“
Porque todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes do cálice estareis anunciando a morte do Senhor, até que ele venha.” I Co 11.26
A
Eucaristia é o dogma Católico com o qual os fiéis têm um maior
relacionamento. O sacramento eucarístico é ministrado em toda e qualquer
celebração da missa, seja uma missa normal ou com algum objetivo em
especial.
A Eucaristia é considerada o ápice da celebração da
missa. É o momento do sacrifício, sentido único da missa. Neste momento,
os fiéis seguem um rito repetido a cada missa, esperando o momento da
distribuição da hóstia consagrada, que é levada à boca e engolida sem
poder ser mastigada.
Nós Evangélicos compartilhamos de tal
ensinamento de Jesus com os Católicos. No entanto, nossa Ceia é
diferente em essência e propósito. Neste capítulo, eu gostaria de
mostrar as razões de tal diferenciação, comparando a doutrina Católica
eucarística com a doutrina da Ceia do Senhor disposta na Bíblia.
Antes de prosseguirmos, devemos nos familiarizar com três termos que serão muito usados neste capítulo:
Hóstia
A
Hóstia é a substituta do Pão da ceia. Trata-se de um pão ázimo (ou sem
fermento) circular, de cerca de 3 cm de diâmetro para os fiéis e 7,8 cm
de diâmetro para os Sacerdotes, feito com farinha de trigo e água.
Existem vários tipos de hóstia, com vários desenhos. A mais comum contém
três letras: JHS. Estas três letras vem do latim
Iesus Hominun Salvator
que significa “Jesus Salvador dos Homens”. É muito conveniente tal
nome, pois segundo ensina o Catolicismo, é este “pão ázimo circular” que
vai se transformar em Cristo.
Vinho
O vinho foi
usado durante muitos anos na Eucaristia Católica até o Concílio de
Trento, onde o pão passou a ser o único emblema na Eucaristia. Mesmo
assim, me lembro de que, quando ainda era Católico, ter estado presente
em uma missa onde o sacerdote dava o pão e o vinho aos fiéis. Não sei se
esta prática é comum em outras paróquias, mas como doutrina oficial, só
o pão deve ser usado, deixando o vinho apenas para o sacerdote.
O vinho, segundo a doutrina Católica, se transforma no sangue de Jesus.
Transubstanciação
Transubstanciação
é exatamente o que a palavra sugere: uma mudança de substância. Segundo
ensina o clero Católico, a Hóstia consagrada muda de substancia
passando de pão para a carne, alma e divindade de Jesus Cristo. Como
essa mudança acontece? Isso ninguém sabe, nem o clero Católico se atreve
a tentar dar uma explicação. É por isso que quando o Sacerdote termina a
consagração da hóstia ele ergue o artefato e diz: “Eis o mistério da
nossa fé”. Este dogma está em vigor oficialmente desde 1215 d.C e é um
dos dogmas mais enraizados nos fiéis Católicos.
Nas próximas
páginas, iremos analisar o dogma eucarístico Católico à luz da Bíblia
procurando encontrar a verdade à respeito da Eucaristia instituída por
Jesus. Peço que o caro leitor leia com atenção e examine cada argumento e
cada ideia de forma sincera, sabendo que toda a verdade está contida na
Palavra de Deus, pois “
Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho” (Sl 119:105).
Repetindo o sacrifício de Cristo
“
Quando
a Igreja celebra a Eucaristia, rememora a páscoa de Cristo, e esta se
toma presente: o sacrifício que Cristo ofereceu uma vez por todas na
cruz torna-se sempre atual: “Todas as vezes que se celebra no altar o
sacrifício da cruz, pelo qual Cristo nessa páscoa foi imolado, efetua-se
a obra de nossa redenção.””
Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 1364
“Na
Eucaristia, Cristo dá este mesmo corpo que, entregou por nós na cruz, o
próprio sangue que “derramou por muitos para remissão dos pecados” (Mt
26,28).”
Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 1365
Jesus instruiu a Ceia como uma lembrança de sua morte da mesma forma
que a páscoa era celebrada pelos Judeus para lembrar a saída de Israel
do Egito. A Igreja Católica acrescenta muitos outros significados a esta
celebração como veremos a seguir.
A Bíblia ensina que Jesus ofereceu-se uma só vez para lavar os pecados : “
também Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos,“ (Hb 9:28). A Igreja Católica sabe disso, no entanto, ela afirma que “
O sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício”
(Catecismo da Igreja Católica, 1368). Isto é, a cúria Romana ensina que
o sacrifício realizado nas missas é o mesmo que Cristo ofereceu no
calvário. Na eucaristia, o único sacrifício de Cristo é repetido todos
os domingos e festas de guarda.
A questão aqui está no significado
da Eucaristia. Alguns dizem que Eucaristia e Santa Ceia não têm
diferença, mas eu creio que sim. Nós Evangélicos acreditamos que a ceia
foi instituída para lembramos do sacrifício de Jesus no calvário, sua
ressurreição em prol de nossa salvação e de sua eminente volta. Ensina a
Igreja Católica que a Eucaristia é um sacrifício que tem poder de
perdoar pecados e dar a vida eterna. Como se vê claramente, as duas
diferem em essência e propósito. Falaremos da essência mais à frente,
mas agora vamos entender o propósito da Ceia.
A palavra no original grego em Lc 22:19 para memória é
anamnesis
(do original grego “αναμνησιν”) que significa relembrar, trazer à
memória, lembrar-se. Esta palavra só é usada nos versos que tratam da
Ceia (Lc 22 e 1Co 11).
Podemos concordar com o Catolicismo ao
dizer que rememoramos a morte de Cristo, mas não podemos concordar que o
sacrifício se torna presente, isto é, esteja acontecendo naquele
momento. Paulo, em 1Co 11:23-34, fala sobre a Ceia mas não fala nada
sobre um sacrifício de Cristo que se torna presente. A Ceia tem muito a
ver com a páscoa judaica, mas os Judeus não comemoravam a páscoa como se
ela se tornasse presente. Os Judeus comemoravam a páscoa para se
lembrarem do dia em que Deus matou os primogênitos do Egito causando a
libertação do povo de Israel; como Deus disse a Moisés: “
E este dia vos será por memorial,” (Êx 12:14). Deus ainda exemplifica claramente: “
E
quando vossos filhos vos perguntarem: Que quereis dizer com este culto?
Respondereis: Este é o sacrifício da páscoa do Senhor, que passou as
casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios, e livrou
as nossas casas.” (Êx 12:26-27).
O livro de Hebreus nos fala
de uma forma bem explícita sobre este assunto. A Igreja Católica
frequentemente utiliza termos judaizantes para inferir a Eucaristia
(sacrifício, sacerdote, altar e etc), portanto, o livro de Hebreus se
encaixa perfeitamente na refutação das ideologias Católicas. Vamos
analisar alguns textos do livro de Hebreus:
1) Hebreus 9:26-28
O texto diz “
Mas
Cristo, tendo vindo como sumo sacerdote dos bens já realizados, por
meio do maior e mais perfeito tabernáculo (não feito por mãos, isto é,
não desta criação), e não pelo sangue de bodes e novilhos, mas por seu
próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção.“(
grifos acrescentados).
A primeira expressão grifada diz que Jesus entrou no santo lugar
Havendo obtido
uma eterna redenção. O verbo está no passado, isto é, depois de ter
obtido, após obter. Fica claro que não é necessário que Jesus se
entregue novamente para obter a salvação para ninguém. A segunda
expressão grifada diz que Jesus obteve uma
eterna redenção. Isso
significa que a redenção obtida por Jesus na cruz tem valor eterno e é
sempre atual, não precisando ser renovada, repetida ou atualizada.
Caro leitor, pense nisto: Se a eucaristia torna presente o sacrifício de
Jesus, ele elimina o anterior? Ou é uma repetição do anterior? Se
Jesus se manifesta na hóstia, não estaria ele sendo crucificado
novamente? Não seria a eucaristia somente uma lembrança do que Jesus
fez?
2) Hebreus 9:26
O texto diz: “
doutra forma, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas agora, na consumação dos séculos, uma vez por todas se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo “ (
grifos acrescentados).
O texto diz que Jesus se manifestou
uma vez por todas.
Desta forma, a manifestação de Jesus em carne para oferecer-se como
sacrifício pelos pecados ocorreu apenas uma única vez. O texto ainda
afirma que Jesus se manifestou para
aniquilar o pecado. Essa
expressão é bem clara: aquilo que foi aniquilado não pode ser aniquilado
novamente. Jesus se manifestou para aniquilar o pecado apenas uma vez,
não sendo necessária uma nova manifestação para aniquilar o pecado,
visto que este já foi tirado do povo de Deus, como ensinado no texto de
Hebreus 10:14 “
Pois com uma só oferta tem aperfeiçoado para sempre os que estão sendo santificados”.
Diante disto pergunto: A Eucaristia seria uma manifestação presente de
Jesus para aniquilar o pecado? Ou apenas uma lembrança do que Jesus fez?
3) Hebreus 10:18
Diz o texto em questão: “
Ora, onde há remissão destes, não há mais oferta pelo pecado”.
Esse versículo deixa claro que Jesus já pagou por nossos pecados e que
não há mais sacrifício pelo pecado. Portanto, a Eucaristia é uma
perversão do sacrifício vicário de Cristo na cruz. Como Jesus pode
manifestar-se novamente na hóstia para se oferecer novamente pelo pecado
se ele já fez isto? Ou será que a Eucaristia é apenas a lembrança do
sacrifício de Jesus pelo pecado?
Lembro-me de ter visto uma vez um
padre na televisão durante a transmissão de uma missa onde ele dizia
que os Judeus, quando celebravam alguma festa (como a páscoa creio eu),
eles o faziam com a consciência de que aquilo estava presente. No
entanto, não há nada na Bíblia (e nem na cultura judaica pelo que sei)
que indique isto. Jesus instituiu a ceia como lembrança de sua morte e
não como um renovo ou algo parecido. Um memorial da Segunda Guerra
Mundial, por exemplo, não tem o propósito de torna-la atual, mas apenas
de servir de objeto de lembrança de algo que aconteceu. A Eucaristia
instituída por Jesus tem o mesmo sentido.
Tomar e comer dos emblemas
da ceia não significa sacrificar algo – no caso o próprio Jesus segundo
ensina o Vaticano – em prol de nossa salvação e perdão de pecados;
significa lembrar e reconhecer profundamente o significado da morte de
Jesus e partilhar com os irmãos “
de um mesmo pão.” (1Co 10:17).
Portanto,
fica claro que Jesus ofereceu-se uma só vez por nossos pecados e que
sua redenção feita na cruz tem duração eterna não necessitando de um
novo sacrifício. O Vaticano ainda afirma:
“
A celebração
litúrgica desses acontecimentos toma-os de certo modo presentes e
atuais. É desta maneira que Israel entende sua libertação do Egito: toda
vez que é celebrada a Páscoa, os acontecimentos do êxodo tomam-se
presentes à memória dos crentes, para que estes conformem sua vida a
eles.”
Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 1363
Como se da isso? Ora, memorial não é literal. Sobre isto, diz o Prof. Paulo Cristiano:
“
[A Eucaristia] Não
foi dada para ser um sacrifício. Ela comemora o término do sacrifício
do Calvário. Um memorial não é a realidade. É apenas para nos lembrar do
real.”
[HTTP://www.cacp.org.br – Catolicismo – Outras Doutrinas - A Missa]
Se o caro leitor for Católico, peço que pondere sobre estas questões:
o Catolicismo afirma que a Eucaristia é o sacrifício de Cristo
tornando-se presente em prol da salvação e da purificação dos
participantes da Missa. A Bíblia ensina desta forma? Será que o
sacrifício da missa é real? Ou seria apenas uma lembrança? O que Jesus
quis dizer quando afirmou: “
fazei isto em memória de mim” (Lc
22:19)? Como uma memória pode ser presente? Quando uma estátua é erguida
em memória de um soldado, aquela estátua é o próprio soldado? Ou apenas
uma lembrança deste?
O pão contém vinho?
“
Graças à
presença sacramental de Cristo sob cada uma das espécies, a comunhão
somente sob a espécie do pão permite receber todo o fruto de graça da
Eucaristia. Por motivos pastorais, esta maneira de comungar
estabeleceu-se legitimamente como a mais habitual no rito latino.”
Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 1390
Diz acima o clero romano que quando alguém come somente o pão recebe
plenamente o fruto de graça da Eucaristia. De uma maneira geral, o culto
Católico eucarístico exclui o vinho da Eucaristia e isso se dá “por
motivos pastorais”.
A Igreja Católica não se serve de bases Bíblicas
para comprovar o uso apenas do vinho. Serve-se apenas do argumento de
que a hóstia, sendo o corpo de Cristo (como creem), deve conter também
seu sangue. À primeira vista pode parecer um argumento procedente, mas
será que Jesus ao instruir a ceia desconhecia este fato? Jesus instituiu
a ceia com duas “espécies”, a saber, pão e vinho (Mt 26:27; 1Co 11:28).
Se ele sabia que carne contém sangue e sendo assim não necessitaria do
vinho – sangue – de modo particular, por que instituiu o vinho na ceia?
Se Jesus instruiu o vinho é porque ele deve ser utilizado assim como o
pão na ceia.
Excluindo o vinho da ceia, o Catolicismo exclui de
modo memorial o sangue de Jesus que foi derramado para nossa
justificação ( veja 1Jo 1:7). Sendo assim, os Católicos estariam
privados da graça da Eucaristia. Gostaria de chamar atenção para o fato
de que “
sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9:22).
Deste modo, quando os Católicos celebram a Eucaristia sem o uso do
sangue estão excluindo o sentido do sacrifício de Cristo.
O mais
interessante em tudo isso é que Jesus instituiu a Ceia com o pão e o
vinho (Mt 26:27; Mc 14:24; Lc 22:20) e tempos depois Paulo fala da ceia
do Senhor com o pão e o vinho (1Co 11:25). Não há margem para mudar a
“fórmula” da Ceia. Veja por exemplo o batismo: Jesus diz que deveria ser
feito “
em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo.” (Mt
28:19). Seria válido se eu dissesse: “O batismo deve ser feito em nome
de Deus, pois Pai, Filho e Espírito Santo são um único Deus”. Eu não
estaria errado de afirmasse isto? Então como pode o Catolicismo estar
certo afirmando que o pão contém o sangue, portanto não há necessidade
do vinho? Certamente é um grave erro excluir o vinho da Eucaristia.
O
Catolicismo interpreta as palavras de Jesus em João capítulo 6 como
sendo parte da doutrina Eucarística. No episódio narrado nesse capítulo
Jesus diz: “
Quem comer a minha carne e beber o meu sangue tem a vida eterna.” (Jo 6:54); em contrapartida ele afirma: “
se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos”
(Jo 6:53). Ora, nos dois textos Jesus deixa bem claro que seu sangue é
diferente de sua carne e ainda faz questão de citar os dois todas as
vezes que ele usa tal expressão. Jesus ainda faz singela diferença
quando diz “comer a carne” e “beber o sangue”. Então como o Catolicismo
pode afirmar que o vinho não é necessário?
Não creio que Jesus
esteja falando da Eucaristia em João capítulo 6 (como veremos mais à
frente), mas como o Catolicismo crê e interpreta o texto como parte da
doutrina Eucarística, portanto, creio que deveriam pelo menos ser
coerentes com seus ensinamentos.
Se Jesus instituiu Pão e Vinho, a
Ceia deve ser celebrada com o uso de Pão e Vinho e não somente um dos
dois. Se Jesus disse Pão e Vinho, por que não usar o vinho?
A Transubstanciação
“
No
santíssimo sacramento da Eucaristia estão “contidos verdadeiramente,
realmente e substancialmente o Corpo e o Sangue juntamente com a alma e a
divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo e, por conseguinte, o Cristo
todo“.”
Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 1374
“É ela conversão do pão e do vinho no Corpo e no Sangue de Cristo que este se torna presente em tal sacramento.”
Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 1375
“Pela
consagração do pão e do vinho se efetua a conversão de toda a
substância do pão na substância do corpo de Cristo Nosso Senhor, e de
toda a substância do vinho na substância do seu sangue. Esta conversão
foi com muito acerto e propriedade chamada pela Igreja Católica de
transubstanciação.”
Concílio de Trento, Sessão XIII, parágrafo 877
O ápice dos equívocos na Eucaristia está na Transubstanciação. Dizem
que pela consagração ministrada pelo sacerdote celebrante, a hóstia
(emblema do pão) transforma-se no real corpo de Cristo. Isto é, a hóstia
deixa de ser uma bolacha sem fermento e passa a ser Jesus Cristo; com
seu corpo, alma e divindade total.
Tal ideia é absurda à luz da Bíblia. A Igreja Católica cita as palavras de Jesus quando ele diz: “
Eu sou o pão vivo que desceu do céu;” (Jo 6:51); e em outra parte: “
Tomai, comei; isto é o meu corpo.” e “
isto é o meu sangue,” (Mt 26:26,28). Servem-se disso para afirmarem que a transubstanciação é Bíblica.
Esse
absurdo teológico do qual depende toda a Igreja Católica (como afirmou o
papa João Paulo II) é um equívoco sem igual. Dentro deste quadro
podemos ver algumas aberrações à doutrina cristã verdadeira:
a) Canibalismo
Sim
caro leitor, se a hóstia depois de transubstanciada no corpo de Jesus
for ingerida, seria o mesmo que comer o corpo literal de Jesus. Desta
forma, ingerir a hóstia seria o mesmo que comer literalmente a carne de
Jesus.
O Canibalismo é o ato de um ser humano comer carne humana
ou beber o sangue humano. Portanto, se alguém ingerir o corpo
transubstanciado de Jesus na hóstia, estará praticando Canibalismo. É
claro que os Padres Católicos não dizem desta forma, mas é o que
ensinam. Mas Jesus não disse que deveríamos comer sua carne e beber o
seu sangue? Sim, mas em sentido metafórico e não literalmente, como
ensina o Catolicismo com a transubstanciação.
b) Beber sangue
Deus
proíbe o homem de comer ou beber sangue (em Lv 17:10-12 por exemplo) e
por este motivo, em toda a Bíblia, nenhum homem fiel a Deus praticou tal
ato. Isso no Antigo e no Novo Testamento quando em Atos 15:20 os
apóstolos aconselham os gentios a se absterem de sangue. Por que motivo
Jesus iria “mudar” a lei do Antigo Testamento dizendo aos apóstolos para
beberem seu sangue? Como alguém pode se abster de sangue bebendo o
sangue de Cristo de forma literal?
É claro que a doutrina da
transubstanciação é absurda, mas os Teólogos que defendem o Catolicismo
ainda tentam encontrar bases Bíblicas para essa aberração. Vamos
analisá-las uma a uma:
- 1. Isto é o meu corpo
Esta
frase dita por Jesus em Mt 26:26,28 é uma fortíssima prova de que Jesus
estaria ensinando sua presença real no elemento do pão. Ledo engano. Só
porque Jesus fez esta afirmação devemos tomá-la ao pé da letra? Então
devemos também entender que quando Jesus disse “
Eu sou a porta”
em Jo 10:7,9 ele estava dizendo que era literalmente uma porta? Devemos
crer que Jesus é literalmente uma videira (leia Jo 15:1,5) ? Devemos
ainda crer que somos sal e luz de forma literal (veja Mt 5:1,3)?
É
verdade que Jesus não disse que o pão era símbolo de seu corpo, mas
também não disse que a porta e a videira era uma simbologia. Assim como
dizer “Eu sou a videira” não torna Jesus uma árvore, dizer “Isto é o meu
corpo” não torna Jesus um pedaço de pão.
- 2. Eu sou o Pão da Vida
Podemos
encontrar esta frase sendo dita por Jesus em Jo 6:35. Como eu disse
anteriormente, a Igreja Católica entende o capítulo 6 do livro de João
como sendo parte da Teologia eucarística. Será que realmente é verdade?
Será que João capítulo 6 tem relação com a eucaristia?
Segundo o
contexto, as pessoas estavam seguindo Jesus só por que ele lhes garantia
o alimento físico – a multiplicação de pães em Jo 6:14 – e não se
importavam com o alimento espiritual. Quando Jesus disse a frase “Eu sou
o Pão da Vida”, todos entenderam que ele falava simbolicamente (só o
Catolicismo entendeu diferente), prova disso é que ninguém correu para
mordê-lo. Jesus dizia que ele era o alimento, que as pessoas deveriam
comer suas palavras, exemplo e ensinamentos para herdarem a vida eterna.
Jesus
não estava falando da Ceia, mas de ensinamentos espirituais, nem sequer
fazia alguma alusão à sua morte. Seus ensinamentos eram de caráter
totalmente diferente dos empregados na Ceia.
- 3. Minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é verdadeiramente bebida
Esta declaração está no verso 55 do capítulo 6 de João. A isto deixarei a Bíblia de Estudo Pentecostal responder:
“
Jesus
é a Palavra (“Verbo”) viva (1:1-5). A Bíblia é a Palavra escrita (2Tm
3:16; 2Pe 1:21). Jesus é o “pão da vida” (v. 35) e em Mt 4:4 Ele disse:
‘Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a Palavra que sai da boca de
Deus…’. Portanto, comemos a sua carne ao receber e obedecer à Palavra de
Deus (v. 63).”
[Bíblia de Estudo Pentecostal – Edição Comemorativa, 2011]
O simbolismo apresentado aqui é extremamente comparativo ao alimento físico. Quando Jesus diz “
verdadeiramente comida”,
ele não diz “comida” no sentido do verbo comer e sim como uma
comparação ao alimento físico, isto é, ela atua como comida. O alimento,
quando ingerido, transforma-se em energia que nos dá sustendo a partir
da quebra de nutrientes para manter nosso organismo. A Palavra de Deus
também atua desta forma, só que em relação ao nosso espírito, dando-nos
força, vida, sabedoria e sustentando nossa fé.
- 4. Não discernindo o corpo do Senhor
Paulo
diz isto em 1Co 11:28. Porém, não há nada no contexto que indique que
Paulo estava falando de uma transubstanciação. O contexto refere-se ao
modo como os crentes de Corinto celebravam a Ceia – eles o faziam
juntamente com as festas Ágape – onde os participantes se enchiam de
comida e se embriagavam (v. 21) como faziam antes de se converterem, não
discernindo o motivo real de suas reuniões (v. 17,18,20). Por isto eles
deveriam se examinar antes de tomarem do pão e do cálice (v. 28), pois
corriam perigo de tomarem a Ceia indignamente – fora do propósito para o
qual fora estabelecida – tomando juízo de Deus sobre si. Paulo não fala
nada sobre transubstanciação ou coisa parecida.
A simbologia do
pão e do vinho é facilmente verificada. Mesmo quando eu era Católico não
tinha para mim a hóstia como o corpo de Jesus. Mesmo após Jesus
consagrar o vinho, Jesus continuou a tratá-lo como vinho e não como
sangue, senão vejamos: “
E digo-vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia…”
(Mt 26:29). Veja a palavra sublinhada: “fruto da videira”; ele não
disse “meu sangue”. Nota-se que Jesus consagrou o cálice nos verso
anterior (v. 28), portanto aquele cálice deveria conter o sangue de
Jesus (o texto de Mc 14:26-25 está da mesma forma), mas Jesus não disse
que era sangue e sim “o fruto da videira”.
A este argumento sólido
os teólogos Católicos ainda tentam se esquivar dizendo que havia dois
cálices naquele dia. Baseiam-se para isso na narrativa de Lucas. Segundo
eles afirmam, Jesus teria pego um cálice com vinho e dados aos
discípulos (Lc 22:17-18) e então pronunciado esta frase (a de Mt 26:29,
citada acima) e depois teria pego o outro cálice e consagrado tornando-o
seu sangue (Lc 22:20). No entanto, esta é uma interpretação
tendenciosa. Na narrativa de Mateus, Marcos e Paulo só havia um cálice
que foi consagrado. O interessante é que na narrativa de Lucas, após
consagrar o cálice, Jesus não o dá aos discípulos. Isto indica que
Lucas, ao escrever seu livro, primeiro narrou a ceia de forma geral e
depois registrou as palavras de Jesus. Uma prova de que Lucas agiu assim
é que, na narrativa de Marcos, Jesus dá o cálice para que todos bebam
(v. 23) e enquanto faziam isso ele consagrava o vinho (v. 24). Eis o
resumo cronológico da Ceia:
- Eles começam a celebrar a páscoa normalmente (comendo e bebendo) – Mt 26:26; Mc 14:22; Lc 22:14
- Jesus consagra o Pão e entrega aos discípulos – Mt 26:26; Mc 14:22; Lc 22:19
- Jesus dá o vinho aos discípulos consagrando-o – Mt 26:27-28; Mc 14:23-24; Lc 22:17,20
- Jesus chama o cálice consagrado de fruto da videira – Mt 26:29; Mc 14:25; Lc 22:18
Assim,
Jesus desmantela a doutrina Católica da transubstanciação. Fora este
fato, há mais algumas considerações que tornam a transubstanciação uma
doutrina sem bases, senão vejamos:
Consideração 1
Se
Jesus mudou aquele pão em seu corpo e o vinho em eu sangue e os deu
para que os discípulos comessem, Jesus não estaria fazendo o sacrifício
da cruz antes mesmo de ele ser realizado? Isto é, se a transubstanciação
torna o sacrifício de Jesus sempre presente, como se estivesse
ocorrendo naquele momento, Jesus não teria se sacrificado antes mesmo de
morrer na cruz? Como Jesus pôde se entregar pelos pecados naquela
última ceia antes de fazê-lo na cruz? Isso prova que Jesus utilizou-se
dos emblemas apenas como simbologia de sua morte redentora.
Consideração 2
Jesus
tinha duas naturezas: Humana e Divina. O corpo físico de Jesus
pertencia à natureza humana e não à divina (isso claramente se vê em
passagens como Mt 4:2 e Jo 4:6). Portanto, seu corpo era finito e só
poderia estar em um lugar ao mesmo tempo. Assim sendo, como o pão comido
pelos apóstolos poderia ser o corpo de Jesus se ele estava sentado à
mesa? Haveria dois corpos de Jesus naquele momento? Isso também
constitui prova de que os emblemas eram simbólicos.
Consideração 3
A Bíblia diz que o corpo de Jesus está no céu: “
havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas” (Hb 1:3) e ainda em outra parte: “
as este, havendo oferecido para sempre um único sacrifício pelos pecados, está assentado à destra de Deus” (Hb 10:12). Assim, fica claro o corpo de Jesus está no céu e não pode ser trazido abaixo por nenhum sacerdote.
Jesus
está conosco (Mt 28:20) mas em espírito, não em corpo. Então pergunto: o
corpo físico de Jesus (que segundo o Catolicismo é a substância da
hóstia consagrada) não é onipresente e não pode estar em dois lugares ao
mesmo tempo. Então como Jesus pode estar presente em corpo na hóstia e
no céu ao mesmo tempo?
Consideração 4
Outra
coisa a se analisar é a substância. A hóstia é feita de trigo e água,
mas mesmo depois de transubstanciada continua a ser trigo e água. Onde
está o corpo de Cristo? Onde estão suas veias, pulmões, coração, pés,
unhas, dentes? O clero Católico afirma que tal transubstanciação é
invisível e espiritual, um mistério da fé. Ora, onde está tal raciocínio
das escrituras? Jesus jamais ensinou uma coisa semelhante a esta.
Fica
claro que a Transubstanciação é uma doutrina fantasiosa inventada pelo
Catolicismo. É importante ressaltar que a base da existência da Igreja
Católica está neste Sacramento. Jesus indicou claramente que a Ceia é
uma simbologia de sua morte, feita para anunciar (do original
“καταγγέλλω –
kataggelloo”, que significa anunciar, proclamar, ensinar, promulgar) a morte de Cristo por nós.
Por
fim, a Igreja Católica não tem bases para sustentar tal doutrina, nem
mesmo na Sagrada Tradição. Isto se dá, pois os papas Gelásio I e Gelásio
II não acreditavam em tal doutrina, assim como São Clemente e Santo
Agostinho. O papa Gelásio I dizia: “
A natureza do pão e do vinho não se alteram”. Agostinho parecia zombar de tal doutrina quando disse: “
Não se pode engolir Aquele que subiu vivo para o céu”.
Foi somente com o Papa Inocêncio III em 1198 que a transubstanciação
foi implantada como dogma revelado da igreja, passando mais tarde a ser
doutrina oficial do Catolicismo.
Caro leitor, como um dogma tão
antibíblico pode ser ensinado pela Igreja? Pense nisto: Jesus não
ensinou tal coisa, do contrário, a Bíblia registraria tal ensinamento.
Jesus poderia ter dito: “Isto é a substância do meu corpo”, mas por que
não o fez? Por que a Bíblia não registra a transubstanciação? Paulo não
diz nada sobre tal doutrina, assim como os demais apóstolos. Se a Bíblia
não ensina a transubstanciação, então por que crer nela?
Adoração à Hóstia Consagrada
“”
Na
liturgia da missa, exprimimos nossa fé na presença real de Cristo sob
as espécies do pão e do vinho, entre outras coisas, dobrando os joelhos,
ou inclinando-nos profundamente em sinal de adoração do Senhor. “A
Igreja católica professou e professa este culto de adoração que é devido
ao sacramento da Eucaristia não somente durante a Missa, mas também
fora da celebração dela,”
Catecismo da Igreja Católica, parágrafo 1178
“
Não
há dúvida alguma de que todos os fiéis de Cristo, segundo o costume que
sempre vigorou na Igreja, devem tributar a este santíssimo sacramento a
veneração e o culto de adoração (latria), que só se deve a Deus [cân.
6].”
Concílio de Trento, Sessão XIII, parágrafo 878
Nas duas transcrições acima, a Igreja Católica afirma que seus fiéis
devem adorar a hóstia consagrada. Esta adoração, culto do qual só Deus é
digno, é prestado à hóstia consagrada que supostamente é Jesus Cristo
transubstanciado.
Será que a Bíblia ensina este tipo de culto? Se a
hóstia consagrada realmente for Jesus Cristo transubstanciado a adoração
é verídica. Agora, e se não for? E se a hóstia for apenas o que ela
realmente é: água e trigo? Não seria um caso de idolatria? Agora
pergunto: a hóstia consagrada é Jesus?
Algumas paróquias contém uma
pequena lâmpada vermelha acima do altar que se ascende quando a hóstia é
transubstanciada indicando a suposta presença real de Jesus no
sacramento. Logo em seguida ouve-se o som de um sino no altar que indica
que as pessoas devem se ajoelhar e adorar o Santíssimo Sacramento
enquanto o Padre ergue o suposto Jesus de água e trigo. O mesmo acontece
com o vinho. De repente a igreja inteira está de joelhos adorando um
pedaço de pão.
Eu realmente fico impressionado com essa ideia!
Para que Jesus esteja na hóstia, uma passagem da Bíblia mal interpretada
já basta; agora, quando se trata de imagens, não se pode interpretar
literalmente nenhum versículo da Bíblia. Ora, onde está o sentido nisso?
O que é mais fácil interpretar literalmente: “
Não fareis para ti imagem de escultura” ou “
Isto é o meu corpo”?
Convenhamos em concordar que a primeira frase tem muito mais sentido
literal do que a segunda, porém, para o Catolicismo, a primeira não é
literal quando a segunda é.
É desnecessário a essa altura dizer que só devemos cultuar a Deus. Jesus afirma as palavras de Deuteronômio 6:13 dizendo: “
Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás” (Mt 4:10). Nossa adoração e culto só podem ser dados ao único ser digno de tal coisa: Deus.
Pergunto
aos Católicos sinceros: Jesus está realmente presente na hóstia? A
Bíblia ensina tal coisa? Se Jesus não estiver na hóstia, adorá-la não
seria pecado de idolatria? Então penso que todo Católico deveria dar
mais atenção para estes detalhes, pesquisando e examinando sua fé mais a
fundo e não só se contentando com o que lhes é ensinado por Roma. A
Bíblia afirma que Deus “
deseja que todos se salvem e venham ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2:4) e ele está disposto a apresentar tal conhecimento maravilhoso à todos aqueles que buscarem, pois ele mesmo diz: “
Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração” (Jr 29:13).
Conclusão
Vimos que a Igreja Católica ensina o seguinte referente à Eucaristia:
- Na Eucaristia, o sacrifício de Jesus se torna real e presente;
- Na Eucaristia deve-se usar apenas o Pão, pois a carne já contém o sangue;
- A hóstia muda-se em corpo, alma e divindade de Jesus pela transubstanciação;
- A hóstia deve ser adorada com culto de Latria (adoração)
A Bíblia não ensina nada sobre a presença real de Jesus na hóstia. Ela ensina que “
o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou pão; e, havendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo que é por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente
também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo
pacto no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em
memória de mim.” (1Co 11:23-25). Não há margem para entender
literalmente as palavras de Jesus. Ele dizia: “Isto é o meu corpo”, ou
seja, isto simboliza o meu corpo; da mesma forma que ele disse: “Eu sou a
porta”, quando na verdade queria dizer que ele simbolizava a porta que
leva ao céu. A transubstanciação é um absurdo teológico!
Se a
eucaristia é um sacrifício, e já que Jesus celebrou tal sacrifício com
os apóstolos antes de morrer na cruz, então o sacrifício de Jesus foi
adiantado? Ele se sacrificou antes de morrer na cruz? Como ele poderia
ter feito isso? Não seria isso um verdadeiro absurdo!?
Como vimos
durante este capítulo, a transubstanciação não é uma doutrina
fundamentada nas Escrituras Sagradas. A ceia ou Eucaristia é a
rememoração do sacrifício de Jesus Cristo, onde ingerimos o pão
simbolizando a morte de Jesus Cristo na cruz e ingerimos também o
sangue, simbolizando o derramamento do sangue da Nova Aliança que nos
purifica de todo o pecado. Esta é a Ceia ensinada por Jesus, em sua
memória (Lc 22:19), para sua glória e para que lembremo-nos de que Jesus
Cristo foi nosso cordeiro pascal (1Co 5:7), imolado por nossos pecados
(1Co 15:3), mas que agora, vivo, intercede por nós junto ao Pai (Hb
7:25), de onde há de vir como prometeu (Jo 14:3).
O apóstolo Paulo nos ensina dizendo: “
Ponde tudo à prova” (1Ts 5:21). Cabe a nós, baseados na Palavra de Deus que é “
proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça;”
(2Tm 3:16), julgar e testar todas as coisas para que não caiamos em
ventos de doutrina e falsidades inventadas pelas mentes humanas ou
inspiradas por demônios. Precisamos conhecer a “
espada do Espírito, que é a Palavra de Deus” (Ef 6:17) para que possamos resistir às tentativas do maligno de nos aprisionar em heresias, pois como o próprio Deus disse: “
O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento.” (Os 4:6).
Deus te ama e deseja que você viva a verdade do Evangelho da glória que ele tem oferecido. Lembre-se do que Jesus disse: “
Quando
vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a
verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido,”
(Jo 16:13). Peça ajuda ao Espírito Santo, para que ele lhe revele as
verdades contidas na Palavra de Deus, e com toda certeza, ele irá
fazê-lo.
Perguntas para meditação:
- A Bíblia ensina que a Ceia é o sacrifício de Jesus presente na celebração?
- Jesus ensinou que somente o pão é necessário para a celebração da Ceia? Se fosse, então por que ele também falou do vinho?
- A transubstanciação é Bíblica? Por que Paulo em 1Coríntios capítulo 11 não disse nada sobre ela?
- A
frase “Isto é o meu corpo” tem sentido literal? E a frase “Eu sou a
Porta”, tem sentido literal? As duas frases têm diferença? Se eu alguém
apontasse para Jesus e dissesse “Isto é a Porta!”; Jesus o seria
literalmente? Ou seria uma metáfora?
- Adorar os emblemas da Ceia é Bíblico? Por que a Bíblia não diz nada à respeito?
- Por que a Bíblia nas mostra nenhum caso da adoração do pão?
Extraído do livro “O Catolicismo Romano e a Bíblia” – Rafael Nogueira