nós como afirma o deísmo. Segundo a Bíblia o Deus verdadeiro, se compadece do seu povo (Ex. 3.7); e está presente em todos os momentos de nossa vida (Mt. 28.20). Apesar dessa imanência ser tão forte a ponto de vir morar dentro de nós (Jo. 14.23), o Deus verdadeiro está fora da criação não se confundindo com ela. Demais disso Deus é uma pessoa e não meramente uma força e como pessoa ele sabe o que se passa dentro do íntimo de outra pessoa. Já o deus da PL não apresenta nenhum dessas características, sendo um deus frio e alheio às emoções humanas. Pergunto: qual a vantagem de um deus assim?
Só Jesus veio revelar-nos o verdadeiro Deus (Jo. 17.3)


DINHEIRO É A SALVAÇÃO

É difícil ouvir dos lábios de um peelista o conceito de que "dinheiro não trás felicidades", isso devido a importância que o dinheiro tem dentro da organização. Na verdade isso se tornou uma importante doutrina entre eles.
A ênfase financeira é tão grande que chega ser obsessiva. Devido a prática financeira em altos valores a maioria das pessoas que ingressam na PL são oriundas da classe média.
Quase tudo na seita envolve cobrança financeira: desde o ingresso (o adepto precisa pagar uma taxa de adesão) até a uma simples prece dada pelo Doshi.
Isso nada mais é que vender orações; não importa os eufemismos que o camuflem sempre vai ser comércio.

"Pergunta: Quando uma pessoa deseja receber Prece de Oyashikiri, mas não tem dinheiro para fazer hoshô, como podemos orienta-la, para que não se afaste ou fique insatisfeito, por não receber a prece?" (Boletim Assistente de Mestre março/abril de 1986 perguntas & respostas)

Na PL existem vários tipos de contribuições, à título de conhecimento eis algumas delas:

Hoshô - é a principal delas. Consiste numa contribuição financeira do adepto à seita.
Mas não pense que isto é apenas uma simples contribuição. Não. A prática do hoshô garante graças espetaculares e infinitas tanto materiais como espirituais. O hoshô não pode ser praticado de qualquer maneira, há todo um ritual de reverencia em cima desta prática. A promessa de retribuição é tentadora, sendo sempre acima de três vezes; pode ser trinta, cem ou mil vezes mais para quem contribui.

Mas para isso o adepto é incentivado a contribuir a todos os momentos do dia. Na prece da manhã assim como na da noite precisa fazer hoshô. Se for aconselhar o filho precisa fazer hoshô. Se for viajar precisa fazer hoshô. Até mesmo para fazer compras e vender algum produto o hoshô é necessário.
Supõe que doando dinheiro para a seita os adeptos adquiram virtudes para uma maneira correta de viver e assim progredir espiritualmente.

Hoshi-in - uma outra contribuição é o Hoshi-in que é uma contribuição destinada à expansão da seita. Só podem ser (ou fazer) de fato Hoshi-in os Kyotos. Existem vários graus de Hoshi-in, quanto maior for o grau (de contribuição) mais o peelista recebe graças.

Bem-ativo financeiro - eGokafu - era um empréstimo que se fazia à PL por um ano sem juros (não é mais praticado)

Com toda essa teologia financeira não é de admirar que muitos afirmam que a PL "é só dinheiro".
"Muitos confundem e dizem que a PL "é só dinheiro". Já ouviram falar disto?" (Palestra - O Ato Sagrado de Hoshô da PL, proferida no Lensei de Comerciantes 17,18 DE julho de 1993 p. 15)

A Bíblia tem muito a dizer sobre dinheiro. O cristianismo não minimiza o benefício do dinheiro quando é empregado de maneira correta através dos dízimos e das ofertas para manutenção da obra de Deus.
Contudo ela condena o amor ao dinheiro (I Tm. 6.10). O dinheiro não trás salvação, proteção espiritual e felicidade como ensina a PL chegando até a cobrar certos tipos de preces. As coisas espirituais não se compra com dinheiro (At. 8.18-20).
Isso só serve para fomentar o enriquecimento ilícito dos líderes que não medem esforços para construírem seus impérios financeiros.


CULTO AOS MORTOS

As três principais seitas japonesas no Brasil Seicho-No-Iê, Messiânica Mundial e a PL praticam o culto aos antepassados, mostrando assim sua faceta xintoísta.
Este culto é muito importante para a felicidade do adepto, pois acreditam que ao morrer, os antepassados podem deixar para seus descendentes uma herança de desvirtudes, que como um tipo de maldição hereditária alcança os membros da família, só sendo tirada quando se presta culto a eles agradecendo e pedindo perdão.
Ao acordar e ao deitar o peelista precisa fazer uma prece contida no seu livro de oração que começa com as seguintes palavras:

"Perante Mioyaookami e os espíritos dos ancestrais de todas as gerações da família..." (Livrete de orações da PL - prece da manhã - individual)

Na PL existem até cultos oficiais para várias ocasiões:
Há duas vezes por ano, duas grandes cerimônias de culto aos antepassados: no 1º domingo de maio e dia 2 de novembro.
Fora estes existe também as cerimônias mensais que compreendem:

1) O culto mensal na capela do Cemitério "Pousada da Paz". Aliás, o cemitério da PL "não foi feito somente com o intuito de guardar os restos mortais, mas sim para cultuar corretamente os antepassados." (O que é Pousada da Paz 03/03/1995)
2) Aos primeiros domingos do mês e,
3) Mensalmente ainda, no dia 11 com cerimônia consagrada aos antepassados" (Revista PL nº 63/Novembro-Dezembro p. 4)

Desta maneira a PL ensina três condições de culto:

1º. Para agradecer-lhes, lembrando o que fizeram, podendo até conversar com eles.
2º. Tomando a decisão de seguir o caminho correto, para acumular virtudes.
3º. Pedindo a proteção deles, em todas as nossas necessidades, aflições ou objetivos." (ibdem)

Como o culto aos mortos é uma parte do segredo para o adepto adquirir boas virtudes e assim viver uma "vida com arte", todos sem exceção precisam cultuar um Omitamá, pois dentro deste objeto acreditam estar os espíritos dos ancestrais.

"Na igreja está entronizado o Omitamá da igreja (indicar o local) no qual foi inserido o Shikiri de Oshieoyá-Samá. Neste Omitamá são cultuados Mioyaookami, os Espíritos dos Antecessores da PL (Kakurioyá-SalTlá e Kyosso-Samá, cultuados como os Espíritos Protetores da PL) e também os espíritos dos ancestrais dos adeptos que aqui freqüentam. Reverenciando o Omitamá da igreja, será purificado tanto física como espiritualmente (rezar com a reverência peelista)." ((Manual de Ass. de Mestre - ensina mentos gerais p. 24)

E pasmem! Eles acreditam que podem transportar a alma da pessoa falecida para dentro deste altar, observe:

"Principalmente, quando do falecimento de algum membro da família, deve ser realizada a Cerimônia de Transladação da alma do extinto, através da qual se translada o espírito da pessoa que faleceu, para o Omitamá de Kyoto. (deve ser efetuado dentro de 24 horas após a morte.)"

Esses são os absurdos de uma religião que promete a liberdade ao ser humano, mas que está presa até ao pescoço no pecado da superstição, feitiçaria e idolatria.
A Bíblia condena este tipo de atitude para com os mortos por diversas razões:
Primeiro porque os mortos não podem voltar ao mundo dos vivos (Lc. 16.26) e não sabem de nada que se passa por aqui (Ec. 9.5).
Segundo, por que invocar espíritos de mortos é feitiçaria, e isto é condenado pela Bíblia (Deut. 18.11; Is 8.19-20)
O único que leva vantagem nisso tudo é o príncipe das trevas que para enganar as pessoas pode até se transformar em anjo de luz (II Co. 11.14).

LITERATURA DA PL



A Editora Vida Artística fica na Rua Dr. Fabrício Vampré, 97 - Vila Mariana - SP. Nas sedes podemos encontrar também os livros e demais publicações.

Livros:

"O Amor" (orientações para casais viverem em harmonia);
"A Expressão da mulher" (orientações para a mulher seguir o caminho da mulher e ser feliz);
"A Arte de educar os filhos" (orientações para os pais orientarem os filhos);
"Vida é arte" (coletânea das orientações diárias que o segundo patriarca enviava aos seus discípulos"; "Dialogando com a juventude" (orientação para jovens, com diversos testemunhos);
"Vença desapegando-se" (ensina o segredo de desapegar-se de tudo para vencer, pois o homem só manifesta o verdadeiro eu, sem ter apego).

Esses livros são de autoria de Tokuchika Miki, segundo fundador.

"Instruções para a vida religiosa PL" traduzido pelo Departamento de Estudos Doutrinários PL.
"Você ainda pode e deve ser feliz" (coletânea de alguns boletins redigidos por Kaor Tanida, que é mestre regional no Rio de Janeiro).
No site da PL você encontra esses boletins explicados, assim como os folhetos "Vida é Arte" (que não têm relação com o livro do mesmo nome).

Nessas literaturas estão contidos os ensinamentos dos patriarcas que supostamente tem o poder de tirar o homem da infelicidade, muitos dos quais não passam de mero ecoar de ensinamentos bíblicos. Contudo Jesus deixou bem claro que somente a Palavra de Deus é a verdade (Jo. 17.17 ; Sl 19-119).
As filosofias e religiões humanas por mais impressionantes do ponto de vista ético e moral que seja não possui virtude para libertar o homem do pecado (Col. 2.8)

CONTRADIÇÕES

São muitas as contradições que se encontra nos ensinamentos da PL. Por exemplo:

A PL aponta o formalismo e as superstições nas outras religiões dizendo:

"As religiões que até hoje existiram terminaram, não sei quando, por se apegar ao formalismo..." (Boletim Ass. De Mestre nº 008 - 1983).
Não obstante se esquece que ela mesma é cheia de formalismos.
É digno de nota que na PL o formalismo é parte integrante de seu culto, essa é uma característica do próprio povo japonês. Existem posições marciais para determinados tipos de preces e juramentos. Por exemplo, para fazer a "cerimônia do chá" há um verdadeiro ritual, pois "quem prepara o chá necessita de um curso e treino intenso para realizar toda a seqüência de movimentos, bem como para realizá-los com delicadeza e precisão." (site)
A forma de ser realizada a prece de oyashikiri, segue um ritual esmerado: o doshi deverá estar paramentado com capa preta, sobrepeliz e chapéu roxos, luvas brancas e portar o seiju (urna esfera dourada, pendurada numa corrente) no pescoço. Ao fazer a reverência, no momento em que fica de mãos postas e pronuncia oyashikiri duas vezes, segura o seiju entre as mãos e faz o pedido de maneira que o solicitante, postado às suas costas, possa ouvir. Há um momento, quando está fazendo a reverência final em que o doshi faz o harai: uma espécie de corte transversal feito do ombro aos quadris: primeiro com a mão direita e depois com a esquerda, entregando tudo nas mãos de Deus e Oshieoyá-Samá. Após o harai, faz os agradecimentos de praxe e volta-se para o solicitante curvando-se e agradecendo.
Se isto não for formalismo tenho para mim então que essa palavra tenha perdido seu sentido usual.

Outra contradição é que o adepto é ensinado a se livrar das desvirtudes e corrigir seus maus pensamentos por obedecer a uma vida rígida religiosa com preces juramentos, makotos etc...
Embora preguem uma impressionante conduta ética, a PL não deixa de fazer jus ao seu caráter extremamente liberal. (Boletim Assistente de Mestre nº 008/1983)
Pergunta: "Nas cerimônias, o Assistente de Mestre é obrigado a usar "Kyofuku" e luvas? Quando está de "Kyofuku" poderá fumar, comer ou beber?

Resposta: Enquanto está usando as vestes sagradas, deve respeita-las, não fumando, não indo ao sanitário, não bebendo...Fora disso, tirar antes a veste sacra.(Boletim Assistente de Mestre março/abril de 1986 perguntas & respostas)
O caso é que muitos mestres bebem cerveja, fumam etc... Isso é contradição! É coar um mosquito e deixar passar um camelo.

Também enquanto que por um lado ensinam que a mulher está em pé de igualdade com o homem, por outro acreditam que há um caminho para o homem e outro para a mulher. A figura feminina na PL segue os moldes da cultura japonesa, ou seja, a mulher sujeita-se ao marido em tudo, é uma figura passiva. São incentivadas a receber percepção divina para saberem o que seus maridos desejam não lhes cobrando nada, aceitando passivamente a atitude do esposo. Por exemplo alguns mioshiês dados pelos mestres ensinam que se o marido é alcoólatra e diariamente vai beber no botequim, a esposa deve procurar servir-lhe bebida em casa, aceitando o marido e seus vícios e dispensando gentileza, acreditam que com isso ele largará a bebida e se voltará para ela. Se o marido arruma uma amante, a esposa não deve questiona-lo, mas ajuda-lo a se arrumar para sair com a outra.

Vocabulário:

Alguns termos e citações mais relevantes na PL:

Mishirassê - "é um aviso divino que surge quando manifestamos sentimentos errôneos".
Oyashikiri - não tem significado próprio "é a prece da PL para se obter graças.
Oshieoyá -Samá - significa Pai dos Ensinamentos é o patriarca da PL que dizem estar representado nesta geração por Takahito Miki
Hoshô - oferta em dinheiro colocada em um envelope (existe 1 para se praticar no lar e outro na igreja), também destinada às obras de expansão "para salvar milhões de pessoas".
Shikiri = tomar decisão, postura, palavra. Em relação ao patriarca pode ter o significado de benção.
Mioshiê = orientações dadas pelos mestres. Quando um peelista recebe um mishirassê ele pede uma orientação que é enviada ao Japão. Em resposta, ele recebe o mioshiê, que aponta as falhas na sua conduta que podem ter contribuido para o problema. Praticando as orientações todos os problemas ficam resolvidos.
Mishirassê = é um aviso divino de que algo não está correto na nossa conduta. São considerados mishirassê: doenças, desventuras e alguns acontecimentos na vida cotidiana.
Doshi = mestre ou assistente de mestre
Missassaguê = autodedicação, ato de fazer algo de bom em benefício das pessoas. Na PL todos são orientados a fazer missassaguê dentro da igreja: servir cafezinho, limpar a igreja, lavar os banheiros, lavar as fossas, etc. Quanto mais humilde o trabalho, maior o aprimoramento espiritual.
(Há uma diferença em fazer missassaguê e espírito de missassaguê. Enquanto o primeiro utiliza o físico para serviços dentro da igreja o segundo é o sentimento de fazer algo que felicite o próximo.
Mioyaookami = significa Deus.
Hoshô = significa 'gerar tesouro', é o envelope de contribuições da PL.
Lensei = retiros espirituais visando o elevo espiritual dos adeptos através de palestras, aulas etc...
Omitama = altar sagrado da PL onde estão os espíritos dos fundadores, dos antepassados e de Deus.
Artina - Apresentar a ingressar uma pessoa na PL. É um tipo de evangelismo.
Mitodokea - visitar os peelistas afastados, para trazê-los de volta à PL.
Seiti - Terra sagrada onde são realizados os lenseis. Fica na cidade de Arujá em S.Paulo e é o único na América do Sul.
Makoto = dedicação, empenho
Aramitama = Omitamá provisório p/ o novo adepto
Kyoto = o adepto que cultua um omitamá. É considerado um verdadeiro peelista.
Kyosso = fundador

Os 21 PRECEITOS DA PL

1º - Vida é Arte.
2º - A vida do homem é auto-expressão.
3º - O Eu é a manifestação de Deus.
4º - Há sofrimento se não se expressar.
5º - Ao se deixar levar pela emoção, perde-se o Eu.
6º - Você existe na ausência do ego
7º - Tudo existe em relatividade.
8º - Viva radiante como o sol.
9º - Todos os homens são iguais.
10º - Felicite a si e aos outros.
11º - Faça tudo confiando em Deus.
12º - Há uma função conforme o nome.
13º - Há um caminho para o homem e um para a mulher.
14º - Tudo é e existe para a Paz Mundial.
15º - Tudo é espelho.
16º - Tudo progride e se desenvolve.
17º - Capte o ponto central.
18º - Postamo-nos sempre na bifurcação entre o bem e o mal.
19º - Faça ao perceber.
20º - Viva no estado de perfeita união material-espiritual.
21º - Viva na Verdadeira Liberdade.

CONCLUSÃO

Depois desta breve análise feita nas doutrinas peelista podemos dizer com certeza que ela não tem capacidade de cumprir o que promete ou como diz Pedro, "prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção..." (II Pd. 2.19).
Ainda Este rápido confronto que fizemos entre as doutrinas peelistas e os ensinamentos cristãos foram o bastante para provar a superioridade dos ensinamentos de Jesus, os quais continuam atuais, pois suas palavras são "espírito e vida", portanto não morrem e nem ficam obsoletos (Jo.6.63). Reafirmamos que a doutrina de Cristo é a única capaz de levar o homem a verdadeira felicidade e salvação livre de erros superstições, crendices e idolatrias tão presentes na PL.
E é por isso que conclamamos com amor a todos os peelistas que abandonem essa religião enquanto é tempo e encontrem a perfeita liberdade em Cristo Jesus, pois "para a liberdade Cristo nos libertou" e "onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade" (II Co. 3.17; Gl. 5.1).